sábado, 10 de maio de 2025

Mãe, eterna presença

 


 Mãe, eterna presença

 
Mãe, já faz algum tempo que você se foi,
Não importam quantos anos.
A dor da saudade me consome,
Em cortante dor da ausência.
 
Ainda que não esteja presente, sempre está,
Com tuas palavras, ensinamentos
A dedicação de um grão de trigo,
No chão, caído, a morrer, frutos produzir...
 
Ainda que não veja teus passos,
Recordo teus apressados passos,
Nos cuidados do cotidiano,
Comigo e com todos a ti confiados.
 
Ainda que não escute tua voz,
Continuas me falando o essencial,
Para a árida travessia do deserto,
Me apontando os oásis divinos.
 
Ainda que não sinta o exalar de teu perfume,
Continuas perfumando com suavidade
o meu corpo cansado na missão a cumprir,
sem lamentos, impensável retrocesso.
 
Ainda que não veja mais o sorriso em teus lábios,
Nas horas amargas, das forças consumidoras,
Eles são para mim, como um precioso bálsamo, na busca de horizontes infinitos.
 
Ainda que não mais teus toques e acenos,
Sinto tua presença encorajadora.
Sigo minha nau em ventos agitados,
Mantenho-me firme, calmo, sereno...
 
Mãe, até que um dia nos reencontremos,
por ti, minha súplica, uma oração.
No Altar do Senhor, de ti me lembro,
Na comunhão dos santos, conforto, santo alento! Amém.

Um comentário:

Pascom - Diocese de Guanhães disse...

Belíssimo poema! Amor e saudade presentes. A forma como é descrita a presença contínua da mãe, após sua partida é forte e emocionante. É liiinddooo o uso das imagens poéticas, como o grão de trigo e os oásis divinos - transmitem esperança e consolo.
O poema é uma homenagem linda à mãe do eu-lírico, deixando claro a importância que a mãe teve na sua vida.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG