“Que pretendes de minha vida?”
Aquela conversa do endemoninhado com Jesus nos questiona: “Que pretendes de minha vida?”
Perguntou o espírito mau que habitava naquele homem de Cafarnaum ao se dirigir a Jesus (Mc 1,21-28).
Oportuno o comentário do Lecionário Comentado:
“É como sermos atraídos por Ele irresistivelmente e, ao mesmo tempo, mantermos uma distância de segurança; desejar a vida plena que Jesus propõe, mas recear as consequências de um relacionamento com Ele, requer uma dose de loucura, ou pelo menos, de incauta gratuidade.
Perante estas cadeias que nos aprisionam, Jesus pode fazer um exorcismo, pode libertar-nos das nossas resistências, do medo de perder a vida, se Lhe permitirmos que Se aproxime de nós. Mas isso, normalmente, não é indolor para aquele que é libertado...” (1)
“Que pretendes de minha vida?” É a pergunta corajosa que temos que fazer diante do Senhor, pois a Sua resposta é exigente: “Se quiseres me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”.
A cruz que o Senhor nos apresenta em Seu seguimento precisa ser carregada cotidianamente, com o coração indiviso, com coragem, entrega, doação, fidelidade, empenho, compromisso, seriedade.
Quantas vezes queremos seguir o Senhor com “o freio de mão puxado” ou retroceder numa marcha à ré?
Dificuldades, barreiras, noites escuras, provações, fracassos, derrotas, dor, doença, pranto, luto e morte... Quem por elas não passou ou estará agora passando?
O Senhor quer tão apenas que nos ponhamos a caminho, sem medo, sem letargias. Conscientes, convictos, corajosos, seduzidos, envolvidos, assistidos, pelo Amor Trino enriquecidos.
É preciso “soltar o freio de mão”, em Deus confiar, e crer plenamente em Sua Palavra e a Sua vontade realizar.
(1) Lecionário Comentado - p.165
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