domingo, 11 de fevereiro de 2024

Amar e adorar tão somente a Deus (VIIIDTCA)

Amar e adorar tão somente a Deus

No 8º Domingo do Tempo Comum (ano A), ouvimos a passagem do Evangelho que nos fala da adoração a Deus, tão somente, e n’Ele depositar a plena confiança, não como sinônimo de passividade (Mt 6,24-34).

Olhando a cidade pela janela,  vemos os movimentos dos carros, das pessoas indo e vindo, de onde e para onde não sei.

Vão com seus pensamentos e projetos, potencializados e a serem concretizados, com horizontes ora amplos, ora nem tão redimensionados, mas com sonhos na mente e coração entranhados.

Carregam também seus medos, angústias, pesadelos, insegurança, inquietações, que acompanham a vida moderna cada vez mais marcada pela satisfação de necessidades urgentes, criadas pela sociedade e pela cultura.

Cultura moderna que também tem seu lado bom, mas a muitos impele na busca da satisfação dessas necessidades, ocupando praticamente o nosso tempo todo, consumindo nossos recursos, forças, e nem sempre com pleno sucesso obtido, pois sempre fica sempre um nicho, uma lacuna, fica faltando alguma coisa.

Uma das explicações possíveis é o fato de que, contemporâneos que somos, podemos ter deixado de lado o Deus verdadeiro para nos colocarmos a serviço dos deuses, que marcam o disfarçado paganismo moderno, como o dinheiro, o prazer e o poder.

São os antigos e novos deuses, que nunca estão satisfeitos e nem trazem satisfação para o coração humano, que levaram a escrever  páginas da mitologia, da teologia e da história da humanidade.

Como cristãos, tendo o coração por Deus seduzido, nosso único, eterno e supremo Bem, não devemos nos alienar, afastando-nos do mundo como se ele fosse uma coisa má, numa (pseudo) “ilha da fantasia”, do refúgio pelo medo, omissão e covardia, tão apenas imaginária, que nos distanciaria dos irrenunciáveis compromissos que brotam de nossa fé.

Sem distanciamento do mundo, mas sem a servidão aos deuses e mitos da modernidade, que prometem, mas não podem nos conferir a autêntica felicidade, sadia liberdade, realização humana, laços estreitos e indestrutíveis de fraternidade.

Alimentados e iluminados pela Palavra de Deus, tenhamos Cristo como nossa riqueza maior. E como o Apóstolo Paulo, possamos dizer:

 “Para mim viver é Cristo, morrer é lucro” (Fl  1,21). E ainda: “Mais do que isso, tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado n’Ele, não tendo como minha justiça  aquela que vem da Lei, mas aquela pela fé em Cristo, aquela que vem de Deus e se apoia na fé” (Fl 3,8-9).

É missão nossa de cada dia, amar a Deus e adorá-Lo em espírito e verdade, sem jamais nos curvarmos aos deuses de ontem, hoje e sempre, sobretudo deuses que se nos apresentam com aparências novas, mas não nos possibilitam a felicidade e o alcance da eternidade.



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