Do “gerundismo” ao Gerúndio de Deus
Há o belo gerúndio e o “gerundismo”.
Gerúndio, como sabemos, é a forma nominal do verbo que indica uma ação em andamento - amando, perdoando, aprendendo... e não futuro como muitos pretendem.
E foi talvez esta ideia equivocada que deu origem ao chamado “gerundismo”, um vício medonho que foi se incorporando aos poucos ao nosso modo de falar até as coisas mais simples e belas, tornando-as, muitas vezes, desagradáveis aos ouvidos e até criando mal estar em relacionamentos pela sua insuportabilidade.
Além do que usado de forma errônea e excessiva muitas vezes parece o nada querer resolver, o nada poder fazer. Esta é a sensação que tenho e que pode não ser exata, irrefutável, mas é o que sinto sempre que ouço expressões do tipo: “vou estar enviando”, “vou estar encaminhando”, “vou estar comunicando”, “ vou estar pedindo”, e por aí vai.
Por que não usar o verbo no futuro do presente de forma simples explorando a beleza da nossa língua: “Enviarei, encaminharei, repassarei...”?
Vale ressaltar que o gerúndio nada tem de abominável, e se bem empregado nos traz belas lições. Veja esta possibilidade que a música popular nos presenteia: “Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais braços dados ou não.”
E no aspecto da espiritualidade não tenho dúvida de que: “Ainda que pequemos e continuemos a pecar. Ainda que estejamos pecando, Deus jamais deixará de nos amar”.
Do “gerundismo” sejamos libertos, de belos gerúndios, enriquecidos e envolvidos pelo Amor de Deus, que está sempre nos olhando nos olhos e nos chamando para que sejamos Seus discípulos missionários no mundo.
Carregando a cruz de cada dia, renunciando o que for preciso, sigamos o Senhor onde Ele está glorioso, reinando eternamente porque é Nosso Deus, Rei e Senhor. Amém.
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