segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O Perdão Divino cura as feridas de nosso pecado

                                                              

O Perdão Divino cura as feridas de nosso pecado

Sejamos enriquecidos e iluminados com as palavras do Bispo Santo Agostinho (séc. V). 

Trata-se de um comentário ao Salmo 31, muito oportuno para refletirmos sobre nossa condição limitada, pecadora, necessitada de misericórdia e cura divina.

Se não reconhecemos nossa condição pecadora é como um paciente que “indo ao médico para ser curado, perdesse o juízo e a consciência e mostrasse os membros sadios, ocultando os enfermos. Deus é quem deve vendar as feridas, não tu; porque se, por vergonha, queres ocultá-las com bandagens, o médico não te curará. Deves deixar que seja o médico quem te cure e pense as feridas, porque ele as cobre com medicamentos.

Enquanto com as bandagens do médico as chagas se curam, com as bandagens do doente ocultam-se. E a quem pretendes ocultá-las? Àquele que conhece todas as coisas”.

A procura do perdão no Sacramento da Penitência exigirá de nós, antes de tudo, reconhecimento, tomada de consciência do mal, do pecado que realizamos. Somado a isto o arrependimento, a contrição, o bom propósito de correção e superação.

É preciso que compreendamos a beleza do Sacramento da Penitência instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo em várias passagens do Evangelho:

1.º Contrição – A palavra “contrição” significa fratura ou despedaçamento, como quando uma pedra é esmagada e reduzida a pó.  Trata-se de um desgosto da alma, pelo qual se detesta os pecados cometidos e se propõe não os tornar a cometer no futuro. Dá-se o nome de contrição à dor dos pecados, para significar que o coração duro do pecador se despedaça pela dor de ter ofendido a Deus.

2.º Confissão  é o momento da acusação distinta dos nossos pecados ao confessor (Sacerdote), para dele recebermos a absolvição e a penitência. Chama-se também acusação porque não deve ser apenas uma narração indiferente, mas uma verdadeira e dolorosa manifestação dos próprios pecados.

3.º Satisfação – é a boa oração ou outra boa obra que o confessor apresenta ao pecador em expiação dos seus pecados.

4.º Absolvição – É o momento que o Sacerdote, através de fórmula própria, pronunciada em nome de Jesus Cristo, absolve e perdoa o pecador.

Tendo oportunidade, como nos ensina a Igreja e a fé que professamos, procuremos  um Presbítero para uma frutuosa confissão de nossos pecados. 

O pecado nos fragiliza, o perdão nos cura e renova.

Reconheçamos, pois, nossa condição pecadora!


Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG