domingo, 31 de dezembro de 2023

Que os Anjos de Deus nos acompanhem todos os dias

                                        

Que os Anjos de Deus nos acompanhem todos os dias

A Liturgia do Advento, como a do Tempo do Natal, nos fala sempre de Anjos, que são mensageiros de Deus que nos comunicam a Sua vontade, seus desígnios. 

Um Anjo anunciou o Mistério da Ação do Espírito para gerar o Verbo no ventre de Maria.

Do mesmo modo, a José para que entendesse e participasse do Projeto de Salvação Divina, assumindo Maria como esposa, pois a concepção de sua amada esposa era uma ação do Espírito Santo.

Também em outro momento forte proclamado na Solenidade da Sagrada Família, em que por três vezes um Anjo fala com José: ora para fugir com Maria e o Menino para o Egito; ora para retornar para Israel e por fim para se dirigir para Nazaré para o cumprimento da Escritura, ainda mais que a vida da frágil Criança, do Divino Salvador ainda corria ameaça de morte (cf. Mt 2, 13-15).

Ao terminar mais um ano, e com a chegada de outro a ser vivido em total fidelidade ao Senhor, pedimos que o Senhor nos envie sempre Seus Anjos para nos proteger das ciladas do inimigo, para que nossos passos sejam cada vez mais firmados na verdade, na justiça, no amor, na liberdade e na paz.

Que nos sejam enviados Anjos: sejam os Anjos que não vemos, sejam os Anjos que vemos sempre presentes em nossa vida, para que não vacilemos em nenhum instante, sequer tenhamos lampejos de esquecimentos dos Preceitos de Deus, para que O adoremos em espírito e verdade, com toda nossa alma, entendimento e coração.

E que em nossas fraquezas, os Anjos nos lembrem de que quando somos fracos então é que somos fortes, pois Deus manifesta Sua força e poder, como bem nos disse o Apóstolo Paulo: “Tudo posso n’Aquele que me fortalece” (cf. Fl 4,13), e ainda: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10).

Que também tenhamos a graça de sermos como “Anjos” na vida de tantos quantos precisarem; “Anjos” que ajudam e animam o outro para não sucumbir diante das tentações que o mundo oferece, a não ceder ao domínio da mentira, da injustiça, da vaidade, do orgulho e da ambição, do ódio e do desamor...

Somos “Anjos” quando não nos descuidamos da graça de sermos alegres discípulos missionários do Senhor para que o Seu Reino aconteça.

Finalizo com a Oração que nos acompanha desde o colo de nossos pais:

“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador...” 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG