quinta-feira, 13 de junho de 2024

O Amor de Deus foi derramado em nossos corações

                                                          

O Amor de Deus foi derramado em nossos corações

Em 2013, com o coração transbordante de alegria, envolvidos por inúmeras manifestações do Amor de Deus por nós, quando Pároco da Paróquia Santo Antônio – Gopoúva – Diocese de Guarulhos, celebramos a Festa de um dos Santos mais queridos da nossa Igreja: Santo Antônio.

É importante ressaltar que o mês de junho também é dedicado a outros dois santos, com forte presença na religiosidade popular: São João Batista e São Pedro.

Como são iluminadoras e providenciais as palavras do Apóstolo Paulo aos Romanos: “Gloriamo-nos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 3-5).

Continuamos caminhando com o Senhor, edificando a Sua Igreja e confessando o Seu nome, muito embora saibamos que há um longo caminho a percorrer, e em cada Eucaristia renovamos nossas forças para superar as tribulações inerentes ao caminho daqueles que se põem a seguir o Senhor com fidelidade, coragem, firmeza e generosidade.

Contemplando nossas comunidades, vemos pessoas acolhendo as torrentes de graças que nos vêm do Coração de Jesus, Fornalha ardente de Caridade, em virtude provada, não deixando morrer a esperança, porque sabem e confirmam as palavras do Apóstolo, “a esperança não decepciona”, e se plenificam e transbordam o Amor de Deus por onde passam, também nas pastorais e serviços que assumem em nome da fé.

Porém, a solidificação da fé e a renovação da esperança exigem que cresçamos cada vez na caridade, pois amamos a Deus nos irmãos e irmãs, e amamos os irmãos e irmãs em Deus.

O Apóstolo também disse aos Romanos: “Não fiqueis devendo nada um aos outros a não ser o amor mútuo, pois quem ama o outro cumpriu a Lei” (Rm 13, 8).

Concluo na certeza de que quanto mais nos abrirmos à ação do Espírito Santo, muito mais o amor de Deus será derramado sobre nós, e também, que eventuais prantos vespertinos se tornarão alegrias matutinas, porque a madrugada da Ressurreição foi precedida pelas tardes da escuridão e do vazio sepulcral, mas a vida venceu, de fato, a morte.

Com Santo Antônio, aprendamos a prática das Obras de Misericórdia

                                                           

Com Santo Antônio, aprendamos a prática das Obras de Misericórdia

Em 2016, quando Pároco da Paróquia Santo Antônio – Gopoúva, Guarulhos, vivemos dias de intensa alegria com a realização da Festa do Padroeiro.

Com o Tríduo, refletimos sobre a prática das obras da misericórdia corporais e espirituais, que tão bem Santo Antônio as viveu, e que muito nos ilumina no tempo presente, para que nossa devoção aos Santos seja fecunda, concretizada em sagrados compromissos com a vida plena e feliz, com a Boa-Nova do Reino de Deus.

Como discípulos missionários do Senhor, com plena confiança em Deus e em Sua Palavra, iluminados pelo Espírito Santo, fonte de sabedoria, que nos orienta, ilumina e conduz, somos desafiados a testemunhar nossa fé.

Vivendo intensamente a prática das obras da misericórdia, coloquemo-nos a serviço do Reino de Deus por Jesus inaugurado, com a seiva do amor do Santo Espírito, e assim daremos firmes passos de solidariedade, enamorados pela vida, desde a concepção até seu declínio natural, sem jamais medir esforços para nos colocarmos todos a caminho, como assim fez nosso querido padroeiro.

As obras de misericórdia se bem entendidas e lidas na perspectiva do reino nos farão misericordiosos como o Pai (Lc 6,36), como nos exortou o Senhor, e tornaremos mais fraternos os vínculos que nos unem.

Olharemos para a história, e não conceberemos que a humanidade fique “mergulhada no abismo da morte” (Sl 29), da impunidade, do abandono, do descaso, da cumplicidade com a mentira e hipocrisia que maculam a vida e o projeto de Deus.

Olharemos a história, e as lágrimas da tristeza cederão lugar às lágrimas da vitória, daqueles que não se acomodaram e nem se acovardaram diante de sagrados e irrenunciáveis compromissos com a vida humana e do planeta, dons preciosos de Deus que nos foram confiados.

Na construção do Paraíso, renovaremos nossos compromissos, iluminados pela Palavra e nutridos pela Eucaristia, como assim viveu Santo Antônio, como também assim haveremos de viver. 

Santo Antônio e a prática da misericórdia


Santo Antônio e a prática da misericórdia

Vivíamos o Ano Santo da Misericórdia (8/12/2015-20/11/2016), e, no dia 13 de junho, celebramos a Memória de Santo Antônio de Lisboa (1195/1231).

