Amor oblativo
“Pois o Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos”
Peregrinamos rumo à eternidade, haja vista que não temos aqui moradas eternas, reflitamos sobre o convite que Deus nos faz para a autêntica fidelidade ao Senhor, que implica em ter na vida sempre a atitude de serviço e amor oblativo, como Ele próprio nos fala na passagem do Evangelho (Mc 10,32-45), quando Tiago e João pediram para assentar-se um à direita e o outro à esquerda no Reino da Glória.
A resposta de Jesus ao pedido foi uma admoestação que ele fez aos dez que ficaram indignados com os dois:
“Sabeis que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e os seus grandes as tiranizam. Entre vós não será assim: ao contrário, aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (v. 42-45).
O discípulo missionário do Senhor ao beber do Cálice Sagrado, ao ser batizado com o Batismo do Senhor no Espírito, tem que estar sempre pronto a dar a sua vida como o Mestre, numa fidelidade incondicional com atitudes de serviço e amor oblativo.
Mas em que consiste o amor oblativo?
É o amor puro e verdadeiro, doação, entrega, serviço, compromisso, vivendo na mais bela gratuidade como resposta de gratidão a Deus que nos cumula de Bênçãos e graças infinitas. Impossível compreendê-lo se não experimentarmos o segredo salvífico do caminho da Cruz.
O Apóstolo Paulo bem anunciou e viveu este amor como vemos em sua Carta aos Coríntios (1 Cor 13).
É o amor que o Apóstolo Pedro nos convida a viver, quando nos fala de nossa redenção e regeneração pelo precioso Sangue de Cristo, muito mais precioso que ouro e prata, aliás incomparável a qualquer outra coisa (1Pd 1,18-25).
Resgatados e redimidos pelo Sangue do Redentor, a única resposta que Deus espera de nós é uma resposta de amor: o abandono de uma vida fútil, a vivência de um amor sem fingimento, amor fraterno, amor de coração e com ardor.
Somente assim, como Igreja que nasceu em Pentecostes, na alegre e fervorosa acolhida do Espírito Santo, seremos mais fiéis Áquele que a fundou, correspondendo ao Projeto de Amor que Deus tem para a humanidade.
Vivendo o amor oblativo buscaremos a glória do amanhã, carregando e assumindo, corajosamente, a cruz hoje.
Servindo com amor oblativo, que Jesus testemunhou plenamente ao entregar Sua vida na Cruz, seremos uma Igreja alegre e tranquila.
Oremos:
"Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste
mundo decorram na paz que desejais, e Vossa Igreja
Vos possa servir, alegre e tranquila. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém!”
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