domingo, 5 de janeiro de 2025

Epifania do Senhor: Deus Se revelou, nossa vida mudou… (Epifania)

                                                    

Epifania do Senhor:
Deus Se revelou, nossa vida mudou…

Aquele Menino que nasceu e Se manifestou ao mundo também passará pela realidade cruenta da morte para vencê-la, abrindo-nos a perspectiva de eternidade:

“Senhor, para os que creem em Vós a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito nosso corpo mortal, nos é dado nos céus um corpo imperecível”, se por ora habitamos em casebres, nos é dado nos céus mansão celestial, pois Ele nos assegurou no Evangelho de João que na casa do Pai há muitas moradas, e Ele Se antecipou para nos prepará-la.

A Igreja nos oferece a cada ano a graça de celebrar a Solenidade da Epifania do Senhor que é a Manifestação de Jesus como Salvador de todos os povos e em todos os tempos…

Deus Se revela como Sol Nascente que veio nos visitar, a vida redimir, a humanidade, com Sua Luz resplandecente, iluminar!

São Pedro Crisólogo, Bispo do século V, assim nos apresentou esta bela Festa: 

“Hoje os magos que o procuravam resplandecente nas estrelas, O encontram num berço. Hoje os Magos veem claramente, envolvido em panos, Aquele que há muito tempo procuravam de modo obscuro nos astros.

Hoje os Magos contemplam maravilhados, no presépio, o céu na terra, a terra no céu, o homem em Deus, Deus no homem e, incluído no corpo pequenino de uma criança, Aquele que o universo não pode conter.

Vendo-O, proclamam sua fé e não discutem, oferecendo-Lhe místicos presentes: incenso a Deus, ouro ao rei e mirra ao que haveria de morrer. Assim o povo pagão, que era o último, tornou-se o primeiro, porque a fé dos Magos deu início à fé de todos os pagãos”.

No seguimento de Jesus, não seguimos mais uma estrela, mas o próprio Sol Nascente que nos veio visitar. O  menino da manjedoura é a luz do mundo, e pregando a Boa Nova do Reino Ele dirá – “Eu Sou a luz do mundo, quem Me segue não anda nas trevas, mas tem a luz da vida” (Jo 8,12)

Quem se deixa guiar pela luz divina poderá ser um pequeno e valioso sinal de Sua luz para tantos quantos precisarem.

Outra reflexão que a Festa nos desperta:
Os magos do Oriente dão ao Menino Deus o que têm de melhor. Reconhecem na Criança a realeza (Ouro), Ele é o grande Rei;
A divindade (Incenso), porque Ele é o sumo Deus;
A humanidade (Mirra), pré-anunciando a sepultura.
Jesus é divindade visibilizada na fragilidade de Sua humanidade e é Rei e Senhor de todas as nações.

Somos interpelados:
- A quem devemos nos curvar: a Herodes ou ao Deus vivo e verdadeiro?
Os magos nos deram a resposta, façamos o mesmo!

- Fomos, por Deus, presenteados, agraciados com o Verbo que Se fez Carne. Como podemos retribuir o Amor de Deus?

- Os reis magos levaram o que tinham de melhor para o Menino Deus. Em mais um ano que inicia, o que temos de melhor a oferecer?

Dando o melhor de nós mesmos a Deus, a Sua Igreja e ao próximo, vivendo o Mandamento do Amor a Deus, tendo-O como primeiro na ordem dos preceitos, amando-O no próximo como o primeiro Mandamento na ordem da execução (Santo Agostinho).

O verdadeiro encontro com Deus nos leva a rever nossos caminhos e se necessário ter a coragem de mudar. De fato, o caminho de Deus e Seus pensamentos não são os caminhos e pensamentos humanos.

Aquele que Se revelou, há de ser revelado.

Epifania é revelar ao mundo o Deus que desejamos, procuramos, encontramos e amamos:

“Senhor, que desejando eu Vos procure, procurando eu Vos deseje, amando-Vos eu Vos encontre, e encontrando eu Vos ame.” (Santo Anselmo).

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