
Amo poesia...
Amo poesia,
Dela, me alimento...
Minha alma tem
fome de algo que a alcance e a envolva,
Palavras que
tragam nelas e entre elas, no vácuo das mesmas,
E para além delas
próprias, algo que não se lê,
A não ser por um
coração que ama e crê.
A vida sem poesia
é como um dia sem luz,
Verão sem o calor
e a prosa de um fim de dia;
Primavera sem
flores, antecedida por um outono que prepara sua Chegada aceitando perder suas
flores e folhas;
E mais ainda,
precedida pelo frio do inverno,
Aquecido pelo cobertor
ou por um gesto puro e fraterno de amor...
Assim como o
alimento está para o corpo,
A poesia está
para a alma.
Leva ao
inebriamento às vezes indizível,
Possibilita o
retorno do sonho,
Renova esperança
no recôndito mais profundo da alma,
Assim como incendeia
o coração com a chama da caridade.
A poesia que
contemplo da veia dos Profetas bíblicos,
Que contemplo no
olhar poético do Verbo
Ao se referir aos
lírios dos campos;
Ao nosso valor
maior que os pardais,
Às sementes que
crescem silenciosamente;
Às plantas com
seus frutos, precedidos das podas;
À pureza das
crianças para entrarmos nos céus...
Aquela que me faz
pensar, rever caminhos;
Renovar sagrados
compromissos;
Reinventar o que
precisa ser superado;
Reorientar
passos, bem como firmá-los;
Abrir janelas
quando portas se fecharem,
Quando a utopia
parecer insólita;
E quando
situações parecerem inóspitas...
Poesia que
entranha no mais profundo do meu coração;
Que devolve a
luminosidade às situações obscurecidas;
Que me acompanham
no Mistério da Paixão e Morte,
Assim como não me
permite perder a fé
Na vida fundada
na certeza de que a vida venceu a morte,
Fazendo
transbordar e irradiar a Alegria Pascal.
Amo poesia,
Dela, me alimento.
Amém!
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