Emoção e gratidão pulsam nas entranhas do coração ao olhar para o ano que findou e ver o quanto se fez, com amor, empenho, dedicação nas inúmeras reuniões, encontros, Sacramentos, formações, manifestações, enfim, múltiplas atividades, sempre contando com a graça do Espírito Santo que ignora a lentidão, mas conhece a fecundidade da prontidão e a mais bela atitude dos humildes, a gratidão pelas graças, de Deus, recebidas.
Iluminadoras são, portanto, as palavras do Bispo Santo Ambrósio (séc. IV):
“Logo ao ouvir a notícia, Maria dirigiu-se às montanhas não por falta de fé, nem por duvidar do exemplo dado, mas guiada pela felicidade de ver cumprida a promessa, levada pela vontade de prestar um serviço, movida pelo impulso interior de sua alegria. Já plena de Deus, aonde ir depressa senão às alturas? A graça do Espírito Santo ignora a lentidão. Manifestaram-se imediatamente os benefícios da chegada de Maria e da presença do Senhor, pois quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo...”.
Seja nosso coração pleno de alegria, ao olhar para frente e descortinar sempre um novo começo, assistidos pelo fogo do Espírito, e concretizar os objetivos nos diversos Planejamentos Diocesanos ou Paroquiais, com suas estratégias e propostas, sem lentidão para não entristecermos o Espírito de Deus, que de nós espera sempre pronta e imediata disponibilidade, como encontrou no coração de Maria.
Como o poeta, nossos olhares tenham fome de horizontes novos, portanto, urge que “permaneçamos na cidade”, não em atitude estática, mas extática diante das manifestações maravilhosas de Deus através de Sua Igreja, procurando caminhos para concretizar os objetivos que jamais poderão ser olvidados: conversão em todos os âmbitos, catequese permanente, santificação da família, utilização dos meios de comunicação social, opção pelos pobres em alegre acolhida do outro e, assim, a Deus acolhermos, etc...
Judá, como qualquer outra cidade, tem suas “montanhas” que são os inúmeros desafios que se nos apresentam...
Urge aprender com Maria para nos colocarmos prontamente a caminho no encontro do outro, levando a alegria da presença de Deus, pois tão somente assim, Deus aparece e Sua alegria transborda, como naquele encontro de Maria e Isabel, que até hoje ressoa em nossos ouvidos e corações (cf. Lc 1,39-56).
Que a graça do Espírito nos ajude a superar toda lentidão; que tenhamos mãos e joelhos fortalecidos, como bem profetizou Isaias (Is 35,3), e o coração pela Palavra e Eucaristia nutrido, para a Semente do Verbo lançar, sem esquecer de que nada teremos para semear se antes a Palavra, no mais profundo de nós, não acolhermos e, uma vez regada e fecundada, frutos abundantes hão de se multiplicar.
Como Maria, ponhamo-nos a caminho sem demora, letargia, desculpas; sem retrocessos inúteis e indesejáveis; se recuos houver que seja para rever erros e multiplicar acertos. E como bem disse o bispo: “A graça do Espírito ignora a lentidão”.
Que a alegria de amar e servir, para que não sejamos ignorados pelo Espírito, com Maria aprendamos, para no caminho da Evangelização, mais do que empenhados, horizontes inéditos, alcançarmos, contando com as bênçãos divinas e que nada façamos sem invocar o Divino Espírito:
“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor...”.
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