O perdão divino é
fonte de felicidade
“–1 Feliz o homem
que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
=2 Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado,
e em cuja alma não há falsidade!
=3 Enquanto eu silenciei meu pecado,
dentro de mim definhavam meus ossos
e eu gemia por dias inteiros,
–4 porque sentia pesar sobre mim
a vossa mão, ó Senhor, noite e dia;
– e minhas forças estavam fugindo,
tal como a seiva da planta no estio.
–5 Eu confessei, afinal, meu pecado,
e minha falta vos fiz conhecer.
– Disse: 'Eu irei confessar meu pecado!'
E perdoastes, Senhor, minha falta.
–6 Todo fiel pode, assim, invocar-Vos,
durante o tempo da angústia e aflição,
– porque, ainda que irrompam as águas,
não poderão atingi-lo jamais.
–7 Sois para mim proteção e refúgio;
na minha angústia me haveis de salvar,
– e envolvereis a minha alma no gozo
da salvação que me vem só de Vós.
=8 'Vou instruir-te e te dar um conselho;
vou te dar um conselho a seguir,
e sobre ti pousarei os meus olhos:
=9 Não queiras ser semelhante ao cavalo,
ou ao jumento, animais sem razão;
eles precisam de freio e cabresto
– para domar e amansar seus impulsos,
pois de outro modo não chegam a ti'.
=10 Muito sofrer é a parte dos ímpios;
mas quem confia em Deus, o Senhor,
é envolvido por graça e perdão.
=11 Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!
Corações retos, cantai jubilosos!”
Com o Salmo 31(32) de coração contrito e humilhado elevemos a
Deus nossa súplica de perdão, e alcançados pela misericórdia divina, acolhamos
o perdão que nos renova, refaz nossas forças, alarga os horizontes de um novo
dia, e finalmente nossos pés são firmados.
De fato “Feliz o homem que
foi perdoado!” E Davi declara feliz
o homem a quem Deus credita a justiça independentemente das obras (Rm 4,6):
“O
pecador não encontra a felicidade enquanto não reconhece o próprio erro e entra
num processo de conversão. Mas se o fizer, abre as portas ao perdão divino, que
vem acompanhado de uma alegria profunda.” (1)
Como peregrinos da esperança, é sempre oportuno e necessário, que reconheçamos nossos pecados e os confessemos diante de Deus, sobretudo no Sacramento da Penitência, seja no Tempo da Quaresma, Tempo do Advento, ou em qualquer outro tempo.
(1) Comentário da Bíblia Sagrada - Edições CNBB - pág. 751
Nenhum comentário:
Postar um comentário