domingo, 24 de março de 2024

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor (Domingo de Ramos)

                                                                         


Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

Ao celebrarmos o Domingo de Ramos e a Paixão e Morte do Senhor, silenciaremo-nos diante da Cruz e contemplamos o Senhor, que por amor a Deus e a nós, Se fragilizou.

É a mais espantosa e incrível História de Amor: como não nos abismarmos ao contemplá-la, e como não renovar, no mais profundo de nós, os Sagrados compromissos de fidelidade no seguimento deste Jesus, com renúncias necessárias, e a cruz cotidiana carregando, com a firme convicção de que ela assumida, com coragem, nos levará a contemplar, um dia, a face deste Deus de Amor?

“Celebrar a Paixão e Morte de Jesus é abismar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil…

Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou Sangue antes de aceitar a vontade do Pai; e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar.

Desse Amor resultou vida plena, que Ele quis repartir conosco ‘até ao fim dos tempos’: esta é a mais espantosa História de Amor que é possível contar; ela é a Boa Notícia que enche de alegria o coração dos crentes...

Contemplar a Cruz, onde se manifesta o Amor e a entrega de Jesus, significa assumir a mesma atitude e solidarizar-se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem violência, os que são explorados, os que são excluídos, os que são privados de direitos e de dignidade…

Significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de estruturas, valores, práticas, ideologias. Significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens. Significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor…

Viver deste jeito pode conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de uma dinâmica que a morte não pode vencer: o amor gera vida nova e introduz na nossa carne os dinamismos da Ressurreição” (1)

Celebrando e meditando a Paixão de Cristo, sejamos fortalecidos na solidariedade e compaixão com  sofrimento de tantos irmãos e irmãs que vivem em situações que clamam por vida e dignidade.

Paixão de Cristo e Paixão do mundo são indissociáveis! 

Assim como cremos 
que o caminho da Cruz é inevitavelmente, 
o caminho que nos conduz à glória, 
quando, através de nosso agir, 
nos tornamos viva expressão 
e sinal do Amor de Deus 
por toda a humanidade.
Amém.


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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG