Iniciamos com toda a Igreja o Tempo do Advento, e seremos enriquecidos pela Palavra de Deus a ser proclamada nas quatro semanas que nos preparam para o mais belo Acontecimento da História: o Nascimento do Salvador, o Verbo que Se fez Carne e veio habitar entre nós, assumindo nossa condição humana, igual a nós, exceto no pecado, exatamente para destruí-lo, reconciliando-nos com Deus por Sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição.
Nunca é demais ressaltar o matiz Pascal do Natal, para não empobrecê-lo, reduzindo-o a festa com comidas e bebidas, amigos secretos e troca de presentes, reduzindo Jesus a um enfeite de porta, um presépio montado, pisca-piscas, e Ele imóvel numa pequena imagem, deitado, sem nos interpelar para a conversão, novos relacionamentos, novas esperanças e compromissos por um mundo novo.
Pertinente e atual é a exortação do Bispo São João Crisóstomo (séc. IV) a partir da passagem do Evangelho de São João (Jo 11,1).
“É isto o que vos peço: que um dia por semana ou ao domingo, cada um de nós pegue no passo do Evangelho que vai ser lido na Liturgia, para o ler e reler antecipadamente, que faça em casa um estudo atento e ponderado, notando o que nele há de claro e de obscuro, o que aparece contraditório sem que o seja na realidade.
Deveríeis vir para escutar a Palavra Sagrada somente depois de uma preparação assim, diligente e completa.
Este trabalho seria de grande utilidade para mim: eu não teria grande dificuldade em fazer-vos compreender o sentido de qualquer texto, estando a vossa inteligência já familiarizada com os textos; vós estaríeis mais esclarecidos e perspicazes, não somente para escutar e aprender melhor, mas também para ensinar aos outros quanto aprendestes”.
Portanto, para que tenhamos um santo e verdadeiro Natal, vivamos intensamente este Tempo, participando dos Grupos de Novena, das confissões e, de modo especial, das Missas.
Saboreada a riqueza da Liturgia da Palavra, seremos fortalecidos na perseverança da fé, vigilantes, acolhendo e cultivando a Palavra no coração plantada, para que possa florescer e produzir os saborosos frutos por Deus desejados, e na noite bela e Santa do Natal, partilhá-los e saboreá-los.
Mesas fartas na noite de Natal e sempre, mas em comunhão com as duas mais belas Mesas: da Palavra e da Eucaristia.
Somente a comunhão destas Mesas é que nos permitirá a celebração de um Natal que comunicará, em todo tempo, a luz e o Amor que Deus nos trouxe por meio d’Aquela Criança: o Menino Jesus.
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