sábado, 24 de fevereiro de 2024

Transfiguração do Senhor: coragem para o discipulado

 
Transfiguração do Senhor: coragem para o discipulado

 “Este é o meu Filho amado. Escutai o que Ele diz!” (Mc 9,7)

No sábado da sexta Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9, 2-13), que nos fala da Transfiguração do Senhor, um momento fundamental na vida do discípulo missionário, vivido pelos três apóstolos (João, Pedro e Tiago).

Deste modo, contemplar a Transfiguração do Senhor, é renovar compromissos sagrados. E dentre eles:

- recuperar as energias indo à Fonte das fontes, Jesus; nutrir pela  Sua Palavra, alimentar-se com o Pão da Imortalidade, inebriar a alma com a Verdadeira Bebida; Corpo e Sangue do Senhor; e deste modo comungamos a Palavra que se faz Pão, trigo que se faz Pão, vinho que se faz Sangue de Redenção;

- tempo de nos tornarmos amigos da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, sempre acompanhados da mudança, da transformação e da conversão, que deve acontecer primeiramente em nosso coração (Fl 3,17-4,1);

- redimensionar a nossa vida a partir da provisoriedade e precariedade de nosso corpo, até que possamos receber, na Ressurreição, um corpo glorioso, um corpo celestial, uma morada eterna;

- sentir antecipadamente a alegria da Vitória Pascal, que passa pela obediência ao Pai e a fidelidade no carregar da cruz, como nos revela a Transfiguração do Senhor (Lc 9,28b-36);

- silenciar e afastar de todos os ruídos que nos distraiam e não nos possibilitem a escuta do Filho muito amado, que tem sempre algo de muitíssimo especial para nos dizer, para felizes, plenos de vida e realizados sermos;

- contemplar a presença do Senhor, ao subir a Montanha, escutá-Lo atentamente, descer à planície e testemunhar Sua Palavra com nossa vida;

- renovar a graça de sermos “cidadãos dos céus”, uma vez que como cristãos, estamos no mundo, mas não somos do mundo, como vemos nos primeiros ensinamentos da Igreja;

- subir ao Monte Santo para contemplar Cristo Glorioso e Transfigurado, mas também de corajosamente descer a montanha e renovar compromissos solidários com os “Cristos” desfigurados que clamam por vida, alegria, dignidade, amor e paz;

- subir e descer: subir ao Monte Sagrado para revitalização da graça divina para a fé, esperança e caridade; na planície, viver confiantes sempre no Senhor,  testemunhando que conhecemos e cremos em Alguém que transformou e transforma continuamente a nossa vida.

Este Alguém é Jesus, que nos acolhe com nossos cansaços, dificuldades, debilidades, imperfeições, limitações inerentes ao ser humano.

Jesus ama a cada um de nós como somos para nos fazer melhores, para nos aperfeiçoar, para que a imagem de Deus possa transparecer em nosso olhar, em nossas atitudes, palavras, pensamentos; para que transpareça que há Alguém que faz morada no mais profundo de nós e nos acompanha em todo instante.

Fontes: cf. Dn 7,9-10.13-14; Mt 17,1–9, Mc 9,2–8; Lc 9,28–36; 2 Pd 1,16-19

 

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