Inflamados de amor
pelo Senhor
“Por este motivo,
exorto-te a reavivar o dom espiritual que
Deus depositou em
ti pela imposição das minhas mãos.
Pois Deus não nos
deu um espírito de medo, mas um
espírito de força,
de amor e de sobriedade”
(2 Tm 1,6-7).
Reflexão à luz da passagem da Segunda Carta do Apóstolo
Paulo a Timóteo (2 Tm 1,1-3.6-12).
O Apóstolo exorta Timóteo a reavivar a
vocação, reanimando o carisma que recebeu, à luz da escuta da Palavra Divina,
da comunhão com Deus e dos Sacramentos, que nos comunicam a graça de Deus.
É preciso viver as qualidades
fundamentais, que devem estar presentes na vida do Apóstolo:
- a fortaleza frente às dificuldades;
- o amor que impulsiona para uma
entrega total a Cristo e ao rebanho;
- a prudência necessária para
animação e orientação da comunidade.
Com isto, se afasta o perigo das
desilusões, fracassos, monotonia, fragilidade humana, que enfraquecem o
entusiasmo original, levando à perda das motivações primeiras do compromisso
com Jesus e a Boa-Nova do Reino.
É preciso despir-se de toda preguiça,
inércia, comodismo, renovando as forças e a coragem para superar todo medo, e,
assim, vencermos as dificuldades que nos impedem de viver inteiramente para
Deus e para nosso próximo.
Impelidos pelo Amor divino, vamos bem
mais longe, reavivando a vocação como dom de Deus, encontro de duas
liberdades: a divina que chama, e a humana que responde.
A vocação é sempre fecunda se for fruto
de um encontro que muda a vida de quem encontra o Senhor, como bem afirmou o
Papa Bento XVI:
«No início do ser cristão, não há uma
decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma
Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...)
Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é
apenas um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao
nosso encontro» (Deus Caritas Est, 1).
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