É preciso corresponder ao amor de Deus
“Oseias, Profeta do amor, canta a fidelidade do
Amor de Deus
para com a humanidade e Sua capacidade de perdão”.
Reflitamos sobre o Sagrado Coração de Jesus, à luz da passagem do Livro do Profeta Oseias (Os 11,1.3-4.8c-9), na qual contemplamos
a face misericordiosa de Deus, Sua fidelidade irrevogável que se manifesta no
perdão, no convite à conversão:
“Quando Israel era criança, Eu já o amava, e desde o Egito chamei meu filho... Ensinei Efraim a dar os primeiros passos, tomei-o em meus braços, mas eles não reconheceram que Eu cuidava deles.
Eu os atraía com laços de humanidade, com laços de Amor; era para eles como quem leva uma criança ao colo; e rebaixava-me a dar-lhes de comer. Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão...”
É
sempre imperativo para o profetismo a ser vivido, voltar-se para Deus em
absoluta relação de amor com Ele, aprofundando nossa fidelidade aos Seus
preceitos, em relacionamentos de gratuidade para com Ele e com nosso
próximo.
A
confiança incondicional na Sua presença deve ser sempre acompanhada
de frutuosa prática da justiça para que o culto seja a Ele agradável,
de modo que, o suor e o sangue, se necessário no chão derramados reguem
sementes de um novo amanhecer, tão somente assim o incenso que se sobe no
culto, será por Ele aceito.
Profecia
é sinal de sangue e suor derramados, incenso ao Deus Vivo e Verdadeiro elevado!
O
Profeta nos convida a refletir, a tomar consciência e abandonar o ignominioso
serviço às divindades inexistentes, materializada na adoração muito presente
entre nós como nos diz com toda profundidade o Missal Quotidiano (pág. 996):
“Hoje
gritariam os Profetas contra muitas divindades a quem os cristãos queimam
incenso de sua devoção, pretendendo ao mesmo tempo continuar cristãos: a
divindade do dinheiro, do sexo, do comodismo e dos bens de consumo, a divindade
do carro, da televisão, do estrelismo em todas as formas, esportes, cinema,
moda...
‘Afinal
de contas, que mal há nisso?’ pergunta-se. O cristão, porém, não deve caminhar
levianamente; deve examinar-se, para ver se e em que medida alguma dessas
divindades o impede de ter verdadeiro relacionamento com Deus”.
Somente
a fidelidade a Deus e Seu Projeto conduzirá a humanidade à verdadeira
felicidade, na construção de relacionamentos fundados na prática da justiça,
externados em gestos solidários que levem à edificação da fraternidade
universal.
Eclipsá-lo,
mesmo afirmar Sua morte, têm sido motivos para o caos em que muitas vezes nos
encontramos mergulhados, sem perspectivas utópicas, sem horizontes
promissores...
A
reflexão do Livro do Profeta Oseias nos leva a tomar uma atitude: ceder ao
ignominioso serviço idolátrico voltando-nos contra nós mesmos ou viver na
fidelidade e adoração verdadeira do retorno para Deus em absoluta fidelidade a
Sua Lei, que se resume no amor a Ele e ao próximo, prelibando a alegria da
conversão, do perdão obtido em alegre e verdadeiro louvor a Ele também
oferecido.
A
idolatria, a infidelidade e a ingratidão para com Deus levam-nos,
inevitavelmente, a uma ignominiosa realidade. Indubitavelmente a adoração e o
culto a Deus, expressos no amor e no serviço ao próximo, levar-nos-á a prelibação
da alegria no mais fundo de nosso coração, onde Ele fez Sua morada.
Ah,
o Amor de Deus, como compreendê-lo?
Impossível
para nossos critérios e conceitos.
Amor
de Deus, mais que compreendido,
Precisa
ser correspondido e vivido,
eis
o caminho a percorrer e melhor viver!
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