sexta-feira, 31 de maio de 2024

Em poucas palavras...

 


Com Maria, caminhar com alegria

“Maria compreende e age. Sua adesão à vontade de Deus e sua obediência não traduzem preguiça e dificuldade, e sim alegria e decisão.

Quem segue a Deus e está cheio de seu espírito, caminha de coração alegre, de ânimo aberto, mesmo por estradas fatigantes.”(1)

 

 

(1)              Comentário do Missal Cotidiano - passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,39-45) - pág. 91

Devoção a Maria, compromisso com a vida digna, plena e feliz

                                                         

Devoção a Maria, compromisso com a vida digna, plena e feliz

“Sua misericórdia se estende de geração em geração,
 a todos os que o temem” (Lc 1,50)

O mês de maio é especialmente dedicado à Maria, Mãe de Jesus, porque ela está sentada no mais alto cume das virtudes, repleta do oceano dos carismas divinos, do abismo das graças, como nos ensina a Igreja.

Voltemos o nosso olhar para Maria, e nos reportemos ao canto do “Magnificat” (Lc 1,39-56), que nos ajuda a reler os fatos e a história, comunicando os necessários raios de luz do Espírito Santo, sobretudo nos momentos difíceis por que passamos, em todos os âmbitos (político, econômico, social, cultural).

Maria, cheia do Espírito Santo, em visita à sua prima Isabel, foi a primeira comunicadora de palavras de fé e esperança: – “doravante todas as gerações me chamarão de bendita...”. É o cântico da esperança dos pobres e humildes. Em Maria, “a comunicação e a misericórdia fazem o verdadeiro e fecundo encontro”, tema que o Papa Francisco nos propôs em sua Mensagem para o 50º Dia Mundial das Comunicações (2016).

Maria proclama uma tríplice ação de Deus na história: a derrubada de situações humanas falsas, restaurando a humanidade na salvação. No campo religioso, a derrubada da autossuficiência humana, da soberba; no campo político, a derrubada dos poderosos e a exaltação dos humildes; no campo social, a despedida dos ricos e a promoção da verdadeira partilha, solidariedade, fraternidade.

Tudo isto é a expressão da “misericórdia divina que se estende de geração em geração”, como ela cantou, e deste modo, nos revela o caminho para a perfeita realização das virtudes teologais, e assim, sejamos misericordiosos como o Pai.

Envolvidos pela misericórdia divina, que é eterna, ela nos ensina a viver a féEis a serva do Senhor” – o segredo da fé sem falha, em perfeita conformidade à vontade divina; a dar a razão de nossa esperança: - “Nada é impossível a Deus” na incondicional confiança em Deus em tudo e em todos os momentos, favoráveis ou adversos; e assim seremos instrumentos da caridade – “Maria pôs-se a caminho apressadamente” – a caridade e a disponibilidade missionária para servir e comunicar o Amor e a presença de Deus.

Maria nos ensina, portanto, a nos deixar envolver pela misericórdia divina, e assim, não vacilaremos na fé, nem esmoreceremos na esperança e tão pouco esfriaremos na caridade (Papa Leão Magno - séc. V).

É com nosso olhar em Maria, e contando com o seu olhar de ternura, que acompanha nossos passos como discípulos missionários do Verbo que Se fez misericórdia e habitou entre nós, Jesus, que renovamos nossos sagrados compromissos com a Boa-Nova do Reino, procurando firmar os passos na ação evangelizadora.

Que a autenticidade de nossa devoção a Maria, sublime comunicadora da misericórdia divina, seja confirmada pelo alegre e corajoso anúncio e testemunho do Evangelho, comprometidos na construção de um novo céu e uma nova terra, procurando transformar sinais de tristeza em alegria, de desânimo em coragem, de morte em vida. 

A exemplo de Maria, sejamos conduzidos e assistidos pelo Espírito Santo, a nós enviado, desde aquele memorável dia de Pentecostes, com o nascimento da Igreja, continuando a missão do Ressuscitado, em incondicional fidelidade ao Pai, que nos criou por amor para sermos felizes, na medida em que nos comprometemos com a felicidade e vida digna do outro.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Livrai-nos, Senhor, de toda forma de arrogância! (24/06)

Livrai-nos, Senhor, de toda forma de arrogância!

Senhor, quantas vezes temos diante de nós a personificação de Senaquerib,
Já não mais um rei da Assíria, e nem tão distante de nós no tempo e no espaço.
Senaquerib é a mais pura expressão daqueles que confiam nas forças das armas,
Do poder que se impõe pela força, a custa do sangue dos inocentes.

É também a expressão de quantos se acreditam eternos, arrogantes,
Submersos em sua petulância, egoísmo, indiferença, mediocridade.
Expressão daqueles que riem de quem nas mãos de Deus se coloca com santa confiança;
Daqueles que humilham os pequenos, pisando-lhes a fina flor da esperança.

Ó Senhor, que não sejamos contaminados por este vírus indesejável
Que nos afasta de Vós, roubando-nos e perdendo o que de mais belo possamos possuir:
A semelhança convosco, como tão bem e maravilhosamente nos criastes, por Vossas mãos divinas.
E, neste vaso de barro que somos, Hóspede de nossa alma Vós quisestes ser.

Ó Senhor, que aprendamos com o piedoso Ezequias,
Em todos os momentos, naqueles aparentemente insuperáveis,
Diante de Vossa presença sempre nos colocar e nos dobrar,
O coração abrir para nossas angústias, que bem conheceis, oferecer.

Sei que inclinais os Vossos ouvidos a quem Vos suplica.
Sei que voltais o Vosso olhar para os que a Vós se curvam.
Sei que o Vosso Amor, entranhado em nossa alma,
Reorienta, conduz, sustenta, anima, fortalece...

Ó Senhor, vinde em nosso socorro, a Vós suplicamos.
Sois nosso Deus desde sempre, Autor de nossa história.
Bem sabemos que convosco somos mais que vencedores,
Porque assim cremos, e nos falou o amável Apóstolo.

Naquele dia, agistes ao lado e a favor de Ezequias que a Vós suplicou;
Exterminando centenas de milhares com Vosso braço poderoso.
Ajudai-nos em nossas batalhas quotidianas, Vos suplicamos,
E eternamente, louvores, agradecimentos multiplicaremos.

Livrai-nos, Senhor, da terrível e empobrecedora arrogância humana.
Manifestai em nossa fragilidade a Vossa incomparável força divina.
Que Vossos ouvidos, olhos e coração para nós sempre se voltem.
Inclinai, Senhor, a nós que tão somente a Vós nos dobramos.

Ó Deus, por meio do Vosso Amado Filho, é que Vos suplicamos,
Por Ele, Jesus, em quem dois abismos se tocam maviosamente:
A fragilidade humana e o poder divino, paradoxalmente,
Na mais perfeita comunhão com Vosso Santo Espírito. Amém!



PS: Fonte inspiradora: Leitura (2Reis 19,9-11.14-21.31-36) – Liturgia da Palavra da terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum (ano par).

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG