(1) Missal Dominical - Editora Paulus - pág.72
terça-feira, 30 de abril de 2024
“Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou...”
(1) Missal Dominical - Editora Paulus - pág.72
Anunciar e testemunhar a Vida Nova do Ressuscitado
Anunciar e testemunhar a vida Nova do Ressuscitado
- De que modo vivemos o Novo Mandamento do Amor que o Senhor nos ordenou?
A presença do Espírito e a missão da Igreja
A ação do Espírito na vida da Igreja
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Em poucas palavras...
Os sinais
de Deus na evangelização
“Descobrir os sinais que possam falar de Deus ao ateu de hoje é
o grande problema da evangelização e da reflexão teológica.
Num mundo secularizado, o sinal será talvez o de uma Igreja
despojada, pobre, a inteiro serviço do homem, purificada de todo conceito
demasiado materialista de Deus...
Poderão ser sinais os cristãos engajados na construção de uma
cidade mais humana e fraterna, pacífica e justa.” (1)
(1) Comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem dos Atos dos
Apóstolos (At 14,5-18) - pág. 427
Em poucas palavras...
O Paráclito
“Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do
Espírito Santo, chama-Lhe o «Paráclito», que, à letra, quer dizer: «aquele que
é chamado para junto», ad vocatus (Jo 14, 16. 26; 15, 26; 16, 7).
«Paráclito» traduz-se habitualmente por «Consolador», sendo
Jesus o primeiro consolador (1Jo2,1). O próprio Senhor chama ao Espírito Santo
«o Espírito da verdade» (Jo 16,13).” (1)
(1)
Catecismo da Igreja Católica – n. 692
Oração para a 6ª Semana Social Brasileira – Leste 2
Foi por amor a ti
Um diálogo amoroso
Um diálogo amoroso
Da Virgem Santa Catarina de Sena (séc. XIV), Doutora da Igreja, temos um Diálogo que ela faz com a Providência divina, e que muito nos ajuda a crescer na intimidade com Deus.
Assim inicia seu diálogo com Deus:
“Com a indizível benignidade de Sua clemência, o Pai eterno dirigiu o olhar para esta alma, e começou a falar...”
Em seguida, ela nos apresenta o falar da Providência Divina:
“Caríssima filha, determinei com firmeza usar de misericórdia para com o mundo e quero providenciar acerca de todas as situações dos homens. Mas o homem ignorante julga levar à morte aquilo que lhe concedo para a vida, e assim se torna muito cruel, para si próprio; no entanto, dele Eu cuido sempre.”
Como Deus é misericordioso para conosco! Incansavelmente, cuida de nós, ainda que não mereçamos, ainda que não percebamos.
“Por isso quero que saibas: tudo quanto dou ao homem provém da suprema providência.”
Nada teríamos se Deus não nos providenciasse. Tudo é nosso pela iniciativa de Deus. Importa reconhecer que tudo que temos é nosso, mas antes de tudo é de Deus. O mundo, a vida, o nosso ser, tudo é de Cristo, e Cristo é de Deus, já nos disse o Apóstolo Paulo.
“E o motivo está em que, tendo criado com providência, olhei em mim mesmo e fiquei cativo da beleza de minha criatura. Porque foi de meu agrado criá-la com grande providência à minha imagem e semelhança. Mais ainda, dei-lhe a memória para guardar meus benefícios em seu favor, por querer que participasse de meu poder de Pai eterno.”
Deus nos criou, somos obras de Suas mãos. A beleza que temos é a perfeita semelhança com Ele. Criado à Sua imagem e semelhança nos deu a memória, que por vezes mal usamos, não guardamos os benefícios e maravilhas incontáveis que Ele realiza. Possuidores de memória, de inteligência, de liberdade, podemos corresponder ou não aos desígnios divinos; fortalecer vínculos com a fonte de nossa vida e aprofundar nossa amizade com Ele, no senhorio sobre todas as coisas.
“Dei-lhe, além disto, a inteligência para conhecer e compreender na sabedoria de meu Filho a minha vontade, porque Sou com ardente caridade paterna o máximo doador de todas as graças. Concedi-lhe também a vontade de amar, participando da clemência do Espírito Santo, para poder amar aquilo que a inteligência visse e conhecesse.”
Explicita a inteligência para compreensão de Sua sabedoria para que sua vontade seja conhecida e realizada. Deus é Pai e possui por nós uma “ardente caridade paterna” e é para nós o “doador de todas as graças.” Ainda, nos comunica a ação e a presença do Espírito Santo para “amar aquilo que a inteligência visse e conhecesse”.
Continua a Doutora:
“Isto fez minha doce providência. Ser o único capaz de entender e de encontrar seu gozo em mim com alegria imensa na minha eterna visão. E como de outras vezes te falei, pela desobediência de vosso primeiro pai Adão, o céu estava fechado. Desta desobediência decorreram depois todos os males no mundo inteiro.”
Ó quão doce é a providência divina; capaz de derramar e comunicar Seu Amor por nós, ainda que nossos primeiros pais tenham pecado. É próprio do Amor de Deus não desistir de nós, porque somos obras de Sua mão, expressão de Seu amor.
“Para fazer desaparecer do homem a morte de sua desobediência, em minha clemência providenciei, entregando-vos meu Filho unigênito com grande sabedoria, para que assim reparasse vosso dano. Impus-lhe uma grande obediência, a fim de que o gênero humano se livrasse do veneno que se difundira no mundo pela desobediência de vosso primeiro pai.”
Somos remetidos à algumas passagens bíblicas:
“Deus amou tanto o mundo que entregou o Seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16);
“Tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz. Por isso Deus soberanamente o elevou e lhe conferiu o nome que está acima de todo nome...” (Fl 2, 1-9);
“Vede que manifestação de amor nos Deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus e nós o somos. Se o mundo não nos conhece, é porque não o conheceu” (1 Jo 3,1).
Retomando o seu diálogo:
- “Assim, como que cativo de amor e com verdadeira obediência, correu com toda a rapidez, correu à ignominiosa Morte Sacratíssima, deu-vos a vida, não pelo vigor de Sua humanidade, mas da divindade”.
- “Cativo de amor” é o Senhor Jesus por nós. Que sejamos então prisioneiros também do mais Belo Amor. Completemos em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo por amor a Igreja, como falou o Apóstolo Paulo (Col 1,24). E com ele, repitamos: “quem nos separará de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada?” ( Rm 8,35)
Jesus, nos deu a vida não pelo vigor de Sua humanidade, mas pelo vigor de Sua divindade.
A onipotência divina tem um rosto e um nome: Jesus, e Se revela no Amor que ama até o fim.
A onipotência divina Se revela na impotência da humanidade crucificada por Amor de nós, para nos redimir, reconciliar com Deus e nos tirar da mansão dos mortos, do abismo do pecado, da escuridão, do desamor... Ó Suprema e Divina Santíssima Trindade!
Glorifiquemos a Deus por mulheres tão sábias, que nos comunicam as maravilhas das delícias divinas, ontem, hoje e sempre.
Em poucas palavras...
“Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”
“«Tudo
concorre para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8, 28). O testemunho dos
santos não cessa de confirmar esta verdade:
Assim,
Santa Catarina de Sena diz aos «que se escandalizam e se revoltam contra o que
lhes acontece»: «Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do
homem, e não com nenhum outro fim».
E S.
Tomás Moro, pouco antes do seu martírio, consola a filha com estas palavras:
«Nada pode acontecer-me que Deus não queira. E tudo o que Ele quer, por muito
mau que nos pareça, é, na verdade, muito bom».
E
Juliana de Norwich: «Compreendi, pois, pela graça de Deus, que era necessário
ater-me firmemente à fé [...] e crer, com não menos firmeza, que todas as
coisas serão para bem [...]». «Thou shalt see thyself that all manner of thing
shall be well» .” (1)
(1)
Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 313