No dia 13 de junho de 2013, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, segundo Bispo de nossa Diocese fez sua passagem para a eternidade, e com ela a separação provisória, para que possamos nos encontrar, um dia, na eternidade, na glória de Deus. Assim cremos e esperamos, à luz da fé que professamos.
Dom Luiz fez sua Páscoa, depois de ter concluído o bom combate da fé, completado a corrida, se apresentado para receber a coroa prometida, entrou na glória dos céus, como nos fala o Apóstolo Paulo (2Tm 4, 7-8).
Cremos que ele foi receber do Pai a morada, que nos falou o Senhor através do Evangelho de São João – “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também.” (Jo 14,2-3).
Com os olhos da contemplação, vejo D. Luiz nos céus, pois morrer é entrar nesta plenitude de amor, que ocorre com a inevitabilidade nossa morte.
Com mesmo olhar, o vejo no lugar por Deus preparado para aqueles que O amam, e somos testemunhas de quão imenso era o amor de D. Luiz por Deus Uno e Trino: “O que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2,9).
Também o contemplo com os Anjos e Santos/as, e, de modo especial, na presença amorosa da Mãe de Jesus, por quem ele tinha imensurável devoção, e com todos aqueles que foram considerados dignos de participar do Banquete Eterno.
Ao encontro de Deus, D. Luiz correu com ávida sofreguidão, em incansável defesa da vida, de sua dignidade e sacralidade, da concepção ao seu declínio natural, sobretudo na denúncia de mentalidades e práticas favoráveis ao aborto.
À luz das palavras do Bispo Santo Agostinho, professo minha fé crendo que ele contempla o jardim do Senhor, em que encontramos não apenas as rosas dos mártires, mas também os lírios das virgens, as heras dos casados, as violetas das viúvas.
Saudade de nosso D. Luiz. Lembro-me dele nem tanto pela erudição, mas, sobretudo, pela sabedoria divina vivida pelos simples, despojamento, pobreza, confiança incondicional no Senhor.
Um homem amigo de Jesus, logo amigo da humanidade; apaixonado pela vida, sedento da Sabedoria Divina, para que à luz dela pudesse tornar mais claro os momentos sombrios e obscuros de nossa vida.
Verdadeiramente enamorado do Senhor e sedento de Seu amor, para ser d’Ele sal, fermento e luz. Para ter sido, e sem dúvida ele foi, um grão de trigo caído por terra que morreu para não ficar só, morrendo produziu muitos frutos, como está profetizado.
Com imensa saudade do grande pai, irmão e amigo que foi D. Luiz para todos nós, contemplo a sua história com um olhar marcado por matizes Pascais.
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