domingo, 30 de junho de 2024
Exemplos de coragem e fidelidade ao Senhor
Pedro e Paulo, o Amor de Cristo os seduziu (28/06)
Pedro e Paulo, o Amor de Cristo os seduziu
Celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, que viveram total fidelidade e testemunho de Jesus Cristo Vivo e Ressuscitado.
Chegaram gloriosamente à pátria celeste: Pedro pela cruz e Paulo pela espada.
Com a passagem da primeira Leitura (At 12,1-11), refletimos sobre a missão e o testemunho do Apóstolo Pedro, e renovamos a certeza de que Deus cuida daqueles que chamou, ama e envia.
Pedro foi chamado por Jesus Cristo e com Ele conviveu, e do Divino Mestre, recebeu todos os ensinamentos, bem como lhe foram confiadas as chaves do Reino dos Céus para ligar e desligar, para conduzir o rebanho do Senhor.
Deste modo, com a passagem, mais que uma descrição histórica, temos uma catequese de como Deus cuida de Sua Igreja, de modo que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, como bem foi dito no Evangelho pelo Senhor. É como um selo da autenticidade da missão dos Discípulos Missionários do Senhor.
O caminho feito por Pedro, em muito se assemelha ao d’Aquele pelo qual teve o coração seduzido: Jesus Cristo.
Bem disse o Senhor – “Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, caluniarem, perseguirem e disserem todo nome por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12), e ainda: “Não temais pequeno rebanho do meu Pai, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
Os discípulos de Jesus devem testemunhar com sinceridade e coragem os valores que acreditam, contra todas as dificuldades, incompreensões, perseguições e calúnias.
Também contemplamos uma comunidade solidária e solícita na oração; unida na alegria e na dor; na perseguição e na vitória, e vemos como é necessária a Oração da comunidade em favor daqueles que dela cuidam, e hoje de modo especial, elevamos orações pelo nosso Papa Francisco, sucessor de Pedro.
A passagem da segunda Leitura (2Tm 4,5-8;17-18), como que um Testamento de Paulo, um discurso final, uma avaliação de todo seu apostolado, é uma luz que se acende para o encorajamento da comunidade, e que será muito propício para o reavivamento de seu ardor evangelizador e ânimo pastoral.
Paulo não conviveu com o Senhor, mas teve aquele encontro com o Ressuscitado que reorientou todo o seu existir. Não propriamente uma conversão, porque ele era zeloso no cumprimento da Lei Divina, mas aquela experiência a caminho de Damasco transformou todos os seus planos e projetos, tornando-o Doutor das Nações, o grande missionário evangelizador em suas impressionantes viagens missionárias.
Ele se apresenta como um “atleta” de Cristo, empenhado no bom combate da fé, suportando o martírio; ora silencioso, ora extremado, culminado em sua morte pela espada.
Na passagem, temos o lamento desiludido de um homem cansado, como é próprio da condição humana. Mas tem algo mais: sabe em quem confiou, sabe que Deus jamais o desamparou. Entenda-se lamento desiludido, não como decepção, mas como a extrema confiança da missão que abraçou e se dedicou.
Assim pode acontecer conosco, podemos até nos decepcionarmos nos espaços internos da Igreja ou fora dela, mas jamais com Deus. E, por isto, jamais desistir da missão.
Se há algo que nos entristeça, há muitíssimo mais que nos alegra. Mistério da Cruz, Mistério Pascal que deve ser vivido com toda fé, esperança e caridade.
Mesmo no cárcere, escrevendo a Timóteo, Paulo encontra palavras de ânimo, de exortação.
Acolhamos estas palavras, sobretudo nos momentos difíceis por que possamos passar, na obscuridade dos fatos, nos quais Deus mais do que nunca Se revela com todo Seu esplendor, com todo Seu amor.
Paulo testemunha de quem confia no Senhor, e nunca se sente só, jamais se sente desamparado. Ele mesmo disse aos Filipenses (Fl 4,13) –“Tudo posso n’Aquele que me fortalece”.
Na passagem do Evangelho (Mt 16,13-19), temos a interrogação de Jesus sobre a Sua identidade.
Não se trata de conferir índice de ibope, mas a compreensão da Sua verdadeira identidade para que configure Seus discípulos a Ele.
Que saibam a quem seguem, e a quem vão testemunhar. Respostas superficiais e inconsequentes não agradam o Coração do Senhor. Pedro pela revelação divina dá a verdadeira resposta: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Por isto, assim como negara três vezes na paixão e morte do Redentor, por três vezes teve que responder a inquietante interrogação de Nosso Senhor: “Simão, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?”.
Como já mencionei, a Pedro são confiadas as chaves. Não para ser guardião nas portas dos céus, mas para conduzir, organizar, orientar o rebanho do Senhor a Ele confiado. Esta é a sua missão. Esta é a missão de nosso Papa Francisco, por quem não devemos poupar Orações.
Reflitamos:
- Qual é o lugar que Jesus ocupa em nossa existência?
- O que os Apóstolos Pedro e Paulo tem a nos ensinar?
- Por que estamos na Igreja?
- Somos uma comunidade estruturada para amar e servir, como comunidade do Ressuscitado?
- Temos consciência da dimensão profética e missionária da Igreja?
- De que modo procuramos entender e rezar pela missão de nosso Papa?
Empenhemos mais intensamente e apaixonadamente no bom combate da fé, com o coração por Jesus mais que seduzido; e também nos empenhemos para alcançar a merecida Coroa da Glória, para os justos reservada.
Cremos que as duas colunas alcançaram, e nós como pedras vivas da Igreja pelo Batismo, desejemos e façamos por também merecer e alcançar.
Pedro e Paulo: as Colunas Mestras da Igreja (29/06)
Pedro e Paulo: as Colunas Mestras da Igreja
Dia 29 de junho a Igreja celebra, numa só
Festa, duas colunas mestras da Igreja: São Pedro e São Paulo (quando cai no dia da semana, no Brasil, transfere-se
para o domingo seguinte).
Assim falou Santo Agostinho, no século V,
sobre eles: “O martírio dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia... Estes mártires viram o
que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela
verdade... Num só dia celebramos o martírio dos dois Apóstolos.
Na
realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias
diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.
Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos Apóstolos.
Amemos
a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações dos
dois Apóstolos”.
A complementaridade dos dois ”carismas”
continua atual: Pedro, a responsabilidade institucional; Paulo, a criatividade
missionária.
Quando falamos de Pedro, nos lembramos da
instituição e o exercício do poder; da responsabilidade, hierarquia; e quando falamos
de Paulo, nos lembramos da pregação, do carisma, missão, evangelização,
fundação de novas comunidades.
Deste modo, elevemos a Deus orações pelo
nosso querido Papa Francisco, que continua a missão a Pedro confiada pelo
Senhor, pois assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 882):
“O
Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro é princípio perpétuo e visível, e
fundamento da unidade que liga, entre si, todos os bispos com a multidão dos
fiéis”.
Que o Espírito de Deus o
conduza e ilumine, pois, como Vigário de Cristo e Pastor de toda a Igreja, o
Pontífice Romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal;
que pode exercê-lo livremente.
Apóstolos Pedro e Paulo: Colunas da Igreja (29/06)
Apóstolos
Pedro e Paulo: Colunas da Igreja
Sem
paixão não há discipulado
As palavras do Papa Bento XVI, no discurso inaugural da Conferência de
Aparecida (2007), ecoam no coração de todo Presbítero e do Povo de Deus: “O discípulo,
fundamentado na rocha da Palavra de Deus, sente-se impulsionado a levar a Boa
Nova da Salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como os dois lados de
uma mesma moeda: quando o discípulo está enamorado de Cristo, não pode deixar
de anunciar ao mundo que só Ele Salva (At 4,12). Com o efeito, o discípulo sabe
que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”. Sem paixão não há
discipulado, apostolado, missão, evangelização… Enamorar-se por Cristo é
assumir um compromisso irrenunciável com a Boa Nova do Reino por Ele
inaugurado. Assim como a morte
de Cristo foi um ato extremo de Amor, Seus fiéis seguidores trilharam o mesmo
caminho. Enamorados por
Cristo, Sacerdote e comunidade, devem cultivar profunda amizade pessoal com
Ele, compartilhando os Seus sofrimentos (Fl 2,1-11). Em todo o tempo
