Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São
Marcos (Mc 1,7-11), em que Jesus é batizado por João Batista.
Com a aceitação
do Batismo, temos a investidura messiânica oficialmente, quando o Espírito
desce sobre Jesus – “O
que foi o Batismo para Cristo? Um mistério de manifestação do poder do Espírito
na fraqueza da carne” (1).
Diferente do
nosso, o Batismo de Jesus inaugura a sua vida pública e se vislumbra o caminho
que deverá percorrer: como Cordeiro será imolado e vai tirar todo o pecado do
mundo; Sua morte o fará como primogênito do verdadeiro Povo de Deus, a pedra
angular de um mundo novo.
Pelo Batismo,
somos incorporados no edifício do Reino, e recebemos um vínculo para sempre com
Jesus, com o Batismo no Espírito. Tornamo-nos pedras vivas da Sua Igreja – “Com o dom do
Espírito, todo homem atinge na fé, a contemplação e o gosto do Mistério do
plano da Salvação” (Gaudium et spes n. 15).
Para nós,
cristãos, “...o Batismo vai
buscar força às águas do Jordão, santificadas pela intervenção de Cristo”
(2), de modo que, pelo Batismo, na concepção Paulina – “...fomos ‘cosepultados’
na Sua morte salvífica, fomos ‘co-ressuscitados’ com Ele na vida nova, com Ele
subimos ao Céu e com Ele fomos conduzidos à direita do Pai, -expressão do Seu
braço forte, erguido para a Salvação de todos” (3).
Neste sentido,
podemos compreender, mais tarde as palavras de Jesus: “Devo receber um batismo e qual não é minha angústia,
enquanto ele não se consuma!” (Lc 12,50).
De fato, o
Batismo de Jesus nas águas do Jordão e Sua morte na cruz são a prova de sua messianidade
testemunhado pelo Espírito, água e Sangue, como nos fala o São João em sua
Primeira Carta (1 Jo 5,5-13), proclamada na passagem da primeira Leitura.
Contemplemos a
presença de Cristo continuamente atualizada nos Sacramentos da Igreja,
particularmente na água do Batismo que nos introduz na Igreja e nos comunica a
vida divina, e na Eucaristia, carne e sangue de Cristo, que “fonte e ápice da
vida cristã” (Sacrosanctum
Concilium n. 10 e Presbyterorum Ordinis
n. 5).
Trilhemos, como
batizados, discípulos missionários do Senhor, o itinerário de Cristo, a fim de
que se realize nossa santificação e nos empenhemos na salvação de todos, como
Igreja Sinodal que somos, sempre caminhando juntos, na comunhão, solidariedade
criando e fortalecendo vínculos fraternos.
Oremos:
“Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e
abrasai seus corações com o esplendor de vossa glória, para reconhecerem sempre
o Salvador e a Ele aderirem totalmente. Por N.S.J.C. Amém.” (4)
(1)
Lecionário Comentado – Tempo do Advento/Natal – Editora Paulus –
2011 – pág. 320
(2)
Idem p. 320
(3)
Idem p. 320
(4)
Oração do Dia – Missa antes da Epifania do Senhor
PS: fonte de pesquisa – Missal Cotidiano – Editora Paulus -1998
– pág.138-139
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