A Liturgia da Palavra nos apresentava como leituras: Isaías 61, 1-3a; Sl 88; e a passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 10, 1-9).

Refletindo sobre a passagem do Evangelho, ressaltei o envio que Jesus fez dos 72 discípulos, dois a dois, em missão.

Como Igreja, somos chamados o mesmo a fazer, assumindo com ardor, amor, zelo e alegria, humildade como fez nosso Padroeiro, como autêntica expressão da Misericórdia divina.

Em seguida, retomei alguns pensamentos iluminadores de Santo Antônio para bem celebrarmos o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia:

“Aprendamos com Santo Antônio a viver as obras de misericórdia corporais e espirituais”

“A misericórdia de Deus é maior do que toda a malícia do pecador” – citado pelo Thiago na apresentação das Obras de Misericórdia corporais.

“Não basta pregar a Deus frutuosamente, se ao som da língua não precede o testemunho das obras.”

“Cessem as palavras e falem as obras! Estamos cheios de palavras e vazios de obras.”

Com isto ressaltei a prática das obras de Misericórdia corporais e espirituais:

Obras de misericórdia corporais:
1) Dar de comer a que tem fome
2) Dar de beber a quem tem sede
3) Dar pousada aos peregrinos
4) Vestir os nus
5) Visitar os enfermos
6) Visitar os presos
7) Enterrar os mortos

Obras de misericórdia espirituais:
1)Ensinar os ignorantes
2) Dar bom conselho
3) Corrigir os que erram
4) Perdoar as injúrias
5) Consolar os tristes
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos

Concluí a homilia remetendo ao final da primeira leitura, enfatizando o versículo do Profeta Isaías (Is 61,3a):

Somos enviados para “reservar e dar aos que sofrem por Sião uma coroa, em vez de cinza, o óleo da alegria, em vez da aflição”.

Há muitos sinais que nos afligem, e o desafio nos é proposto: como discípulos missionários do Senhor, dar aos aflitos o óleo da alegria, e tão somente assim, é que seremos “Misericordiosos como o Pai” (Lc 6,36), como testemunhou Santo Antônio, com sua pregação e vida. 

Santo Antônio: luminar divino

                                                             

Santo Antônio:  luminar divino

A Igreja assistida pelo dom do Espírito Santo, em cada tempo tem seus luminares que escrevem belas histórias, deixando pegadas a serem trilhadas, na mais perfeita fidelidade ao Caminho que é Cristo Jesus, porque é um maravilhoso luminar divino.

Trilhar as pegadas de Santo Antônio é viver a fidelidade apaixonada e incondicional a Cristo; a humildade, numa vida doada sem medida e com paixão, como puro grão de trigo que aceita a inevitabilidade da morte, ainda que precocemente a fim de que o outro tenha vida. São pegadas que apontam para a eternidade de Deus – Céu – desde a terra, na solidariedade e compaixão para com os pobres, visibilidade de Deus.

Num mundo pós-moderno que muitas vezes promove a cultura da morte, os pensamentos de Santo Antônio nos ajudam a promover a cultura da vida e da paz, porque possuidor de um saber divino que ilumina em todo tempo.

A consciência de que somos meros instrumentos na mão de Deus e que d’Ele tudo procede e para Ele tudo retorna. A Deus toda honra, glória, poder e louvor:

“Como os raios se desprendem das nuvens, assim também dos santos pregadores emanam obras maravilhosas. Disparam os raios, enquanto cintilam os milagres dos pregadores; retornam os raios, quando os pregadores não atribuem a si mesmos as grandes obras que fazem, mas à graça de Deus”.

E ainda: “Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa”.

Num mundo globalizado, marcado por rancores e seduções que afastam culturas e povos, a simplicidade de seu discurso e o necessário esforço de superação na força da Oração:

“Como as abelhas, assim o bom cristão deve movimentar-se prontamente e com o ferrão de sua boa consciência e da Oração, tem que perseguir sem cansar os intrusos até expulsá-los para fora da colmeia de seu coração.”

“As três despedidas”

                                                   

“As três despedidas”

Celebramos dia 13 de junho de 2013 a passagem do terceiro Bispo da Diocese de Guarulhos – SP, para a eternidade: Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Emérito da Diocese de Guarulhos-SP.

Em uma das Missas de corpo presente, presidida por Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal de São Paulo, ele destacou “três despedidas” em sua pregação.

A primeira despedida: de Paulo a Timóteo.  
A primeira Leitura (2Tm 4, 1-8) falava que o Apóstolo Paulo, pronto para ser oferecido em sacrifício, preso, exorta a coragem, a fidelidade do jovem Timóteo no testemunho da fé.

Notável a serenidade, a confiança do Apóstolo, a certeza de o melhor ter feito em nome do Senhor. A certeza de ter completado a corrida, combatido o bom combate da fé, e agora rumando para a eternidade, para a coroa da justiça receber.

Paulo crendo no Cristo Ressuscitado fincou âncoras na eternidade, na morada do Pai. Terminou a vida no tempo presente com o mais belo sentimento: “valeu a pena ter vivido, ter amado, ter o Cristo seguido, para a certeza da vida eterna ter conseguido. Valeu a pena...”

A segunda despedida: de Jesus aos discípulos (cf. Jo 14,1-12).
Num contexto de Ceia, pão e vinho partilhado, Paixão anunciada e tão brevemente acontecida. Diante da morte certa e iminente, o Divino Mestre aponta o destino de todos que creem: a morada eterna. Não apenas aponta, mas Se faz o próprio Caminho, Verdade e Vida.

Na possibilidade do desespero, desânimo, recuos, abandono, Jesus assegura que Ele e somente Ele pode nos conduzir ao céu, ao Pai.

Despede-Se plantando a certeza de que não ficaremos sós. Que a morte não terá a última palavra, mas se tornará passagem para a vida que não conhece fim – Ele é a Ressurreição e a Vida. Despede-Se assegurando que vale a pena ser fiel ao Projeto de Deus, porque contamos com a força e vida do Espírito que nos eterniza.

A terceira despedida: da Igreja reunida a D. Luiz, nosso pai, pastor e amigo.
Despedir-se de Dom Luiz com sentimentos profundos no coração, mas sem a perda da serenidade e da confiança, à luz destas mesmas Palavras por ele tantas vezes pregada, testemunhada, em corações plantadas, e muitas almas iluminadas.

Despedir-se com a certeza de que ele foi para Deus, está junto d’Ele, porque soube, como humilde servo, com suas limitações e imperfeições da natureza humana, colocar-se com sabedoria e espírito de profecia em defesa da vida.

Um momento forte, inesquecível, que jamais sairá de nossa mente e coração, a Missa do início ao final, seguida do sepultamento.
                                                         
A dor da morte presente, a alegria da Vida Nova que brota da, Páscoa mais que presente, transbordante, radiante.

Lágrimas sim, mas de saudade do vazio da física ausência, para regar as sementes tantas que no coração ele plantou, sobretudo, em seus quase vinte anos de Episcopado em nossa Diocese.

Que Dom Luiz, no repouso eterno, contemple a face do Pai e esteja no maior esplendor da luz eterna, acolhido pelos Anjos e Santos na eternidade, e de modo especial a Mãe Maria, pela tamanha devoção tinha.

Saudades sentimos, mas deixarão de existir quando também partirmos e fizermos o reencontro com todos os que estão na comunhão dos Santos.

Por ora, combatamos o bom combate da fé para merecermos gozar as delícias da eternidade.

Dom Luiz: 50 anos de vida Sacerdotal


Dom Luiz: 50 anos de vida Sacerdotal

Uma história de amor e alegria em servir

A Diocese de Guarulhos-SP, celebrava em junho de 2009, o Jubileu Sacerdotal de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, hoje na glória da eternidade.

Em nome do Conselho de Presbíteros e da Igreja de Guarulhos, elevamos a Deus, boníssimo e providente, Orações de súplicas, louvores e ação de graças pelo seu Jubileu.

Ação de Graças a Deus por ter dado a Sua Igreja um Presbítero, que no Batismo recebeu o nome de Luiz Gonzaga, para com amor e alegria servir ao povo de Deus.

Mais tarde com a Ordenação Episcopal, como Apóstolo, foi chamado e enviado por Deus para perenizar a Obra dos Apóstolos que Jesus iniciou, com a unção e o sopro do Espírito.

Ação de Graças pelo seu ministério, sendo a maior parte dele dedicado à Diocese de São João da Boa Vista – SP, e quase vinte frutuosos anos à nossa Diocese. Lá como zeloso e dedicado Sacerdote, aqui como Bispo e Pastor.

Louvores a Deus pelo seu incontestável amor pela Eucaristia, carinho e apreço pelo Seminário, a fim de que as comunidades tenham dignos e bons pastores.

Louvores a Deus também pelo seu esforço de inserção na dura realidade da Cidade de Guarulhos, desde sua chegada, procurando respostas aos incontáveis desafios e interpelações do rebanho, por Deus e pela Igreja confiados.

Louvores pela sua presença em nosso meio que, para além de todos os limites que carregamos, deixa transparecer a presença do Bom Pastor.

Louvores pelo incansável e ardoroso pastoreio motivado pelo seu Lema Episcopal. Ressoam aqui as palavras do Bispo Santo Agostinho:

“A fraqueza da criatura cede o poder do Criador e a vaidade dos afetos egoístas dissolve-se diante do amor universal”, enquanto João Batista do fundo da nossa angústia nos grita a misericórdia de Jesus Cristo: "É necessário que Ele cresça e eu diminua" (Jo 3,30).