somos exortados a reler as página da história da nossa Igreja, o testemunho
daqueles que professaram a fé em Cristo. Trazemos à memória
a maravilhosa declaração de amor do Apóstolo Pedro ao próprio Senhor: “Simão,
filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?” - “Senhor, tu sabes tudo; tu
sabes que Te amo”. Somente após a confirmação do amor é que o Senhor
lhe confiou o cuidado do rebanho – “Apascenta minhas ovelhas” (Jo
21,4-23). O Apóstolo Paulo
nos dá inúmeras provas de amor por Cristo. Uma das mais expressivas encontramos
em Gálatas –“Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha
vida presente na carne , vivo-a pela fé no Filho de Deus que me amou e Se
entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2,20). Para o Apóstolo viver é Cristo
e o morrer é lucro (Fl 1,21). Mais adiante
declara: “Mas o que era para mim lucro, tive-o como perda, por amor de
Cristo. Mais ainda: tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para
ganhar a Cristo e ser achado n’Ele…” (Fl 3,7-16). Quando da Solenidade
de São Pedro e São Paulo, em um dos seus Sermões, assim nos falou Santo
Agostinho (séc. V): “O martírio dos
Santos Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia (…) Estes mártires
viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela
verdade (…) Num só dia
celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um
só. Embora tinham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo
testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.Celebramos o dia
festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos (...) Amemos a fé, a
vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois
Apóstolos”. De fato, foram
derramaram o sangue por amor a Jesus e sofreram o Martírio: Pedro pela cruz e
Paulo decapitado pela espada. Reflitamos: - Como tem sido nosso
discipulado?- Quanto estamos
verdadeiramente enamorados por Cristo, configurados a Ele, com mesmos
sentimentos e pensamentos, como nos propõe o Apóstolo Paulo? Concluindo,
somente enamorados por Cristo, seduzidos pela Sua Verdade, é que nos
colocaremos intrepidamente no caminho, com Ele que é o próprio Caminho, e
teremos Vida plenamente.
Conduzi-nos, Senhor... (29/06)
“A tríplice confissão apaga a tríplice negação..." (29/06)
“A tríplice confissão apaga a tríplice negação...”
À luz dos
Tratados sobre o Evangelho de São João, do Bispo Santo Agostinho (Séc. V),
reflitamos sobre a força do amor que vence o temor da morte.
“O Senhor
interroga sobre o que já sabia, não só uma vez, mas duas e três vezes: se Pedro
o ama. De todas as vezes, ouve uma só resposta, que Pedro o ama. E, em todas
elas, confia a Pedro o pastoreio de suas ovelhas.
A tríplice
confissão apaga a tríplice negação, para que a língua não sirva menos ao amor
do que ao temor; e não pareça que a iminência da morte o obrigou a falar mais
do que a presença da vida. Seja serviço de amor apascentar o rebanho do Senhor,
como foi prova de temor negar o pastor.
Quem
apascenta as ovelhas de Cristo, como se fossem suas, não ama a Cristo mas a si
mesmo.
Contra
esses, que também o Apóstolo censura dizendo que procuram os próprios
interesses e não os de Cristo, estas palavras que o Senhor repete
insistentemente são uma séria advertência.
Então que
quer dizer: Tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21,17) senão: Se me
amas, não penses em te apascentar a ti mesmo, mas as minhas ovelhas;
apascenta-as, considerando minhas, não tuas; procura nelas minha glória, não a
tua; meus interesses, não os teus; não sejas daqueles que nos tempos de perigo
só amam a si mesmos e tudo o que deriva deste princípio, que é a raiz de todo
mal.
Os que
apascentam as ovelhas de Cristo, não amem a si mesmos; não as apascentem como
sendo próprias, mas como pertencentes a Cristo.
O defeito
que mais devem evitar os que apascentam as ovelhas de Cristo consiste em
procurar os próprios interesses e não os de Jesus Cristo, destinando ao
proveito próprio aqueles por quem Cristo derramou o seu sangue.
O amor de
Cristo deve crescer até atingir tal grau de ardor espiritual naquele que
apascenta as suas ovelhas, que supere até mesmo o natural medo da morte, que
nos leva a não querer morrer, ainda que queiramos viver com Cristo.
Contudo,
por maior que seja o temor da morte, deve vencê-lo a força do amor com que se
ama Aquele que, sendo nossa vida, quis sofrer até a morte por nós.
Na verdade,
se não houvesse ou fosse insignificante o mal da morte, não seria tão grande a
glória dos mártires. Mas, se o Bom Pastor, que deu a vida por suas ovelhas,
suscitou tantos mártires entre as suas ovelhas, quanto mais não devem lutar
pela verdade até à morte, e até o sangue, contra o pecado, aqueles que
receberam o encargo de apascentá-las, isto é, de instruí-las e dirigi-las?
Por este
motivo, diante do exemplo da paixão de Cristo, e ao pensar em tantas ovelhas
que já o imitaram, quem não compreende que os pastores devem ser os primeiros a
imitar o Pastor? Na verdade, os mesmos pastores são também ovelhas do único
rebanho, governado pelo único Pastor. De todos nós ele fez suas ovelhas, por
todos nós padeceu; para padecer por todos nós, ele mesmo se fez ovelha”.
“A tríplice
confissão apaga a tríplice negação”, assim aconteceu com Pedro. Também nós precisamos permanentemente
declarar nosso amor pelo Senhor, superando possível “negação”, com nossas infidelidades e pecados.
Urge rever nossos
caminhos, palavras, pensamentos e atitudes, a fim de que sejamos autênticas
testemunhas do Cristo Ressuscitado.
Renovemos em nós
a força do amor que vence o temor da morte, bem como a nossa fé no Senhor, que
conosco caminha, ainda que não percebamos.
A exemplo de
Pedro, renovemos em nós a chama do primeiro amor, para vencermos as
dificuldades e tentações do cotidiano, em plena fidelidade ao Senhor, como
rezamos na oração que Ele mesmo nos ensinou:
“Pai
Nosso, que estais nos céus... Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos
do mal. Amém.”
Em poucas palavras... (29/06)
Saudação do Apóstolo Pedro
“Irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção e da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam concedidas abundantemente” (1)
(1) 1 Pd 1,1-2
Pedro e Paulo: Testemunhas apaixonadas pelo Cristo Jesus! (29/06)
Anéis de uma mesma corrente (29/06)
Celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, renovaremos a alegria de nossa pertença à Igreja, pela graça do Batismo, como pedras vivas que somos, como bem escreveu o Apóstolo Pedro:
“O apostolado nasce do amor e exerce-se no amor” (29/06)
O amor à Igreja e ao Papa devem caminhar sempre juntos em nosso Apostolado, haja vista que:
O testemunho de Paulo e o Louvor ao Senhor (29/06)
O
testemunho de Paulo e o Louvor ao Senhor
“-
Louvor a vós, Senhor Jesus, que falais a nós no rosto de Paulo e nos pedis que
vos sigamos incondicionalmente como ele
vos seguiu!
-
Louvor a vós, Cristo, que procurais cada homem, que viestes a mim nos lugares
de minha vida, como entrastes na vida de Paulo no caminho de Damasco!
-
Louvor a vós, que nos alcançais em nossas estradas, nos tomais convosco e nos enviais
para sermos vossas testemunhas, a tempo e fora do tempo, para todo o ser humano,
até os extremos confins da terra!
Na
comunhão dos Santos, confiamo-nos, pois, à intercessão e à ajuda do Apóstolo das
gentes:
- Roga
por nós, Paulo, para que possamos viver contigo o encontro com Cristo, que muda
o coração e a vida.
-
Ajuda-nos a esvaziar-nos de nós para encher-nos dele, a fim de que, tornados
fortes por seu Espírito, sejamos capazes de crer, de esperar e de amar além de
qualquer prova ou medida de cansaço.
-
Obtém-nos que nos tornemos sempre mais testemunhas humildes e enamoradas daquele
que é a esperança do mundo, em comunhão com toda a Igreja, a serviço de todas
as criaturas.
Cristo
Jesus seja para nós a verdadeira vida, a alegria plena, a fonte de um amor sempre
novo, a luz sem ocaso, no tempo e pela eternidade. Amém. Aleluia!” (1)
(1) Caminhando na fé – Bruno Forte – Arcebispo Metropolitano de
Chieti-Vasto - Retiro espiritual dos Bispos – CNBB – Aparecida – de 3 a 4 de
maio de 2014