quarta-feira, 20 de setembro de 2023

A caridade acima de tudo!

                                                         

A caridade acima de tudo!

Quantas vezes suamos gelidamente ao ouvir alguém dizer “menas”, às vezes até reagimos, dizendo com alguma ênfase “menos” imediatamente e sutilmente com apenas um desejo, que a pessoa perceba o erro, e juntos contemplemos o soar dos sinos pela beleza de ter algo aprendido.

Na verdade, queremos apenas que não se diga “menas”, apenas que se diga menos. Será querer muito? Não! Pois erros tão comuns quanto menos acontecerem, menos estarão fadados a serem dito... Suaremos menos, nos alegraremos mais...

Talvez o leitor pergunte, mas o que tem tudo isto a ver com o propósito deste blog? Qual conexão espiritual pode ser estabelecida?

A resposta é simples, e está subentendida no título, acima de tudo a caridade: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” (1Cor 13,1).

Erros são comuns em todos os espaços, e não seria diferente no espaço eclesial. Erros gramaticais, erros de atitudes, erros de toda ordem. Na ânsia de corrigirmos, podemos violar a caridade, e bem sabemos que a caridade deve prevalecer, e com sabedoria buscarmos caminhos de superação, de correção fraterna.

Há erros que clamam por imediata correção, outros clamam pela paciência: “A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.” (1Cor 13,4).

Mas todos os erros esperam a atitude de misericórdia para que não se destrua o erro e o seu sujeito. Assim é o Amor de Deus, não faz pacto com o pecado, mas com a vida do pecador, a fim de que seja reconciliado, redimido...

E, ainda uma segunda resposta, não dispensável: muitas vezes ignoramos alguém por seus erros gramaticais e não somos capazes de ver a riqueza da mensagem que ela transmite.

Quantas pessoas que conhecemos, que embora não dominem concordâncias verbais, gramaticais, têm perfeita sintonia e coerência entre a fé e a vida?

Quantos não tiveram a oportunidade que muitos tivemos, mas não podemos deixar de reconhecer neles uma sabedoria própria que a faculdade da vida oferece?

Há erros e erros, mas a caridade é única e constante!
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor...” (1Cor 13,13)

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