Misericórdia acima de tudo
No sábado da 22ª semana do Tempo Comum e na segunda-feira da 23ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 6,1-5 e Lc 6,6-11, respectivamente).
O Evangelista nos apresenta dois episódios na vida de Jesus: em dia de sábado Seus discípulos colhem espigas para comer, e Ele cura um homem que tinha a mão seca.
Na conclusão, vemos que os escribas e fariseus encheram-se de raiva e começaram a discutir sobre o que fariam contra Jesus.
Sejamos enriquecidos por este Comentário do Missal Dominical:
“Nas mãos dos doutores da Lei e dos escribas, o sábado se transformara numa série de minuciosa e pesada de prescrições e proibições, a ponto de se tornar sinal de nova escravidão, a de um culto formalista e exterior.
Mas Jesus vem corrigir todas essas inúteis e opressoras prescrições. Ele não Se coloca contra o sábado eliminando-o ou transtornando-lhe o sentido, Observa o sábado, mas vai diretamente ao essencial, afirmando duas ideias:
- o primado da misericórdia sobre as exigências culturais e as prescrições relativas ao repouso sabático (cura o homem da mão paralítica):
- o primado da consciência sobre a regra, do homem sobre a Lei (o sábado é feito para o homem e não o homem para o sábado).”
Para Jesus, o mais importante é que o bem seja feito em todo o tempo, o mal jamais.
A prática da misericórdia ressalta o valor sagrado da vida humana, que está acima de toda prescrição legalista e fria que não gera vida, empobrecendo, assim, o sentido da Lei e sua prática.
Fundamental que, como Igreja, aprendamos com Jesus o primado da misericórdia e da consciência, para nos colocarmos sempre a serviço da vida plena e definitiva.
Missal Dominical – Editora Paulus – 1995 – pp.918-919
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