quarta-feira, 5 de março de 2025

Quaresma: Tempo forte de Oração (continuação)

Quaresma: Tempo forte de Oração
                                     
A Oração, como diálogo, implica abertura, recolhimento, silêncio, escuta, confiança, intimidade...

Muito mais que de oração falar, é a prática da mesma realizar...

Falar de Oração ou colocar-se em Oração? Indubitavelmente a segunda opção...

Vivendo intensamente a Oração nossas atitudes serão portadoras de um tempero novo: o sal do Amor de Deus.

Somente assim nossas obras a Ele tornar-se-ão agradáveis. A Oração contínua, confiante, persistente, acompanhada da atitude de humildade, permitirá que nossas obras se tornem agradáveis ao Senhor.

Não basta fazer algo, é preciso fazer com amor, nutrido pela oração, que é a expressão de nossa amizade sincera com Deus.

Sendo ela a luz da alma, se nos pusermos em constante atitude de oração não saberemos o que venha a ser escuridão, porque, por Deus, iluminados seremos.

Sendo Ele, a luz do mundo, prometeu que todo aquele que o seguir não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida...

A alma nos eleva até os céus e nos une perfeitamente ao Senhor, em perfeita comunhão.

Ser elevado aos céus diante do Senhor, num encontro de amor e ternura.

Sentir-se, por Ele, acolhido, amparado, acariciado, protegido, saborear Sua divina e amorosa companhia. Creio não haver outro jeito de sentir a presença de Deus...

A Oração como mensageira, uma venerável mensageira que nos coloca na presença de Deus.

Sentir-se-á distante de Deus, ou sentirá Sua ausência quem não se puser em atitude de Oração.

Deus nos deixou a Oração como forma de estarmos em perfeita sintonia e comunicação com Ele.

As páginas bíblicas têm inumeráveis passagens em que Ele Se revela sempre pronto, solícito aos nossos clamores, quer no Antigo Testamento como no Novo...

Se quisermos falar com Deus (e sempre haveremos de querer), Ele é solícito em nos ouvir; se descobrirmos que a Oração não é mera repetição de palavras, tão pouco um monólogo em que apenas nós falamos, não deixando nem dando tempo para que Deus possa falar, a multiplicaremos largamente.

A Oração como diálogo com Deus, luz de nossa alma, abraço divino, sal que dá gosto a tudo que fazemos, há de ser e é tão necessária quanto o ar que respiramos.

Respiramos para a não morte biológica. Oramos para além da não morte biológica. Oramos para a vida espiritual, acompanhada da alegria e da vida em plenitude! Oramos para oxigenar a alma e reencantar a vida! Oramos porque d’Ele precisamos.

Oramos porque aprendemos que a Oração, como diálogo com Deus, é imprescindível para maiores acertos, menos devaneios; mais coragem para a vida, menos receios...

Oramos porque a Deus amamos, simplesmente!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG