Com o apóstolo
Paulo, reaprendamos!
No
dia 25 de janeiro, celebramos a “conversão”
do apóstolo Paulo, coluna da Igreja, o
Apóstolo das nações, pela graça de Deus (Gl 1,15).
É
sempre tempo de reavivar o dom espiritual que Deus depositou em cada um de nós (2Tm 1,6), e com o apóstolo reaprendemos
algumas preciosas lições,
O
apóstolo nos diz o que não é-nos permitido: o espírito do medo e da
desesperança; desânimo e cansaço, mas o espírito de força, de amor e de
sobriedade, não nos envergonhando de dar testemunho de Nosso Senhor (2Tm
1,7-8), nas mais diversas, controvertidas e desafiadoras situações e questões
que a pós-modernidade possa nos colocar. Afinal, o Espírito Santo vem em
socorro de nossa fraqueza (Rm 8,26-27).
Ressoem
no coração de todo cristão as palavras do apóstolo Paulo, revendo os
pensamentos e sentimentos, perfeitamente configurados a Cristo Jesus: “Tende
em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus” (Fl 2,5).
Deste
modo, com o apóstolo, urge reaprender:
- a se reencantar com a renovação da
pessoa humana e a promoção de sua dignidade, na defesa da sacralidade da vida,
desde a concepção até o seu declínio natural;
- a se reencantar com o fortalecimento
dos vínculos da vida em comunidade, na comunhão e fraternidade, sinalizando a
emergência de uma nova sociedade, onde a verdade e o amor se encontrarão,
justiça e paz se abraçarão, brotará da terra a verdade e a justiça inclinará do
alto céu (Sl 85, 11-12).
- que
a Espiritualidade cristã é, inevitavelmente, marcada pela mística da cruz,
carregada cotidianamente, como já anunciara o Senhor Jesus (Lc 9,23-24);
- a completar em nossa carne o que falta às
tribulações de Cristo por amor à Igreja que é Seu corpo (Cl 1,24).
- que
a vitalidade do ministério, como no de Paulo e todos os ministérios, é
diretamente proporcional ao nosso apaixonamento por Cristo, de tal modo que, se
por Cristo nos apaixonarmos incansavelmente, poderemos como o Apóstolo dizer: “Já não
sou eu que vivo, mas é Cristo quem vive em mim” (Gl 2,20), assumindo em
nosso dia a dia as marcas da Paixão e Cruz.
Retomemos
a longa lista de tudo o que Paulo passou e sofreu por amor a Jesus, a fim de
que “o Evangelho fosse anunciado”
(2Cor 12,22-33), “combatendo o bom
combate da fé” até o martírio (2Tm 4,7-8), e assim jamais haveremos de
“perder a alegria” (Fl 4,4-9).
Continuemos
o aprendizado, para que reencontremos “o ardor da chama do primeiro amor” (Ap
2,4).
Concluindo, de modo muito especial, elevemos orações para que
todos bispos e presbíteros, configurados a Jesus, sejam homens da compaixão, e
esta prática de amor revelará compromissos com a realidade dos empobrecidos,
onde a partilha e a solidariedade são a expressão do conteúdo da Boa Notícia
aos pobres (Mt 9,36),
Tão somente assim, cada presbítero participará da irrupção da novidade do Reino de Deus: um Reino de amor, verdade, vida, justiça, paz e fraternidade, tendo sempre o Apóstolo Paulo como grande luminar em seu Ministério.
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