quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Correspondamos ao Amor de Cristo, pois “... O Amor pede amor!”

 


Correspondamos ao Amor de Cristo, pois “... O amor pede amor!”
 
 
Sejamos enriquecidos por um dos textos das Obras de Santa Teresa de Jesus (séc. XVI).
 
“Com tão bom amigo presente, com tão esforçado chefe, tudo se pode sofrer. Serve de ajuda e dá reforço; a ninguém falta. É amigo verdadeiro...
 
... E por meio deste Senhor nosso que nos vêm todos os bens. Ele ensinará o caminho: contemplemos Sua vida, porque não há modelo melhor.
 
O que mais queremos, do que ter a nosso lado tão bom amigo, que não nos deixará nos trabalhos e nas tribulações, como fazem os amigos deste mundo? Bem-aventurado quem O amar de verdade e sempre O trouxer junto de si.
 
Olhemos o glorioso São Paulo de cujos lábios, por assim dizer, não saía senão o nome de Jesus, tão bem gravado O tinha no coração.
 
Desde que entendi isto, tenho considerado atentamente alguns Santos, grandes contemplativos, tais como São Francisco, Santo Antônio de Pádua, São Bernardo, Santa Catarina de Sena.
 
Com liberdade havemos de andar neste caminho, entregues às mãos de Deus. Se Sua Majestade quiser elevar-nos à categoria de Seus íntimos e confidentes dos Seus segredos, vamos de boa vontade.
 
Quando pensarmos em Cristo, sempre nos lembremos do amor com que nos concedeu tantas graças e da grande ternura que nos testemunhou em nos dar tal penhor do muito que nos ama, pois amor pede amor.
 
Procuremos sempre ir considerando estas verdades e estimulando-nos a amar. Porque, uma vez que nos conceda o Senhor a graça de que este amor nos seja impresso no coração, tudo nos será mais fácil: faremos grandes coisas muito depressa e com pouco trabalho”.
 
A Virgem Santa Teresa de Jesus foi uma das mais sábias mulheres que a Igreja conheceu e por isto é uma das quatro Doutoras por ela reconhecida.
 
Retomo suas iluminadoras palavras:
 
“... Olhemos o glorioso São Paulo de cujos lábios, por assim dizer, não saia senão o nome de Jesus, tão bem gravado o tinha no coração.”
 
“... Quando pensarmos em Cristo, sempre nos lembremos do amor com que nos concedeu tantas graças e da grande ternura que nos testemunhou em nos dar tal penhor do muito que nos ama, pois Amor pede amor.”.
 
“... Porque, uma vez que nos conceda o Senhor a graça de que este amor nos seja impresso no coração, tudo nos será mais fácil: faremos grandes coisas muito depressa e com pouco trabalho.”
 
“O amor pede amor!”
 
Deus não quer outra coisa de nós, a não ser uma correspondência sincera e profunda de amor. Não corresponder ao Seu amor, distanciar-se d’Ele, quase O ausentando, mais ainda, O exilando de nossa existência, desfigura-nos, porque à Sua imagem nós fomos criados.
 
Não amar e, sobretudo não amá-Lo, é desconhecer nossa origem e identidade, é perder o sentido e o rumo, é perder-se na travessia da existência.
 
Com isto, mergulhamos no nada, porque do Todo amor e do Tudo, que por amor e para amar nos criou, d’Ele nos distanciamos.
 
Sem Deus, nada somos, nada podemos, nada temos, não existimos. Nada mais, absolutamente nada faz qualquer sentido! Existimos n’Ele, por Ele e para Ele.
 
Para aprofundamento, retomemos o capítulo 15 do Evangelho de São João, que nos apresenta Jesus Cristo, a videira do Pai, o Pai o agricultor e nós os ramos (cf. Jo 15,1-16)
 
Peregrinando na esperança, como discípulos missionários do Senhor Jesus, na fidelidade ao Pai, com a Seiva do Espírito, continuemos nosso caminho, iluminados e fortalecidos pela palavra desta Doutora e Santa da Igreja.
 
PS: Memória celebrada pela Igreja no dia 15 de outubro.

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