segunda-feira, 1 de abril de 2024

Vivamos segundo o Espírito

                                                                                             
                                     Vivamos segundo o Espírito

A Liturgia da 2ª segunda-feira da Páscoa nos apresenta a passagem do Evangelho que retrata a conversa de Jesus com o fariseu chamado Nicodemos, o príncipe dos judeus (Jo 3,1-8).

Vemos a preocupação do Evangelista em apresentar uma nova oposição entre o velho e o novo, sobre a condição do homem diante de Deus.

O homem velho é o homem do Antigo Testamento, o homem que vive segundo a lei, escravo do pecado e da morte e, portanto, vive segundo a carne.

O homem velho que se deixa guiar pelos sentimentos inferiores, como o egoísmo, individualismo, buscando apenas os seus interesses, com sentimentos de insensibilidade diante do sofrimento do outro, de modo que gestos de solidariedade não são concebíveis.

Com facilidade transforma o outro em objeto para a satisfação de seus instintos e de sua maldade.

O homem novo, entretanto, é o homem que participa da Nova Aliança, tornando-se um cidadão do Reino de Deus, e tem a vida movida segundo o Espírito.

E assim, não é mais movido segundo a lei, mas segundo a luz do Novo Mandamento do Amor.

Deste modo, não é mais escravo do pecado e, como filho de Deus, é livre e vive segundo a graça e não é mais prisioneiro da morte, porque tem a Vida Nova em Cristo, lembrando o que Paulo também afirmará: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).

Tendo a vida marcada pelo amor, estabelece vínculos de comunhão e de fraternidade, firma os passos num caminho de humanização, abrindo o coração e a mente para que Deus possa agir.

Na participação da construção do Reino Deus inaugurado por Jesus é necessário que se renasça do Espírito, fazendo renascer uma nova humanidade.

Nascendo de novo e vivendo segundo o Espírito, nos enriquecemos com os frutos da Ressurreição, e testemunhamos no mundo uma fé verdadeiramente Pascal, onde o medo cede lugar à coragem, a tristeza à alegria, o desânimo à esperança, a imobilidade e letargia ao dinamismo e prontidão da missão, a escuridão à luz, as gélidas relações entre as pessoas em relações mais humanas e fraternas, a  noite escura da alma cede lugar ao esplendor da madrugada da Ressurreição. 

Enfim, 
a morte cede lugar à vida. 
É Páscoa! 
Aleluia!

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