quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

A paz é fruto da justiça!


 A paz é fruto da justiça!

Em 2009, a Campanha da Fraternidade nos desafiou com um tema de extrema urgência: construir a paz, em irrenunciável compromisso com ela.

Passos foram dados, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Enquanto peregrinarmos neste mundo a paz será sempre a nossa grande busca, proponho ao leitor retomarmos as reflexões que escrevi na ocasião, reeditadas para facilitar a leitura.

Inicialmente, é importante termos claro qual é paz que a Igreja acredita e anuncia.

A Paz positiva, orientada por valores humanos como a solidariedade, a fraternidade, o respeito ao outro, a mediação pacífica dos conflitos, a promoção da dignidade humana e construção de uma sociedade justa e fraterna. Enfim, a paz fruto da justiça.

Precisamos dizer não à paz negativa, que se dá pelo uso da força das armas, da intolerância com os diferentes, e que tem como foco e meta os bens materiais, a busca inescrupulosa do poder.

Todos somos responsáveis pela paz. O exercício da cidadania é inadiável, e devemos colaborar no cultivo da cultura da paz e da vida, não apenas nas paredes de nossa Igreja, mas envolvendo todas as pessoas, todos os segmentos da sociedade, em todas as esferas de poder.

Lembro as oportunas e atualíssimas palavras do Secretário Geral da CNBB, D. Dimas L. Barbosa, naquele ano: “O caminho para a superação da insegurança passa, assim, pelo cultivo da cultura da paz, que supera a visão de guerra, seguindo a qual a violência se vence com violência.

A cultura da paz exige novos critérios para o relacionamento humano: a vivência da não violência ativa, a superação da vingança, a gratuidade, o perdão e a misericórdia. A prioridade tem que ser o valor da pessoa humana e sua dignidade”

A Oração do Salmista há de se tornar uma realidade: “O Amor e a Verdade se encontram, Justiça e Paz se abraçam, da terra germinará a Verdade, e a Justiça se inclinará do céu. O próprio Iahweh dará a felicidade e nossa terra dará seu fruto. A Justiça caminhará a sua frente, e com seus passos traçará um caminho” (Sl 85,11-14).

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG