“A esposa é o sol da família”
O Papa Pio XII, na metade do século passado, dirigiu, a um grupo de recém-casados, palavras que guardam atualidade.
“A família tem o brilho de um sol que lhe é próprio; a esposa. Ouvi o que a Sagrada Escritura afirma e sente a respeito dela:
A graça da mulher dedicada é a delícia do marido. Mulher santa e virtuosa é graça primorosa. Como o sol que se levanta nas alturas do Senhor, assim o encanto da boa esposa na casa bem-ordenada (Eclo 6,19-21).
Realmente, a esposa e mãe é o sol da família. É sol por sua generosidade e dedicação, pela disponibilidade constante e pela delicadeza e atenção em relação a tudo quanto possa tornar agradável à vida do marido e dos filhos. Irradia luz e calor do espírito.
Costuma-se dizer que a vida de um casal será harmoniosa quando cada cônjuge, desde o começo, procurar não a sua felicidade, mas a do outro...
Embora este nobre sentimento e propósito pertençam a ambos, constitui principalmente uma virtude da mulher.
Por natureza, ela é dotada de sentimentos maternos, de sabedoria, prudência e coração que a faz responder com alegria as contrariedades; quando ofendida, inspira dignidade e respeito, à semelhança do sol que ao raiar alegra a manhã coberta pelo nevoeiro e, quando se põe, tinge as nuvens com seus raios dourados.
A esposa é o sol da família pela limpidez do seu olhar e o calor de sua palavra. Com seu olhar e sua palavra penetra suavemente nas almas, acalmando-as e conseguindo afastá-las do tumulto das paixões...
A esposa é o sol da família por sua natural e serena sinceridade; sua digna simplicidade; seu distinto porte Cristão; pela retidão do espírito sem esgotamento, e pela fina compostura com que se apresenta, veste e adorna; mostrando-se ao mesmo tempo reservada e amável.
Sentimentos delicados, agradáveis expressões do rosto, silêncio e sorriso sem malicia e um condescendente sinal de cabeça; tudo isso lhe dá a beleza de uma flor rara, mas simples, que ao desabrochar se abre para receber e refletir as cores do sol.
Ah, se pudésseis compreender como são profundos os sentimentos de amor e de gratidão que desperta e grava no coração do pai e dos filhos semelhante perfil de esposa e de mãe!”
Hoje, mais do que nunca, a mulher desempenha papel fundamental na edificação e santificação do lar, sobretudo o lar cristão, pequenina Igreja Doméstica, onde se vive e se aprofunda a caridade conjugal.
Caridade conjugal vivida como memória do amor fiel e indissolúvel de Deus para com a humanidade e de Cristo pela Sua Igreja; celebrada em cada Eucaristia, no Mistério do Sacrifício de Sua Morte e Ressurreição.
Caridade conjugal implica em renúncias, serviço generoso movido pelo amor; como profecia, enquanto sinalização do convívio na eternidade, na família celestial - céu.
Reflitamos:
- Revitalizar no coração de cada mãe e esposa a graça que Deus lhe concedeu, para que não perca seu calor e nem ofusque seu brilho indispensável;
- Com a cooperação do esposo e pai, tornar realidade estas tão sábias e profundas palavras;
- Encontrar eco em cada coração de filho e filha, a fim de que possam desfrutar destes raios de calor e luz; aquecidos e iluminados por raios que não se apagam, mas que nos acompanham por toda a vida.
Que a Sagrada Família, que tem Maria, o “sol por excelência”, abençoe todas as famílias!
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