quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Batismo de Jesus e a divina graça a nós alcançada

 


           Batismo de Jesus e a divina graça a nós alcançada

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São Marcos (Mc 1,7-11), em que Jesus é batizado por João Batista.

Com a aceitação do Batismo, temos a investidura messiânica oficialmente, quando o Espírito desce sobre Jesus – “O que foi o Batismo para Cristo? Um mistério de manifestação do poder do Espírito na fraqueza da carne” (1).

Diferente do nosso, o Batismo de Jesus inaugura a sua vida pública e se vislumbra o caminho que deverá percorrer: como Cordeiro será imolado e vai tirar todo o pecado do mundo; Sua morte o fará como primogênito do verdadeiro Povo de Deus, a pedra angular de um mundo novo.

Pelo Batismo, somos incorporados no edifício do Reino, e recebemos um vínculo para sempre com Jesus, com o Batismo no Espírito. Tornamo-nos pedras vivas da Sua Igreja – “Com o dom do Espírito, todo homem atinge na fé, a contemplação e o gosto do Mistério do plano da Salvação” (Gaudium et spes n. 15).

Para nós, cristãos, “...o Batismo vai buscar força às águas do Jordão, santificadas pela intervenção de Cristo” (2), de modo que, pelo Batismo, na concepção Paulina – “...fomos ‘cosepultados’ na Sua morte salvífica, fomos ‘co-ressuscitados’ com Ele na vida nova, com Ele subimos ao Céu e com Ele fomos conduzidos à direita do Pai, -expressão do Seu braço forte, erguido para a Salvação de todos” (3).

Neste sentido, podemos compreender, mais tarde as palavras de Jesus: “Devo receber um batismo e qual não é minha angústia, enquanto ele não se consuma!” (Lc 12,50).

De fato, o Batismo de Jesus nas águas do Jordão e Sua morte na cruz são a prova de sua messianidade testemunhado pelo Espírito, água e Sangue, como nos fala o São João em sua Primeira Carta (1 Jo 5,5-13), proclamada na passagem da primeira Leitura.

Contemplemos a presença de Cristo continuamente atualizada nos Sacramentos da Igreja, particularmente na água do Batismo que nos introduz na Igreja e nos comunica a vida divina, e na Eucaristia, carne e sangue de Cristo, que “fonte e ápice da vida cristã” (Sacrosanctum Concilium n. 10 e Presbyterorum Ordinis n. 5).

Trilhemos, como batizados, discípulos missionários do Senhor, o itinerário de Cristo, a fim de que se realize nossa santificação e nos empenhemos na salvação de todos, como Igreja Sinodal que somos, sempre caminhando juntos, na comunhão, solidariedade criando e fortalecendo vínculos fraternos.

Oremos:

“Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor de vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a Ele aderirem totalmente. Por N.S.J.C. Amém.” (4)

 

 

(1)         Lecionário Comentado – Tempo do Advento/Natal – Editora Paulus – 2011 – pág.  320

(2)        Idem p. 320

(3)        Idem p. 320

(4)        Oração do Dia – Missa antes da Epifania do Senhor

PS: fonte de pesquisa – Missal Cotidiano – Editora Paulus -1998 – pág.138-139

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG