segunda-feira, 31 de março de 2025

Jesus Cristo, sumo-sacerdote de nossa propiciação

 


Jesus Cristo, sumo-sacerdote de nossa propiciação

“Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados” (1Jo 2,1-2).

Sejamos enriquecidos por uma das homilias escritas pelo presbítero Orígenes (Séc. III), sobre o Livro do Levítico:

“Uma vez por ano o sumo sacerdote, afastando-se do povo, entra no lugar onde estão o propiciatório, os querubins, a arca da aliança e o altar do incenso; ninguém pode entrar aí, exceto o sumo sacerdote. Mas consideremos o nosso verdadeiro sumo sacerdote, o Senhor Jesus Cristo.

Tendo assumido a natureza humana, ele estava o ano todo com o povo – aquele ano do qual Ele mesmo disse: O Senhor enviou-me para anunciar a boa-nova aos pobres; proclamar um ano da graça do Senhor e o dia do perdão (cf. Lc 4,18.19) – e uma só vez durante esse ano, no dia da expiação, Ele entrou no santuário, isto é, penetrou nos céus, depois de cumprir Sua missão redentora, e permanece diante do Pai, para torná-Lo propício ao gênero humano e interceder por todos os que n’Ele creem.

Conhecendo esta propiciação que reconcilia os homens com o Pai, diz o apóstolo João: Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados (1Jo 2,1-2).

Paulo lembra igualmente esta propiciação, ao falar de Cristo: Deus O destinou a ser, por Seu próprio sangue, instrumento de expiação mediante a realidade da fé (Rm 3,25). Por isso, o dia da expiação continua para nós até o fim do mundo.

Diz a palavra divina: Na presença do Senhor porá o incenso sobre o fogo, de modo que a nuvem de incenso cubra o propiciatório que está sobre a arca da aliança; assim não morrerá. Em seguida, pegará um pouco do sangue do bezerro, e com o dedo, aspergirá o lado oriental do propiciatório (cf. Lv 16,13-14).

Ensinou assim aos antigos como havia de ser celebrado o rito de propiciação, oferecido a Deus em favor dos homens. Tu, porém, que te aproximaste de Cristo, o verdadeiro sumo sacerdote que, com o Seu sangue, tornou Deus propício para contigo e te reconciliou com o Pai, não fixes tua atenção no sangue das vítimas antigas.

Procura antes conhecer o sangue do Verbo e ouve o que Ele mesmo te diz: Isto é o meu sangue, que será derramado por vós, para remissão dos pecados (cf. Mt 26,28).

Também a aspersão para o lado do oriente tem o seu significado. Do oriente nos vem a propiciação. É de lá que vem aquele homem cujo nome é Oriente e que foi constituído mediador entre Deus e os homens.

Por esse motivo és convidado a olhar sempre para o oriente, de onde nasce para ti o Sol da justiça, de onde a luz se levanta sobre ti, para que nunca andes nas trevas, nem te surpreenda nas trevas o último dia; a fim de que a noite e a escuridão da ignorância não caiam sorrateiramente sobre ti, mas vivas sempre na luz da sabedoria, no pleno dia da fé e no fulgor da caridade e da paz.” (1)

Cremos que a propiciação é  o sacrifício de Jesus Cristo que, através de Sua morte na cruz, nos alcançou o  perdão e a reconciliação entre a humanidade e Deus.

De fato, por meio de Jesus, fomos reconciliados, restaurados, para uma vida nova, que começa no dia de nosso batismo.

Seja o Tempo da Quaresma, tempo favorável para nos configuramos cada vez mais a Jesus Cristo, no mistério de Sua Paixão e Morte, para com júbilo, celebrarmos a Páscoa do Senhor.

Concluo com as palavras do Apóstolo Paulo:

- “Alegro-me nos sofrimentos que tenho suportado por vós e completo o que na minha carne falta ás tribulações de Cristo, em favor do Seu Corpo que é a Igreja” (Cl 1,24).

- “Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (Fl 2,5).

 

 

(1) Liturgia das Horas – Volume Quaresma/Páscoa – Editora Paulus - pág. 255-256

Em poucas palavras...

                                                             


Preparemos a Celebração da Páscoa do Senhor 

“...E nós, que nos preparamos para a grande Solenidade, que caminho havemos de seguir? Ao aproximarem-se as Festas Pascais, a quem tomaremos por guia? Certamente nenhum outro, amados irmãos, senão Aquele a quem chamamos nosso Senhor Jesus Cristo (...) 

(...) Nós deixamos tudo e Te seguimos (Mt 19,17). Sigamos também nós o Senhor; preparemo-nos para celebrar a Festa do Senhor não apenas com palavras, mas também com nossos atos.” (1)

 

(1) Das Cartas Pascais, do Bispo Santo Atanásio (séc. IV)

"Jardineiros do Criador"

                                                        

"Jardineiros do Criador"

Os primeiros capítulos do Livro do Gênesis nos apresentam o relato da criação do mundo e as suas maravilhas e o descanso sabático após a criação (Gn 1,1-19; 1,20-2,4a; 2, 4b-9.15-17).

Quanto à criação do homem e mulher à imagem e semelhança de Deus, são postos no Paraíso como "jardineiros do Criador" para crescer e multiplicar e dominar toda a obra da criação; tudo foi submetido aos cuidados do ser humano.

Tendo Deus colocado o ser humano no centro da criação, confere a estes a corresponsabilidade no cuidado desta criação ("co-criadores"), assim como a responsabilidade de agir livremente.

Evidentemente que esta liberdade (livre-arbítrio) para agir deve ser feita com sabedoria, discernimento, porque agindo inadequadamente as consequências são inevitáveis, como catástrofes da natureza, que jamais podem ser concebidas como castigos divinos, mas resultado da ação e intervenção humana que se fecha ao que Deus nos diz.

Tem plena razão o Pe. José Carlos Pereira quando, aludindo à advertência feita aos nossos primeiros pais: "Não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que fizeres isso, sem dúvida morrerás", afirma:

"Pelo que vemos, hoje, nas respostas da natureza, o ser humano continua a comer dessa árvore proibida, a árvore das tentações, que aguça a ganância, o lucro desmedido, o desrespeito à vida em todas as suas formas.

Vemos, portanto, a natureza reagindo a estas provocações. Uma destas reações é o aquecimento global que resulta em ciclones, tempestades tropicais, enchentes, deslizamentos de morros e encostas, secas prolongadas e tantas outras situações tidas como 'naturais', mas que são resultados de um longo
processo de descaso com a obra da criação.

Descaso que se revela nos desmatamentos de reservas naturais, de matas ciliares, no uso indevido de agrotóxicos, poluição de todos os tipos, uso indevido dos recursos naturais etc." (1)

Um fato que tem nos inquietado nos últimos dias, mas que remete a um longo processo de décadas, é a questão da crise hídrica, assim como a necessidade de colocar na pauta do dia a questão da sustentabilidade, pois nosso planeta encontra-se em agonia, num processo avassalador de destruição.

Como jardineiros do Criador, precisamos rever nossa relação com a obra da criação. Postos no centro da criação para dominar e não para destruir o mundo que nos foi posto nas mãos.

Dominação seja sinônimo de cuidado de nossa casa comum, a Terra. Dominação seja entendido como a necessária conversão na utilização dos bens da criação e dos espaços e de tudo que esteja ao nosso alcance.

Dominação sobre a obra da criação requer que voltemos aos 4 Rs: repensar, reduzir, reaproveitar, reciclar.

E agora podemos acrescentar um quinto R: Recusar produtos que prejudiquem o meio ambiente e a saúde. É preciso que fiquemos atentos ao prazo de validade dos produtos e nas empresas que têm compromissos com a ecologia.

Também devemos evitar o excesso de sacos plásticos e embalagens, utilizando sempre uma sacola de pano para transportar as compras.

Recomenda-se que se evite a compra de aerossóis e lâmpadas fluorescentes, bem como produtos e embalagens não recicláveis e descartáveis.

Somos jardineiros do criador, e assim não podemos pensar no Paraíso como algo do passado, mas no presente e futuro. O mundo, de modo especial o planeta Terra, a casa comum em que habitamos está em nossas mãos. Cabe a nós cuidar dele, assegurando que possamos viver bem agora, mas também garantir àqueles que virão que tenham a mesma possibilidade.

É sempre necessário pensar no Paraíso não como saudade, mas como compromisso e esperança. E isto nos compete, e é isto que Deus espera de todos nós, desde o princípio da criação, até a redenção desta, que "geme em dores de parto”, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo (Rm 8,22).

(1) Liturgia da Palavra – Vol. I – Editora Paulus - p.152.

Deus nos surpreende com Suas maravilhas

                                                      

Deus nos surpreende com Suas maravilhas

Na segunda-feira da quarta semana da Quaresma, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 4,43-54), em que Jesus realiza o segundo sinal, em Caná da Galileia, curando o filho de um funcionário real.

Através do sinal realizado por Jesus, este pagão reconhece que Jesus não é somente um taumaturgo, mas é a Palavra do Pai, a fonte de vida para todo aquele que n’Ele crer.

Não somente ele acreditou em Jesus, como todos de sua casa, como nos fala o Evangelista, revelando assim, o dinamismo da fé, que tende ao envolvimento de todos.

Bem afirmou o Papa São João Paulo II na Carta Encíclica Redemptoris Missio (1990):

“De fato, a missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal” (n.2).

Vemos, no entanto, que o funcionário real alcançou a graça da cura do seu filho, por meio de Jesus, fazendo um iter (caminho) em três etapas:

1ª – uma fé inicial demonstrada ao recorrer a Jesus;
2ª – A fé na Palavra de Jesus;
3ª – a fé em Jesus, como doador da vida.

Oremos:

Cremos em Vós, ó Deus, que nos surpreendeis a cada instante, realizando maravilhas em nosso favor, em meio a tantos sinais de dor, sofrimento e morte.

Cremos em Vós, ó Deus, um Deus surpreendente e infinitamente maior do que o nosso coração, como nos falou vosso Evangelista (1 Jo 3,20).

Cremos em Vós, ó Deus, que criais a cada instante novos céus e nova terra, como anunciaram os Profetas, dentre eles, Isaías (Is 65,17).

Cremos em Vós, ó Deus, rico em misericórdia, como nos revelou o Vosso Amado Filho, que incessantemente nos enviais Vosso Espírito Santo de Amor para nos conduzir.

Cremos em Vós, ó Deus, que não permitis que Vos fechemos em esquemas mentais rígidos, e tão pouco à mesquinhez de nossos corações, nas angústias de seus horizontes.

Cremos em Vós, ó Deus, que quereis dialogar com Vossas criaturas que somos, em todos os momentos, dando-nos vida além de nossas expectativas e súplicas.

Cremos em Vós, ó Deus, que alargais, elevais e purificais nossos desejos, acolhendo e os colocando em plano mais elevado, a fim de que sejam semelhantes aos Vossos.

Cremos em Vós, ó Deus, que caminha conosco nesta caminhada quaresmal, num êxodo em direção à Páscoa, com alegria, fé e esperança.

Cremos em Vós, ó Deus, em Vosso Espírito de amor e em Vosso Filho, que tem palavra de vida eterna, que nos garante vida plena e eterna. Amém.


Fonte: Lecionário Comentado – Tempo da Quaresma e Páscoa – Editora Paulus – 2011 – pp.193-194

Dai-nos, Senhor, o dom das lágrimas

                                                       

Dai-nos, Senhor, o dom das lágrimas

Em seu discurso aos párocos da Diocese de Roma, no dia 6 de março de 2014, o Papa Francisco fez referência à oração para pedir o dom das lágrimas, encontrada nos Missais antigos.

Assim se rezava na Oração da “Coleta”:

“Ó Deus onipotente e misericordiosíssimo, que fizestes sair da rocha uma fonte de água viva para o povo sedento, fazei sair, da dureza do nosso coração, lágrimas de arrependimento, para que possamos chorar os nossos pecados e merecer, por vossa misericórdia, a remissão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que vive e reina na unidade do Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.”

Oremos:

Senhor, não mais bebemos da água que jorrou daquela rocha no deserto. Bebemos da água viva que tendes para nos oferecer (Jo 4,1-25). Saciai, Senhor, nossa sede de amor, vida e paz.

Senhor, contemplamos Vosso trespassado Coração, do qual verteu água e sangue, sinais que nos remetem aos Sacramentos do Batismo e da Eucaristia. Ajudai-nos a viver a graça do Batismo, nutridos pelo Vosso Corpo e Sangue, no Divino Banquete Eucarístico.

Senhor, façais sair, não obstante a dureza de nosso coração, as necessárias lágrimas de arrependimento, para que, contritos e com propósitos de conversão, choremos copiosamente nossos pecados, despindo-nos das obras das trevas, revestindo-nos com as armas da luz. (Rm 13,11-14a).

Senhor, não permitais que nosso coração fique endurecido, frio, curvado diante da globalização da indiferença, diante da dor, sofrimento e angústia de nosso próximo, sobretudo dos que se encontram feridos à beira do caminho (Lc 10,25-37).

Senhor, concedei-nos a graça de viver neste Tempo da Quaresma os sinceros propósitos de reconciliação convosco e com nosso próximo, na prática da oração, jejum e esmola, a fim de que façamos progressos maiores ainda na prática das virtudes divinas que nos movem, e assim, poderemos celebrar a alegria transbordante da Páscoa. Amém.

“A sétima hora”

                                                             

“A sétima hora”

“Ele perguntou a que horas o menino tinha melhorado.
Eles responderam:  ‘Ontem à hora sétima, a febre o deixou’” (Jo 4,52).

A passagem do Evangelho: Jo 4,43-54.
O acontecimento memorável:
a realização do segundo sinal de Jesus,
a cura do filho de um funcionário real, em Cafarnaum.

Era a hora sétima,
quando o menino foi pelo Senhor curado.
Também temos nossa sétima hora,
Nossa “sétima hora” de cada dia.

Nossa “sétima hora” de cada dia!
Quantas vezes ela acontece em nossa vida,
E nos sentimos pelo Senhor tocados;
Por Sua Palavra, curados e iluminados.

Nossa “sétima hora” de cada dia!
Acontece, sobretudo quando à divina misericórdia,
Humilde e sinceramente, nos abrimos,
Fortalecendo vínculos fraternos e de concórdia.

Nossa “sétima hora” de cada dia!
A experimentamos no silêncio da oração,
Quando cessam nossas humanas palavras,
Diante da Palavra que nos aquece e ilumina.

Nossa “sétima hora” de cada dia!
De modo especialíssimo na Eucaristia,
Que piedosamente participamos, e que,
Transborda graça, paz, amor e alegria.

Nossa “sétima hora” de cada dia!
Quando o Senhor revigora nossa fé
Reaviva nossa necessária esperança, e
Inflama nosso coração com Seu Divino Amor.

Nossa “sétima hora” de cada dia,
Nos dai hoje, Senhor, para que
De toda enfermidade curados sejamos,
Para que Vos amemos e ao próximo sirvamos. 
Amém.

domingo, 30 de março de 2025

A inexplicável Misericórdia Divina nos faz novas criaturas (IVDTQC)

                                                   

A inexplicável Misericórdia Divina nos faz novas criaturas

“Irmãos, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova.
O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.” (2Cor 5, 17)

No 4º Domingo da Quaresma (Ano C) refletimos sobre o ser de Deus que é misericórdia, bondade e Amor.

Um Amor paciente, eterno, gratuito, inquebrantável, reintegrador, assim é o Amor divino que revela a lógica da misericórdia que é superior à lógica da justiça.

É o “Domingo Laetare”, Domingo da alegria, da reconciliação e da renovação, que começa a despontar em nosso coração, no horizonte que transcende a própria morte: a Ressurreição.

Na passagem da primeira Leitura (Js 5,9a.10-12), vemos que o tempo novo, a terra nova  serão frutos da reconciliação com Deus e com os irmãos (segunda Leitura – 2 Cor 5,17-21) na prática da misericórdia (Evangelho – Lc 15,1-3.11-32).

Deus tem para com a humanidade um olhar de amor, incansável e irrenunciável, não obstante a nossa pobreza, desobediência, incoerência e infidelidade.

Um olhar que confere dignidade, pertença, alegria e festa: “estávamos perdidos e fomos encontrados, estávamos mortos e voltamos a viver”.

Como discípulos missionários do Senhor, não basta ser justo, fazer tudo bem, é preciso reconciliar, reintegrar os que se perderam, eis aqui o grande desafio: não se contentar com os santos, mas santificar os não santos.

Não se afastar da corrente do Amor de Deus, de Sua misericórdia, que é a verdadeira fonte revelada por Jesus que não veio para condenar o mundo, mas veio para salvá-lo (Jo 12,47).

Este é o grande desafio: ser uma Igreja que não se constitui na comunidade dos que não erram, dos que não caem. 

A Igreja é a comunidade dos pecadores que querem voltar ao Pai, dos que ajudam a retomar o caminho, não julgando e nem condenando, nem se tornando obstáculo para quem deseja a reconciliação, a graça de se tornar uma nova criatura.

Por isto, a Assembleia Eucarística é essencialmente o lugar da vivência e acolhida do perdão do Pai, que está sempre de braços abertos para nos acolher e nos envolver com laços de ternura; sempre pronto a Se entranhar no mais profundo de nós por Sua misericórdia.

Assim fez Jesus, e por isto assumiu um Amor incondicional e eterno, morrendo na Cruz, fazendo da Cruz a máxima expressão da misericórdia divina, que é sem limites.

Dando mais um passo neste Itinerário Quaresmal, nosso coração seja iluminado com o esplendor da Graça divina, renovado pela misericórdia infinita de Deus, de modo que pensemos e procuremos o que é reto e amemos a Deus de todo o coração, com toda força, alma e entendimento. 

Amemos a Deus com todo o nosso ser, e a cada criatura d’Ele, como expressão do autêntico amor que tem dupla face: amor a Deus e o amor ao próximo.

Voltemos para a alegria e ternura divinas, que nascem do perdão experimentado e vivenciado. O que conta para Deus não é o passado, a lista de pecados que temos para apresentar, mas o abraço acolhedor que Ele está sempre pronto a nos dar.

Como o pai da Parábola, Deus está sempre nos esperando, e quando apontamos, ainda que distante, Ele sai correndo ao nosso encontro.

Este é o Deus que cremos e anunciamos e que Jesus nos revelou com Sua vida, doação e entrega total por Amor à humanidade, que nos comunicou a Vida Nova, enriquecendo-nos imensuravelmente pela presença de Seu Espírito.

Reflitamos:

  - Quais são os sinais de morte que precisam ser reconciliados, superados,      para que um mundo novo e um tempo novo sejam inaugurados?

- Quais são os opróbrios que nos pesam e dos quais Deus, por Sua misericórdia, quer nos libertar?

- Quais são e como são nossos olhares para as pessoas e para o mundo que clama pela acolhida e uma nova oportunidade?


Concluindo, a Misericórdia Divina se manifesta na acolhida, no Amor, no perdão, para que em Cristo sejamos uma nova criatura. 

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