Evangelizar é mostrar Jesus, como João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), e isto D. Luiz o faz com todo empenho, numa vida marcada pela simplicidade, despojamento e pobreza.

Louvores pelas tantas vezes que, falando e testemunhando com a vida, nos exorta a resplandecer a face de Jesus, sendo o amor de Jesus para o outro; coerência entre o que se diz, a fé que se professa e a vida que se vive. Ensina-nos que é preciso mergulhar sempre no coração de Jesus para tê-lo no coração.

Súplicas a Deus pela sua saúde. Somos testemunhas de tantas vezes, a cruz da enfermidade carregada, sem esmorecimento, lamentos, mas com muita confiança, coragem e serenidade.

Súplicas para que sua vida entregue e doada livremente por amor, seja por Deus abençoada e recompensada.

Súplicas para que seja sempre como barro nas mãos do oleiro, um vaso precioso de argila, com um coração plenificado com a água do Espírito Santo em incontáveis Eucaristias e continue transbordando sobre o rebanho carinho, alegria e amor.

Concluímos com estas palavras dirigidas a Dom Luiz:

“Se nossas palavras ainda portarem algum quê de pobreza, continue fazendo da Palavra de Deus sua mais bela e preciosa riqueza;

Se nossas palavras não forem pão que sacia e alegra o coração, continue se alimentando de Cristo, o mais belo e precioso Pão que, como Sacerdote, partiu,  comungou e distribuiu com amor e dedicação ao longo destes cinquenta anos.

Amparado, amado, acompanhado pelo Imaculado Coração de Maria, Padroeira de nossa Diocese, graças e Bênçãos jamais faltarão, porque abundantemente serão derramadas".


P S: Celebramos em 13 de junho de 2013, a Páscoa de Dom Luiz, Bispo Emérito de Guarulhos, que tendo combatido o bom combate da fé, o Senhor lhe conceda a Coroa da Glória. 

D. Luiz, há onze anos no repouso eterno!

D. Luiz, há onze anos no repouso eterno!

No dia 13 de junho de 2013, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, segundo Bispo de nossa Diocese fez sua passagem para a eternidade, e com ela a separação provisória, para que possamos nos encontrar, um dia, na eternidade, na glória de Deus. Assim cremos e esperamos, à luz da fé que professamos.

Dom Luiz fez sua Páscoa, depois de ter concluído o bom combate da fé, completado a corrida, se apresentado para receber a coroa prometida, entrou na glória dos céus, como nos fala o Apóstolo Paulo (2Tm 4, 7-8).

Cremos que ele foi receber do Pai a morada, que nos falou o Senhor através do Evangelho de São João – “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também.” (Jo 14,2-3).

Com os olhos da contemplação, vejo D. Luiz nos céus, pois morrer é entrar nesta plenitude de amor, que ocorre com a inevitabilidade nossa morte.

Com mesmo olhar, o vejo no lugar por Deus preparado para aqueles que O amam, e somos testemunhas de quão imenso era o amor de D. Luiz por Deus Uno e Trino: “O que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2,9).

Também o contemplo com os Anjos e Santos/as, e, de modo especial, na presença amorosa da Mãe de Jesus, por quem ele tinha imensurável devoção, e com todos aqueles que foram considerados dignos de participar do Banquete Eterno.

Ao encontro de Deus, D. Luiz correu com ávida sofreguidão, em incansável defesa da vida, de sua dignidade e sacralidade, da concepção ao seu declínio natural, sobretudo na denúncia de mentalidades e práticas favoráveis ao aborto.

À luz das palavras do Bispo Santo Agostinho, professo minha fé crendo que ele contempla o jardim do Senhor, em que encontramos  não apenas as rosas dos mártires, mas também os lírios das virgens, as heras dos casados, as violetas das viúvas.

Saudade de nosso D. Luiz. Lembro-me dele nem tanto pela erudição, mas, sobretudo, pela sabedoria divina vivida pelos simples, despojamento, pobreza, confiança incondicional no Senhor.

Um homem amigo de Jesus, logo amigo da humanidade; apaixonado pela vida, sedento da Sabedoria Divina, para que à luz dela pudesse tornar mais claro os momentos sombrios e obscuros de nossa vida.

Verdadeiramente enamorado do Senhor e sedento de Seu amor, para ser d’Ele sal, fermento e luz. Para ter sido, e sem dúvida ele foi, um grão de trigo caído por terra que morreu para não ficar só, morrendo produziu muitos frutos, como está profetizado.

Com imensa saudade do grande pai, irmão e amigo que foi D. Luiz para todos nós, contemplo a sua história com um olhar marcado por matizes Pascais.

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