quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Com o Apóstolo Paulo, reaprendamos!

                                                        

Com o apóstolo Paulo, reaprendamos!

No dia 25 de janeiro, celebramos a “conversão” do apóstolo Paulo,  coluna da Igreja, o Apóstolo das nações, pela graça de Deus (Gl 1,15).

É sempre tempo de reavivar o dom espiritual que Deus depositou em cada um de nós  (2Tm 1,6), e com o apóstolo reaprendemos algumas preciosas lições,

O apóstolo nos diz o que não é-nos permitido: o espírito do medo e da desesperança; desânimo e cansaço, mas o espírito de força, de amor e de sobriedade, não nos envergonhando de dar testemunho de Nosso Senhor (2Tm 1,7-8), nas mais diversas, controvertidas e desafiadoras situações e questões que a pós-modernidade possa nos colocar. Afinal, o Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza (Rm 8,26-27).

Ressoem no coração de todo cristão as palavras do apóstolo Paulo, revendo os pensamentos e sentimentos, perfeitamente configurados a Cristo Jesus:  Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus” (Fl 2,5).

Deste modo, com o apóstolo, urge reaprender:

     - a se reencantar com a renovação da pessoa humana e a promoção de sua dignidade, na defesa da sacralidade da vida, desde a concepção até o seu declínio natural;

      - a se reencantar com o fortalecimento dos vínculos da vida em comunidade, na comunhão e fraternidade, sinalizando a emergência de uma nova sociedade, onde a verdade e o amor se encontrarão, justiça e paz se abraçarão, brotará da terra a verdade e a justiça inclinará do alto céu (Sl 85, 11-12).

     -  que a Espiritualidade cristã é, inevitavelmente, marcada pela mística da cruz, carregada cotidianamente, como já anunciara o Senhor Jesus (Lc 9,23-24);

     -   a completar em nossa carne o que falta às tribulações de Cristo por amor à Igreja que é Seu corpo (Cl 1,24).

     -  que a vitalidade do ministério, como no de Paulo e todos os ministérios, é diretamente proporcional ao nosso apaixonamento por Cristo, de tal modo que, se por Cristo nos apaixonarmos incansavelmente, poderemos como o Apóstolo dizer:  “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo quem vive em mim” (Gl 2,20), assumindo em nosso dia a dia as marcas da Paixão e Cruz.

Retomemos a longa lista de tudo o que Paulo passou e sofreu por amor a Jesus, a fim de que “o Evangelho fosse anunciado” (2Cor 12,22-33), “combatendo o bom combate da fé” até o martírio (2Tm 4,7-8), e assim jamais haveremos de “perder a alegria” (Fl 4,4-9).

Continuemos o aprendizado, para que reencontremos “o ardor da chama do primeiro amor” (Ap 2,4).

Concluindo, de modo muito especial, elevemos orações para que todos bispos e presbíteros, configurados a Jesus, sejam homens da compaixão, e esta prática de amor revelará compromissos com a realidade dos empobrecidos, onde a partilha e a solidariedade são a expressão do conteúdo da Boa Notícia aos pobres (Mt 9,36),

Tão somente assim, cada presbítero participará da irrupção da novidade do Reino de Deus: um Reino de amor, verdade, vida, justiça, paz e fraternidade, tendo sempre o Apóstolo Paulo como grande luminar em seu Ministério.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG