quarta-feira, 1 de novembro de 2023

O que fazer para entrar pela “porta estreita” da Salvação?

                                        


O que fazer para entrar pela “porta estreita” da Salvação?

Antes que a “porta” do Reino se feche quero entrar por ela...
O que faço para passar por esta “porta”?
O que faço para alcançar a Salvação?
A “porta” se fechará?  

Reflitamos sobre o Evangelho proclamado na Liturgia da quarta-feira da 30ª Semana do Tempo Comum – (Lc 13, 22-30), em que Jesus apresenta proposta da Salvação destinada a todos os povos.

O desejo de Deus é que haja um só povo, superando-se todas as divisões, discriminações, exclusões...

A Salvação Divina traz em si o desejo de Deus: todos podem ser salvos. A universalidade da Salvação passa por Jesus e vem por meio d’Ele, exclusivamente.

Ele é a “porta estreita” da caridade, doação, partilha e solidariedade. Para passar por esta “porta” não basta apenas multiplicar Orações, aumentar o número de vezes que participamos da Missa e tão pouco das vezes que pronunciamos o nome de Deus...

A porta, ou melhor, a passagem pela porta exige que superemos toda acomodação e  desânimo.

Exige a coragem de enfrentar o sofrimento, que por si só, não faz sentido algum, mas que na perspectiva da fé visto pode ser pedagógico e medicinal.

Sofrimento assumido na perspectiva da Cruz ensina, corrige, amadurece, pode nos curar de certas enfermidades e fragilidades que muitas vezes nem damos conta.

É inconcebível uma fé que nos instale e nos acomode, ao contrário, uma fé autêntica  nos incomoda até que o mundo seja o que Deus deseja, ou seja, o melhor para nós.

Urge recuperar sempre o brilho e o entusiasmo que provém da fé genuína. Mesmo em noites escuras, em momentos de crises Deus continua nos amando. Mesmo nos dramas da vida, Deus manifesta o Seu indizível Amor que nos acompanha e nos salva.

Podemos duvidar de muitas coisas, mas jamais do Amor incondicional de Deus, que muitas vezes parece ausente, mas é constante e sempre presente.

Com isto somos chamados a abandonar toda prática que nos afasta de Deus e do próximo: egoísmo, arrogância, petulância, prepotência, individualismo, indiferenças, rancores, ressentimentos.

Passar pela “larga porta” é trilhar por estas escolhas. A “porta larga” seduz momentaneamente, no entanto, a “porta estreita” salva eternamente! A porta larga é mais fácil, mas empobrece.

A “porta estreita” é muito mais difícil, mas nos enriquece, amadurece. 

Entrar por ela é fazer-se pequeno como Jesus: simples, humilde, servidor, capaz de amar os outros até o extremo, fazendo de nossa vida um dom.

É seguir Jesus no Seu exemplo de Amor e entrega ao Pai, Amor que nos ama e nos amou até o fim, até o extremo.

Amor que foge de nossos parâmetros e categorias. Amor muitas vezes incompreendido.

Amor que, por nós, precisa ser vivido, e quando vivido causa “vertigem”, porque nos desaloja e impulsiona e a vida redimensiona, pois se enraizados no Amor de Cristo, só haverá uma “porta”: a estreita.

Reflitamos:

 A porta da salvação é estreita, mas quem por ela não deseja entrar?
 O céu é possível? Para quem e como?
 Como passar pela porta que nos leva aos céus?

De fato, a salvação é para todos, e a questão, portanto, não é saber quantos a alcançarão, mas se estamos dispostos a multiplicar esforços para pela “porta estreita” passar e a eternidade alcançar!

Façamos, de fato, esforço incansável de passar pela “porta estreita” que nos conduz à eterna felicidade, enraizados no amor de Cristo, brotarão frutos que ficarão para a eternidade!

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