domingo, 11 de fevereiro de 2024

Situações que clamam por compaixão... (VIDTCB)

                                                     

Situações que clamam por compaixão...

Na passagem do Evangelho (Mc 1,40-45; Lc 5,12-16; Mt 8,1-4), Jesus curou o leproso que a Ele Se dirigiu em atitude de humildade, numa súplica confiante. 

Ao manifestar Seu poder de cura, antes Jesus Se mostrou cheio de compaixão, Amor que se compromete e se solidariza.

Não se trata de um Amor qualquer. É incrível como vemos ou ouvimos diversas histórias de amor entre pessoas, entre adolescentes, nas letras das músicas, nos filmes, em novelas…

“Eu te amo, pra cá”; “eu sempre te amarei, pra lá”, “o meu amor é eterno, acolá”, enfim. E, assim, vamos popularizando, esvaziando e esquecendo o significado desta palavra tão forte, confundida muitas vezes com um apaixonamento passageiro.

O amor transcende a tudo isto, é eterno e permanente, por isso
é uma decisão que, contudo, não exclui os sentimentos. Como não referir hino da caridade de Paulo na Carta aos Coríntios (cf. Cor 13). O amor verdadeiro não desanima diante das dificuldades nem desiste diante do impossível

Com Jesus aprendemos a Amar aqueles que não conhecemos e que a sociedade excluiu… Jesus Cristo humano e divino, também vivenciou diversos sentimentos. Ele chorou quando Lázaro morreu, mesmo sabendo que iria ressuscitá-lo logo em seguida.

Ele Se compadeceu do homem leproso que lhe suplicou a cura, se aproximou dele e o curou. Por quê? Porque decidiu amá-lo e tocar nele mesmo sendo impuro ou excluído da sociedade: Amor infinito e incondicional.

“Ao leproso foi pedido que esperasse, que olhasse mais em frente,  que ultrapassasse a alegria cheia de entusiasmo pela saúde recuperada; aos crentes de hoje é pedido que vejam em Jesus o sinal da salvação definitiva de Deus” (1)

Vivemos em uma sociedade onde a “lepra” tem outras faces e outros nomes: sem teto, dependentes químicos, enfermos, idosos, portadores de necessidades especiais, desempregados, pobres, analfabetos... Sem contar, as pessoas que são diferentes de nós, seja na cor, na raça, na cultura, na religião, na profissão.

Reflitamos:

- Qual é a nossa reação diante dessas pessoas: Deixamo-nos levar pelo sentimento do preconceito, do medo ou até mesmo superioridade ou decidimos que independentemente de qualquer sentimento que aflore somos capazes de amar igual Jesus nos amou?

É extremamente desafiadora a proposta de Jesus: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!”. Contudo, jamais devemos esquecer que só somos capazes de decidir amar, porque Ele nos amou primeiro.

Deste modo, a Palavra proclamada e acolhida nas Missas e Celebrações deve produzir, no dia a dia, seus frutos, ecoando, ressoando, iluminando e refazendo nossos pensamentos e atitudes.

Oremos:

Dtoda “lepra” que exclui e mata, 
livrai-nos, Senhor!
“Da indiferença diante da “lepra” de mil nomes,
mil rostos, livrai-nos, Senhor!
Instrumentos do amor de compaixão e solidariedade 
com os “leprosos” de nosso tempo, 
fazei-nos, Senhor!
Amém.


(1) Lecionário Comentado – Volume Tempo Comum - Editora Paulus - Lisboa - p.48

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG