Ressuscitemos o silêncio!
Silêncio diante do Coração de Jesus
Na Liturgia da Palavra da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, contemplamos o imensurável amor de Deus por nós.
Na passagem da primeira leitura (Dt 7,6-11), contemplamos o amor de Deus em aliança de misericórdia, fazendo-nos Seu povo preferido, com o compromisso de corresponder a Ele na prática dos Mandamentos Divinos e decretos prescritos.
O Salmo nos apresenta um refrão de indescritível beleza: “O Amor do Senhor Deus por quem O teme, é de sempre e perdura para sempre”.
Na passagem da segunda leitura (1Jo 4,7-16), o Apóstolo João, em sua Primeira Carta, falou que foi Deus quem nos amou primeiro, e somente amando é que o Senhor permanece em nós e nós n’Ele – “e nós conhecemos o Amor que Deus tem para conosco, e acreditamos n’Ele. Deus é Amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com Ele”.
Na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 11,25-30), Jesus, manso e humilde de coração, nos faz o convite: “Vinde a mim vós que estais cansados e fatigados, porque meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Muito mais do que falar da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, uma Solenidade como esta leva-nos a provocar a comunidade ao silêncio (sobretudo se consideramos que a palavra coração aparece 853 vezes no Antigo Testamento e 156 no Novo Testamento.
Silêncio... Ressuscitar o silêncio.
Considerando que vivemos numa sociedade que multiplica assustadoramente os ruídos.
Ruídos em nossas ruas e praças, casas e trabalho, escolas e hospitais. Até mesmo onde o silêncio não poderia jamais ser exilado, nos Templos Sagrados e no templo sagrado do coração humano, em nossos cultos e celebrações...
Façamos silêncio diante do Coração trespassado do Senhor, do qual jorrou Sangue e Água, e que um pouco antes o discípulo amado, João, reclinou a cabeça.
Coloquemos nosso coração em sintonia com o Coração de Jesus, para que ao d'Ele semelhante seja, e contemplemos o que neste Coração encontramos.
Os pobres que foram cumulados de bens, os pecadores que foram perdoados, os paralíticos que foram libertados, os cegos que voltaram a ver a luminosidade de um novo dia, os aflitos que reencontraram o sentido e resposta para suas angústias e inquietações, os pequeninos (Seus privilegiados), os famintos que foram saciados; os discípulos que foram chamados; Sua inseparável Mãe, nós, eu, você...
Ressuscitemos o silêncio da alma.
Façamos silêncio em nosso coração!
Silêncio no mais profundo de nós.
Façamos silêncio para contemplar
as maravilhas de Deus!
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