sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Evangelizadores com ardor missionário

 


Evangelizadores com ardor missionário

Iniciando mais um ano de intensas atividades pastorais, é oportuno refletirmos, à luz do parágrafo n. 875 do Catecismo da Igreja Católica, sobre a missão evangelizadora de toda a Igreja.

Na passagem da Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo nos apresenta instigante questionamento: «Como hão de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão de ouvir falar, sem que alguém O anuncie? E como hão de anunciar, se não forem enviados?» (Rm 10, 14-15).

De fato, como afirma o apóstolo, «A fé surge da pregação» (Rm 10, 17), de modo que ninguém, nenhum indivíduo ou comunidade, pode anunciar a si mesmo o Evangelho.

Impensável que alguém possa dar a si próprio o mandato e a missão de anunciar o Evangelho, pois o enviado do Senhor fala e atua, não por autoridade própria, mas em virtude da autoridade de Cristo, em nome de Cristo, pela graça d’Ele recebida

Deste modo, os bispos e presbíteros recebem a missão e a faculdade (o «poder sagrado») de agir na pessoa de Cristo Cabeça e os diáconos a força de servir o povo de Deus na «diaconia» da Liturgia, da Palavra e da caridade, em comunhão com o bispo e com o seu presbitério.

Este ministério é recebido por um Sacramento próprio. E na missão recebida os ministros ordenados, na sinodalidade vivida, o fazem em comunhão com os diversos ministérios assumidos pelos cristãos leigos e leigas das comunidades, pela graça do Batismo recebido.

Urge que todos os batizados, com o Sacramento da Ordem ou não, pela graça do batismo, se tornem alegres discípulos missionários do Senhor, para anunciar e testemunhar a Palavra do Senhor em todo o tempo e em todo o lugar - “E disse lhes: ‘Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura’” (Mc 16,15).

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG