Iluminando as profundezas de nosso coração
Meditemos sobre o Imaculado Coração de Maria, memória litúrgica obrigatória para todos os católicos desde 1996, conforme definição do Papa São João João Paulo II.
Meditando sobre seu Imaculado Coração, a profundeza de nosso coração ficará iluminada, pois mergulharemos num abismo de pureza e luz, graça e paz...
A promoção desta devoção litúrgica começou em 1648, com São João Eudes. O Papa Pio VII, em 1805, autorizou a celebração da Festa Litúrgica. Na revelação de Fátima, a devoção se fortaleceu. Em 1942 Pio XII consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria.
Finalmente o Papa João Paulo II, em 1984, voltou a consagrar o mundo todo ao mesmo Imaculado Coração.
O Imaculado Coração da Mãe conduz ao Sagrado Coração do Filho, pois “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).
Maria, pela pureza de coração, preservada do pecado e possuidora de absoluta fidelidade ao Projeto Divino, contempla a face de Deus. Seu Coração não se dividiu entre o querer de Deus e vontades próprias: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim a Vossa vontade!”.
O mundo jamais conheceu quem tamanha pureza de coração possa ter; e por isto cremos, piamente, que ela vê a Deus e nos aponta o caminho para até Ele chegar.
O Imaculado Coração de Maria está em profunda sintonia com o Sagrado Coração de Jesus, porque ambos expressam o abismo de amor e fidelidade ao Pai. São ligados pela graça do Espírito Santo, tanto no tempo como na eternidade.
O Coração de Maria bate em sintonia com o Coração do Filho; o Coração do Filho bate em sintonia com o coração da Mãe. Não houve, até então, mais perfeita sintonia, reveladora da mais perfeita harmonia.
Somente numa afinação com estes dois Corações é que nosso coração conhecerá o gozo, a alegria, a paz, a felicidade tão almejada, mas em tantos caminhos errados procurados...
Imaculado Coração de Maria aponta para o Sagrado Coração, fornalha ardente de Caridade, do qual nascemos; do qual nos alimentamos. Coração trespassado pela lança do qual jorrou Sangue e Água (Jo 19,34).
Contemplar o Imaculado Coração de Maria é ter certeza de que a pureza nos levará ao fim sem fim: a eternidade, experimentando no tempo presente o gosto de eternidade, pois como disse Santo Agostinho: “lá descansaremos e veremos, veremos e amaremos, amaremos e louvaremos. Eis a essência do fim sem fim. E que outro fim mais nosso que chegarmos ao reino que não terá fim?” (cf CIC. 1720).
Imaculado Coração de Maria, como grande Arca da Aliança, depósito de sabedoria, espaço do recolhimento, da meditação, da contemplação, da procura incansável dos Mistérios e desígnios divinos.
No mais profundo de seu ser as virtudes apreciadas pelo Senhor, geradoras de novos pensamentos, sonhos e atitudes... Abismo de virtudes e atitudes: contemplação, acolhida, caridade, simplicidade, humildade, misericórdia, amor a Deus vivenciado nas relações quotidianas de fraternidade e ternura, esperança contra toda falta de esperança.
Fixemos nosso olhar no Imaculado Coração de Maria, inevitavelmente chegaremos até o Coração de Seu Filho. Seremos renovados na fidelidade do Evangelho, revigorados no Batismo, nutridos pela Eucaristia, saborearemos o gosto do céu, gosto de eternidade, o gosto do amor.
Pureza de coração é condição para se chegar até Deus, porque a pureza na terra nos aproxima de Deus, no amor que passa pelos pobres.
Como disse o Papa Bento XVI, em sua Encíclica "Deus Caritas est": “o amor ao próximo é também uma estrada para chegar até Deus. Não amar o próximo é tornar-se cego de Deus”.
Meditando sobre o Imaculado Coração de Maria,
a profundeza de nosso coração ficará iluminada,
pois mergulharemos num abismo
de pureza e luz, graça e paz…
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