sexta-feira, 1 de março de 2024

Celebremos exultantes de alegria os Mistérios da Fé

                                                         

Celebremos exultantes de alegria os Mistérios da Fé

“Participando da Liturgia terrena saboreamos
antecipadamente a Liturgia que se celebra
na Santa Cidade, a Jerusalém Celeste.”


Entre tantas riquezas, o Concílio Vaticano II nos agraciou com a Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia. Embora inúmeras vezes citada, é possível que ainda seja desconhecida para alguns. Volto a ela, pois, sempre nos renova na Presidência de nossas Celebrações Eucarísticas.

“Cristo está sempre presente em Sua Igreja, principalmente nas Ações Litúrgicas. Está presente no Sacrifício da Missa, tanto na pessoa do Ministro, pois quem o oferece agora, através do Ministério dos Sacerdotes, é Aquele mesmo que Se ofereceu na Cruz, como, mais intensamente ainda, sob as Espécies Eucarísticas.

Está presente pela Sua virtude nos Sacramentos, pois quando alguém batiza é Cristo quem batiza. Está presente por Sua Palavra, pois é Ele quem fala, quando se lê a Sagrada Escritura na Igreja. Está presente, enfim, na Oração e Salmodia da Igreja, Ele que prometeu: Onde dois ou três se reúnem em meu nome, aí estou no meio deles.

De fato, nesta obra tão grandiosa em que Deus é perfeitamente glorificado e santificados os homens, Cristo une estreitamente a Si Sua esposa diletíssima, a Igreja, que invoca seu Senhor e, por Ele, presta culto ao eterno Pai.

Portanto, com razão, considera-se a Liturgia como o exercício do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, onde os sinais sensíveis significam e, do modo específico a cada um, realizam a santificação do homem.

Assim, pelo Corpo místico de Jesus Cristo, isto é, Sua Cabeça e Seus membros, se perfaz o culto público integral. Por este motivo, toda Celebração Litúrgica, por ser ato do Cristo Sacerdote e de Seu Corpo, a Igreja, é a ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra obra da Igreja iguala no mesmo título e grau.

Participando da Liturgia terrena saboreamos antecipadamente a Liturgia que se celebra na Santa Cidade, a Jerusalém Celeste, para onde nos dirigimos como peregrinos, lá onde Cristo Se assenta à direita de Deus, Ministro do Santuário e do verdadeiro Tabernáculo.

Juntamente com todos os exércitos celestes, cantamos hinos de glória ao Senhor. Venerando a memória dos Santos, esperamos ter parte em sua companhia. Finalmente, estamos na expectativa do Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, que aparecerá, Ele, nossa vida, e nós também apareceremos com Ele na glória.

A Igreja, seguindo a tradição dos Apóstolos cuja origem remonta ao próprio dia da Ressurreição, celebra o Mistério Pascal cada oito dias, que por isto se chama Dia do Senhor ou Domingo.

Neste dia devem os fiéis reunir-se para escutar a Palavra de Deus e participar da Eucaristia, a fim de se lembrarem da Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor Jesus, dando graças a Deus que os recriou para a esperança viva pela Ressurreição de Jesus Cristo, dentre os mortos.

Assim é o Domingo a Festa primordial e, como tal, seja apresentado e inculcado à piedade dos fiéis para que se lhes torne dia de alegria e de descanso dos trabalhos.

Todas as outras celebrações, a não ser que sejam realmente de máxima importância, não passem à sua frente porque é o fundamento e o cerne de todo o Ano Litúrgico.” (n.7)

Vemos que na Liturgia “Cristo une estreitamente a Si Sua esposa diletíssima, a Igreja, que invoca seu Senhor e, por Ele, presta culto ao  eterno Pai.”, portanto, seja aquele que preside, seja aquele que da Missa participa, deve deixar-se envolver pelo esplendor daquilo que se celebra.

Sem desrespeitar as rubricas litúrgicas, sem esvaziar o conteúdo e a estrutura dos  Ritos com que se celebra, devemos nos empenhar a fim de que nossas Missas sejam mais participadas, sejam verdadeiramente plenas, ativas, conscientes, frutuosas e piedosas.

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