Pentecostes: O inextinguível Fogo do Espírito!
Espírito Santo: Fogo que ilumina,
vento que purifica, Amor que cria Comunhão.
A Festa de Pentecostes era no Antigo Testamento (séc. I a.C) a comemoração dos 50 dias após a Páscoa, quando Moisés recebeu o Decálogo, os Dez Mandamentos Divinos.
Muito antes, uma festa agrícola na qual se agradecia a Deus a colheita da cevada e do trigo.
No Novo Testamento, 50 dias após a Ressurreição, o Espírito vem sobre os Apóstolos comunicando a Nova Lei, A Lei do Amor.
Celebramos na Festa de Pentecostes o nascimento da Igreja no Mistério do Coração trespassado de Jesus, e deste mesmo Coração nos vem o Alimento Salutar: A Eucaristia.
Não somente somos alimentados pela Eucaristia, mas somos assistidos pelo Espírito que também nela Se encontra.
Se na Páscoa se dá o nosso Batismo, recebendo o Espírito em Pentecostes se dá o nosso Crisma.
Quando somos enriquecidos imensuravelmente com a plenitude dos Dons do Espírito Santo.
Dons recebidos e derramados sobre todos, de modo que não há relação de dominação e monopólio do Espírito, muito menos ainda relações de superioridade e inferioridade.
Sendo o Espírito dispensador de todos os Dons, cada pessoa tem a sua importância.
Todos os Dons procedem de Deus e estão a serviço da comunidade.
Sem o Espírito Santo não há Igreja, Liturgia, Palavra e Missão como nos disse o Patriarca Atenágoras, um autor da Igreja.
Com o Espírito Santo nossos medos são afastados; revigora-se nossa coragem.
Não há lugar para covardia e omissão; e os horizontes da Missão são alargados.
Nosso mutismo se rompe num alegre anúncio, a chama da audácia profética é reacesa em nossos corações e, renascidos pelo Sopro do Espírito, sonhamos um Mundo Novo; o aparentemente inatingível se torna possível, crível, exequível.
O mundo precisa deixar de ser uma Babel (onde as pessoas não se entendem), e tornar-se uma Nova Jerusalém, a Cidade da Paz!
Lá fora o mundo nos espera... É preciso manifestar a Ação do Espírito, como fogo para abrasar e aquecer os corações.
Como vento para varrer a maldade e iniquidade, revelando a Onipotência Divina com a Linguagem de Seu Amor.
Lá fora o mundo precisa aprender a língua universal, a Língua do Amor, a Língua do Espírito.
Deus é Amor e somente quem ama permanece em Deus. O não amor condena-nos, inexoravalmente, ao analfabetismo pior: o nada entender das coisas de Deus, não saber ler Suas linhas na História da Humanidade.
Sendo, da humanidade, o desejo mais profundo de amar e ser amado, eis a Missão da Igreja:
Com a Força, o Sopro e Ação do Espírito ensinar e reaprender sempre a Linguagem do Amor.
“A Igreja que evangeliza se evangeliza” nos disse o Papa São Paulo VI, em memorável Documento da Igreja.
E como disse Santo Agostinho: “que nas coisas certas haja a unidade, nas duvidosas, a liberdade, mas acima de tudo e em tudo a caridade”.
Concluindo, Pentecostes é a Festa do Nascimento da Igreja, do reaprendizado da Linguagem do Amor, da acolhida do Espírito e da riqueza dos Dons, profusamente, sobre a Igreja derramados.
Exultemos de alegria por sermos Igreja, mais ainda por contarmos com o Paráclito que nos defende, consola, ilumina, aconselha, fortalece, santifica...
Com Pentecostes a Igreja nunca mais conhecerá
o ocaso de sua Missão, até que Ele venha,
com a força do Espírito, na fidelidade ao
Projeto de Deus Pai.
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