segunda-feira, 15 de abril de 2024

Mensagem do Papa Francisco - 2021 - "São José: o sonho da vocação"

 


Mensagem do Papa Francisco para o 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Tema: São José: o sonho da vocação”

Retomemos a Mensagem do Papa Francisco para o dia do Bom Pastor (4º Domingo da Páscoa) e o 58º Dia Mundial de oração pelas vocações (2021).

A mensagem tem como motivação o Ano especial dedicado a São José, iniciado dia 8 de dezembro do ano passado e a encerrar dia 8 de dezembro do próximo ano, por ocasião do 150º aniversário da declaração dele como Padroeiro da Igreja universal da Igreja, do Papa PIO IX.

São José, afirma o Papa, neste contexto de pandemia, que tem suscitado incertezas e medos sobre o futuro e o próprio sentido da vida, vem em nossa ajuda com a sua mansidão, como um Santo ao pé da porta, e com seu forte testemunho, guiar-nos no caminho.

Apresenta-nos São José, embora não fosse famoso, tão pouco os Evangelhos transcrevam uma palavra sequer, como modelo de toda vocação realizada com amor e expressão de alegria, a partir de três palavras-chaves: sonho, serviço e fidelidade.

Sonho – São José, através dos sonhos que Deus lhe inspirou, fez da sua existência um dom, como nos falam os Evangelhos de seus quatro sonhos (cf. Mt 1, 20; 2, 13.19.22).

A partir destes, São José soube alterar os seus planos para executar os misteriosos projetos de Deus, ainda que tivesse que sacrificar os próprios.

Que ele ajude a todos, sobretudo aos jovens em discernimento, a realizar os sonhos que Deus tem para cada um; inspire a corajosa intrepidez de dizer «sim» ao Senhor, que sempre surpreende e nunca desilude, disse o Papa.

2º - Serviço - ele viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo, com capacidade de amar sem nada reservar para si próprio, encarnando o sentido oblativo da vida, de modo que toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício; assim como no sacerdócio e na vida consagrada, ou qualquer outra vocação, requer-se esta maturidade.

São José, diz o Papa, é como a mão estendida do Pai Celeste para o Seu Filho na terra, sendo modelo para todas as vocações, pois para isto são chamadas: ser as mãos operosas do Pai em prol dos Seus filhos e filhas.”

3º - Fidelidade – A vocação de José se realiza na fidelidade incondicional a Deus, como um homem justo (Mt 1,19), que, no trabalho silencioso de cada dia, persevera na adesão a Deus e aos Seus desígnios, tudo repassando com paciência, pois sabia que a existência se constrói apenas sobre uma contínua adesão às grandes opções, e isto corresponde à laboriosidade calma e constante com que desempenhou a profissão humilde de carpinteiro (cf. Mt 13, 55).

Esta fidelidade se alimentava das palavras recebidas em sonho, em permanente convite para que não tivesse medo, porque Deus é fiel às Suas promessas: “José, filho de David, não temas’ (Mt 1, 20).

A todos, o Papa nos dirige estas palavras, para que não tenhamos medo de dar nossa resposta “...quando, por entre incertezas e hesitações, sentes como inadiável o desejo de Lhe doar a vida. São as palavras que te repete quando no lugar onde estás, talvez no meio de dificuldades e incompreensões, te esforças por seguir diariamente a Sua vontade. São as palavras que descobres quando, ao longo do itinerário da chamada, retornas ao primeiro amor. São as palavras que, como um refrão, acompanham quem diz sim a Deus com a vida como São José: na fidelidade de cada dia”.

Finaliza a Mensagem expressando o desejo de que, assim como na casa de Nazaré, onde reinava “uma alegria cristalina” (como diz um hino litúrgico), ela se faça presente em todos os lugares, como em nossos seminários, institutos religiosos e residências paroquiais:

“É a alegria que vos desejo a vós, irmãos e irmãs que generosamente fizestes de Deus o sonho da vida, para O servir nos irmãos e irmãs que vos estão confiados, através duma fidelidade que em si mesma já é testemunho, numa época marcada por escolhas passageiras e emoções que desaparecem sem gerar a alegria. São José, guardião das vocações, vos acompanhe com coração de pai!”


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