domingo, 4 de fevereiro de 2024

Como é bom ser Discípulo do Amado! (VDTCB)

                                                           

Como é bom ser Discípulo do Amado!

A Liturgia do 5º Domingo do Tempo Comum (ano B) propicia a reflexão sobre qual é o sentido do sofrimento e da dor que acompanham a caminhada da humanidade, apesar de Deus possuir um Projeto de vida plena e felicidade infinita para todos.

Com a passagem da primeira Leitura (Jó 7, 1-4.6-7) refletimos sobre o sofrimento do justo, do inocente. Como explicar o sofrimento dos bons, dos justos, dos inocentes?

O sofrimento de Jó leva-nos a afirmar que fora de Deus não há nenhuma possibilidade de salvação: Deus é nossa única esperança. O grito de revolta de Jó é ao mesmo tempo a afirmação de que somente em Deus encontra-se o sentido da existência e da salvação.

Jó procura o verdadeiro rosto de Deus – “... numa busca apaixonada, emotiva, dramática, veemente, temperada pelo sofrimento, marcada pela rebeldia e, às vezes, pela revolta, Jó chega ao face a face com Deus. Descobre um Deus onipotente, desconcertante, incompreensível, que ultrapassa infinitamente as lógicas humanas; mas descobre também um Deus que ama com Amor de Pai cada uma das Suas criaturas. Jó reconhece, então, a sua pequenez e finitude, a sua incapacidade para compreender os Projetos de Deus. Reconhece que ele não pode julgar Deus, nem entendê-Lo à luz da lógica dos homens. A Jó, o homem finito e limitado, só resta uma coisa: entregar-se totalmente nas mãos desse Deus incompreensível, mas cheio de Amor, e confiar plenamente n'Ele. É isso que Jó faz, finalmente” (1).

Reflitamos:

- Como enfrentamos a dor e sofrimento em nossa vida?
- O que eles nos ensinam?

- O que aprendemos com Jó?
- Como e onde procuramos encontrar a verdadeira Face de Deus?

Com a passagem da segunda Leitura (1 Cor 9,16-19.22-23), mais uma vez contemplamos a ação evangelizadora de Paulo, feita na liberdade, fidelidade, gratuidade e obediência incondicional.

Quando alguém, como Paulo, encontra Cristo e se torna Seu discípulo não pode ficar parado, mas tem que dar testemunho, incansavelmente. Por amor a Deus e aos irmãos está sempre pronto a tudo sacrificar e até mesmo se sacrificar. 

Paulo por excelência é aquele que a Cristo encontrou, por Ele se apaixonou e daí o imperativo da evangelização que sai de sua boca, porque antes se encontra impresso na alma, nas entranhas de seu coração – “ai de mim se eu não evangelizar” (1 Cor 9,16).

Quando o Amor de Deus é absoluto em nossa vida, o tempo é uma figura que passa, as coisas têm o seu exato sentido e tamanho.

Em nossas comunidades eclesiais, na vida da Igreja, muitos problemas deixariam de existir ou tornar-se-iam menores, se nossa paixão por Jesus fosse maior. O amor é bem maior pelo qual se renuncia aos bens menores.

Aprendamos com o Apóstolo a fazer da vida um dom a Cristo, ao Reino, aos irmãos. 

Que nossos projetos pessoais sejam sempre subordinados aos Projetos divinos, e que a nossa vontade seja a de Deus, e jamais imponhamos a Deus a nossa vontade, e tão somente assim poderemos rezar com autenticidade a Oração do Pai Nosso que o Senhor nos ensinou.

Na passagem do Evangelho (Mc 1,29-39), encontramos a verdadeira preocupação de Deus a partir da atividade pastoral de Jesus, que torna o Reino uma realidade na vida das pessoas.

A ação de Jesus é para nos libertar de nossas misérias mais profundas, sejam quais forem. 

Jesus Se aproxima da sogra de Pedro, levanta-a, tomando-a pela mão, e esta, curada, põe-se a servir. 

Assim acontece quando o Senhor de nós Se aproxima, toca-nos, cura-nos, põe-nos de pé, para amar e servir. Assim é a atitude e a vida de quem crê no Ressuscitado

Reflitamos:

- Não nos falta uma verdadeira paixão por Jesus?
- Não nos falta uma paixão mais sincera, mais inflamada, mais comprometida com a Igreja e o Reino?

Oremos:

Ó Deus, concedei-nos que enraizados em Vosso Amor de Pai, 
sejamos  alegres e corajosas testemunhas do Reino. Por N.S.J.C. Amém.



Fonte de pesquisa: (1) www.Dehonianos.org/portal 

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG