Nossa
prática religiosa é agradável a Deus?
Com a
Liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum (ano B), aprofundamos como deve ser uma
verdadeira religião que agrade a Deus, que pressupõe o contínuo esforço de
conversão para que tenhamos pureza de coração, pois como o próprio Senhor disse
“somente os puros de coração verão a Deus” (Mt 5,8).
Na
passagem da primeira Leitura (Dt 4,1-2.6-8), Moisés acentua o compromisso do
Povo com a Palavra de Deus e Sua Aliança, numa sincera acolhida e vivência de
Sua Lei.
A Lei
Divina deve ser vivida como expressão de gratidão a Deus; ainda mais porque ela
é garantia de felicidade e liberdade, para concretizar os sonhos e esperanças
do Povo Eleito e amado por Deus. Não se pode adulterar a Palavra de Deus ao
sabor dos interesses pessoais.
Não se pode adaptar, amenizar, suprimir e nada acrescentar à Palavra de Deus.
Alguns
perigos que nos acompanham:
- o
esvaziamento da radicalidade da Palavra;
-
cortar (omitir) seus aspectos mais questionadores;
-
fazermos ou dizermos coisas que não procedem de Deus;
-
de cair num ativismo em que sacrificamos o tempo do silêncio orante diante de
Deus, na acolhida de Sua Palavra;
-
esvaziamento de seu conteúdo por causa do cansaço, da perda do sentido e
consequente falta de espiritualidade e intimidade com a Palavra de Deus.
Na passagem da segunda Leitura, Carta de São Tiago, (Tg
1,17-18.21-22.27), refletimos sobre a inseparável relação entre fé e
obras.
A
fidelidade aos ensinamentos de Cristo nos compromete com o próximo
(representado na figura do órfão e da viúva). E nisto consiste a
verdadeira religião, pura e sem mancha: solidariedade vivida e vigilância, para
não se contaminar com os contravalores que o mundo apresenta.
É
necessária a superação da frieza, do legalismo e do ritualismo religioso, procurando
viver uma Religião comprometida com o Reino por Jesus inaugurado.
O
autor da Carta nos exorta a não sermos meros ouvintes da Palavra, mas
praticantes da mesma, não nos enganando a nós mesmos.
A
Palavra de Deus quer encontrar no coração humano a frutuosa acolhida, portanto,
há um itinerário da Palavra: acolher, acreditar, anunciar e testemunhar a
Palavra de Deus, que nos garante vida e felicidade plena.
A
passagem do Evangelho (Mc 7,1-8.14–15.21-23) nos convida à pureza de
coração.
O
discípulo de Jesus não pode tão apenas “parecer” é preciso “ser” sinal vivo da
presença de Deus.
Não basta parecer justo, tem que ser justo; não basta parecer piedoso, tem que ser piedoso; não basta parecer verdadeiro, tem que ser verdadeiro...
Não basta parecer justo, tem que ser justo; não basta parecer piedoso, tem que ser piedoso; não basta parecer verdadeiro, tem que ser verdadeiro...
Mais
que uma “carapaça exterior” é preciso de uma “coluna vertebral interior”.
A
verdadeira religião não vive de aparências, e exige de cada crente uma sólida e
forte estrutura para suportar o peso da cruz, a coragem do testemunho, a
coerência de vida, o esforço contínuo de conversão, a solidariedade constante,
caminho que não tem volta e tem apenas um destino: o céu.
Os
mestres da Lei e os fariseus tinham aproximadamente 613 preceitos a cumprir
(365 proibições e 248 prescrições). O povo simples, por não os conhecer, nem os
praticar, era considerado impuro, e este será um tema de grande polêmica entre
Jesus e os fariseus em vários momentos.
Para
Jesus importa a pureza interior, a pureza do coração que é a sede de todos os
sentimentos, desejos, pensamentos, projetos e decisões.
Jesus
afirma: o que torna o homem impuro é o que sai de seu coração (apresenta uma
longa lista) e não o que entra pela sua boca.
É do
coração humano puro que nasce uma autêntica religião, a religião do coração, da
intimidade profunda com Deus.
As Leis
da Igreja não têm fins em si mesmas, mas garantem a nossa comunhão com Deus e
com o próximo, na concretização do Reino.
É
preciso dar mais tempo à Palavra de Deus, em frutuosa Oração e reflexão, que
fará brotar novas atitudes e compromissos com Deus e o Seu Projeto para a
Humanidade.
É
tempo de cultivar maior intimidade e compromisso com a Palavra de Deus para que
produzamos os frutos por Deus esperados.
PS: Fonte de pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
PS: Fonte de pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
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