segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

O que o Senhor nos dirá? ( Cristo Rei - Ano A)

O que o Senhor nos dirá?

O que o Senhor nos dirá no dia do julgamento final, como vemos na passagem do Evangelho (Mt 25, 31-46) sobre o julgamento das nações; aquele dia que o Filho do Homem, Jesus, virá em Sua glória, e todos os anjos com Ele assentados?

Ouviremos o versículo 34 ou o versículo 41?
Depende de nossas escolhas, da nossa resposta ao amor de Deus e da misericórdia vivida ou não.

Desejemos ouvir o que o Senhor nos diz no versículo 34:
“Venham, benditos de meu Pai! Recebam por herança o Reino preparado para vocês desde a criação do mundo”.

Por amor e desejo de contemplar a face divina, tudo façamos para não ouvir no ocaso de nossa vida, no dia do julgamento, as Suas duras Palavras contidas no versículo 41:

“Afastem-se de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para seus anjos”.

Por isso, é tempo de viver no presente, sem demora, o que Jesus nos propõe de modo claro e concreto. Aproveitemos cada momento de nossa vida para conhecer e viver as obras de misericórdia.

Obras de misericórdia corporais: Dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir aos enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos.

Obras de misericórdia espirituaisDar bom conselho; ensinar os ignorantes; corrigir os que erram; consolar os aflitos; perdoar as injúrias; sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; rogar a Deus por vivos e defuntos. 

A misericórdia vivida nos credencia para a eternidade, porque desde já nos tornamos, por sua prática, misericordiosos como o Pai (Lc 6,36), e damos passos largos e seguros para a contemplação de Sua face, e de ver realizado o mais belo e divino desejo que cultivamos no coração: contemplar a face divina, como filhos de Deus que somos, e O veremos tal como Deus é (1 Jo 3,1-2).

Iluminados pela Palavra Divina e revigorados pelo Pão da Imortalidade, que é a Eucaristia, firmemos nossos passos na prática da misericórdia, conscientes de que não podemos mudar nosso passado, o que fizemos ou deixamos de fazer, mas confiantes na misericórdia de Deus, podemos dar novo sentido para a nossa vida, redirecionando o nosso futuro, tendo como desejável horizonte, a eternidade, o céu.

Concluímos com as palavras de São João da Cruz: "No crepúsculo de nossa vida seremos julgados pelo amor".

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