“Na vida de fé, quem não avança, recua”
O Evangelho da Quinta-feira depois das Cinzas (Lc 9,22-35) nos propicia uma parada necessária para reflexão. Sabemos como discípulos que a derrota vivida com o Mestre não é definitiva, por ora exige fazer a escolha livre de negar-se a si mesmo, oferecer a própria vida por amor.
Estamos começando a Quaresma, e a riquíssima Liturgia da Palavra nos convida a mirar para o final: o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo que desejamos ardentemente celebrar no Período Pascal.
Mas antes, contemplemos o Mistério da Cruz:
“A Sua Cruz, a nossa cruz, num perder-se para reencontrar-se todos os dias. O apego a uma vida que nasce de nós e em nós acaba é totalmente estéril. Não sucede assim com a árvore fecunda da Cruz, que restitui a vida precisamente quando pede para perder a vida que leva à Ressurreição precisamente no mesmo lugar onde a morte julga obter a vitória.”
A aparente derrota da Cruz é ao mesmo tempo a revelação da Onipotência do Amor de Deus, que na expressão máxima de Amor e fidelidade de Jesus ao Projeto do Pai deu ao mundo o mais belo e profundo testemunho.
A aparente derrota da Cruz trouxe em si o germe de sua vitória: a Vida Nova que brotou da Ressurreição.
Continuemos a trilhar o caminho de santificação que o Tempo da Quaresma nos propõe, com renúncias necessárias, coragem renovada, fidelidade comprovada, amor autêntico que se diviniza quando completamos o que falta à Paixão de Jesus por amor a Sua Igreja, como bem falou o Apóstolo Paulo:
“Agora eu me alegro de sofrer por vocês, pois vou completando em minha carne o que falta nas tribulações de Cristo a favor de Seu corpo, que é a Igreja.” (Cl 1,24).
Bem diziam os sábios e os santos mestres espirituais de nossa Igreja:
“Na vida de fé, quem não avança, recua”.
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