sexta-feira, 5 de abril de 2024

As CEB’s e a comunidade do Ressuscitado

As CEB’s e a comunidade do Ressuscitado

Reflitamos sobre sobre a identidade de nossas Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s), que professam a fé na presença e ação do Ressuscitado:

1)    É a comunidade cristã o lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo Ressuscitado: na Palavra proclamada, no pão partilhado, no amor vivido e no corajoso testemunho dado;

2)   A Comunidade precisará sempre romper as portas fechadas do medo de tantos nomes (fome, destruição ambiental, fanatismos, terrorismos, desemprego, enfermidades, violência...). Nada pode impedir a ação e presença do Ressuscitado (Jo 20,19-31);

3)   Jesus Cristo Ressuscitado tem que estar sempre no centro da Comunidade. É preciso que centralizemos Jesus Cristo Ressuscitado em nossa vida, de modo que nada possa sobrepô-lo ou colocá-Lo em plano inferior. Sendo o centro de nossa vida, somos impelidos, com coragem e dedicação, para a missão que nos confia, afinal, para nós “o viver é Cristo” (Fl 1,21);

4)   A Comunidade acolhe a saudação de paz – “Shalom”, plenitude de todos os bens, dons e graça confiados pelo Ressuscitado; de modo que ela será portadora da mensagem de paz e vida plena para o mundo, contrapondo-se à cultura da violência e da morte;

5)   Ela acolhe o Sopro do Ressuscitado, que nos comunica o Seu Espírito e que vai acompanhar e assistir na missão; comunicando o perdão e a vida nova que somente nasce da Vida Nova do Ressuscitado, concedendo a remissão dos pecados, criando perspectivas de novos tempos e novos relacionamentos;

6)   A Comunidade do Ressuscitado faz a profissão de fé que Tomé fez oito dias depois, quando estavam novamente reunidos – “Meu Senhor e meu Deus”. Cremos na vida nova do Ressuscitado presente na vida da comunidade, com Suas chagas gloriosas;

7)   A Comunidade do Ressuscitado é a comunidade dos bem-aventurados que creram sem nunca ter visto, nem nunca ter tocado as chagas de Jesus Cristo, e são enviados a tocar as chagas dolorosas do Cristo no dia a dia, com seus tantos nomes (enfermos, idosos abandonados, desempregados, jovens assassinados, vítimas do tráfico e da violência...). A comunidade um dia contemplará as chagas gloriosas do Senhor nos céus, mas enquanto aguardamos a Sua Vinda Gloriosa, é preciso compromisso com os “chagados da história”.

8) São, finalmente, comunidades eclesiais missionárias, como nos falam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Brasil (2019-2023), em que todos são discípulos missionários do Ressuscitado, com a presença e ação do Espírito Santo, o protagonista principal da ação Evangelizadora.

As Comunidades Eclesiais de Base devem, portanto, reavivar sempre a sua fé no Ressuscitado, e com renovado ardor, pôr-se a serviço da Palavra e da Eucaristia, na vida prolongada.

Oremos:

“Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do Vosso povo na renovação da festa Pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o Batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu a vida e o Sangue que nos redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém”.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG