domingo, 24 de março de 2024

Celebremos a Semana Santa: a Semana Maior

                                                  

Celebremos a Semana Santa: a Semana Maior

A Semana Santa ou Semana Maior é por excelência Santa, pois é consagrada à celebração anual da Páscoa do Senhor, quando fazemos a memória solene do Mistério central da fé da vida da Igreja: Cristo morto e ressuscitado para a Salvação do mundo inteiro.

Iniciamos com o “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, com procissão e ramos na mão, aclamando-se Jesus Cristo, Rei do Universo, vencedor do pecado e da morte.

Com a celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, temos o tom da Semana Maior, e assim, a assembleia cristã vai ao encontro do Senhor, aclamando-O como Rei do universo.

Apesar da entrada triunfal em Jerusalém, começa a dura caminhada da Cruz, que se percorre seguindo os passos do Servo de Deus, que, por amor, foi fiel até o fim, na doação e entrega de Sua vida, culminando em Sua crudelíssima morte.

Mas cremos que, após Sua Morte, por Deus, foi elevado acima de todas as coisas, recebeu “o Nome que está acima de todos os nomes; para que todos, ao Nome de Jesus se ajoelhem nos Céus, na terra e nos infernos. E toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai’ (Fl 2,9-11).

É fundamental que vivamos intensamente esta Semana, meditando o Mistério do Amor de Deus testemunhado por Jesus, que carregou nossos pecados sobre a Cruz, e também por nossos pecados, foi levado sobre a Cruz: ‘Ele foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades’ (Is 53,5; 1Pd 2,24).

Para continuarmos nossa meditação sobre a Semana Maior e o Mistério da Paixão do Senhor, retomo um trecho da reflexão de Raniero Cantalamessa, que nos convida a fazer nossa identificação para bem celebrar a Semana Santa:

“A Davi, que furioso procurava o responsável pelo crime que lhe fora contado por Natã, o profeta respondeu: ‘Tu és esse homem’ (2 Sm 12,7).

A mesma coisa a Palavra de Deus responde a nós que perguntamos quem fez morrer a Jesus: tu és aquele homem! Judas que trai; Pedro que renega, Pilatos que se lava as mãos, o povo que se aquece ao fogo conversando de ninharias, os soldados que dividem avidamente a túnica do condenado, os ladrões que mataram, mas estão aí sozinhos: atrás deles há multidões e lá estamos nós também...

Cabe a nós escolher com que atitude queremos entrar na história da Paixão de Cristo: com a atitude de Cireneu, que se coloca ao lado de Jesus, ombro a ombro, para carregar com ele o peso da cruz; com a atitude das mulheres que choram, do centurião que bate no peito e de Maria que fica silenciosa ao pé da cruz; ou se queremos entrar com a atitude de Judas, de Pedro, de Pilatos e daqueles que ‘olham de longe’ para ver como irá terminar aquele episódio” (1)

Oremos:

“Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador Se fizesse homem e morresse na Cruz. Concedei aprender o ensinamento da Sua Paixão e Ressuscitar com Ele em Sua glória. Por N.S.J.C. Amém!


(1) O Verbo Se faz Carne – Raniero Cantalamessa - Editora Ave Maria - 2013 -  pp.800-801

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