Aprendamos
com Zaqueu
A
fim de aprofundarmos a passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 19,1-10),
retomemos dois parágrafos do Catecismo da Igreja Católica:
- “Muitos pecados
prejudicam o próximo. Há que fazer o possível por reparar esse dano (por
exemplo: restituir as coisas roubadas, restabelecer a boa reputação daquele que
foi caluniado, indenizar por ferimentos). A simples justiça o exige.
Mas, além disso, o
pecado fere e enfraquece o próprio pecador, assim como as suas relações com
Deus e com o próximo. A absolvição tira o pecado, mas não remedeia todas as
desordens causadas pelo pecado.
Aliviado do pecado,
o pecador deve ainda recuperar a perfeita saúde espiritual. Ele deve, pois,
fazer mais alguma coisa para reparar os seus pecados: «satisfazer» de modo
apropriado ou «expiar» os seus pecados. A esta satisfação também se chama
«penitência».” (1)
- “Em virtude da
justiça comutativa, a reparação da injustiça cometida exige a restituição do
bem roubado ao seu proprietário:
Jesus louvou Zaqueu
pelo seu compromisso: «Se causei qualquer prejuízo a alguém, restituir-lhe-ei
quatro vezes mais» (Lc 19, 8). Aqueles que, de maneira direta ou indireta, se
apoderaram de um bem alheio, estão obrigados a restituí-lo, ou a dar o
equivalente em natureza ou espécie, se a coisa desapareceu, assim como os
frutos e vantagens que o seu dono teria legitimamente auferido.
Estão igualmente
obrigados a restituir, na proporção da sua responsabilidade e do seu proveito,
todos aqueles que de qualquer modo participaram no roubo ou dele se
aproveitaram com conhecimento de causa; por exemplo, aqueles que o ordenaram, o
ajudaram ou o ocultaram.” (2)
Aprendamos
com Zaqueu a firmar nossos passos no processo contínuo de conversão, tomando
consciência da nossa condição pecadora, diante da Misericórdia Divina, a nós
revelada pela Palavra e Pessoa de Jesus Cristo.
Seja a acolhida da Palavra do Evangelho sempre fonte de
transformação de nossa vida, acompanhada de sinceros compromissos com a
fraternidade, partilha, solidariedade, justiça e paz.
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.1459
(2)Idem –
parágrafo n. 2412
Nenhum comentário:
Postar um comentário