Quaresma: Deus misericordioso acredita em nossa conversão
Na primeira sexta-feira da Quaresma, ouvimos a passagem do Livro do profeta Ezequiel (Ez 18,21-28), refletimos sobre a missão do Profeta Ezequiel, tido como o “Profeta da esperança”, num período que marca a volta do exílio e o recomeço de uma nova história.
Contemplamos a face de Deus misericordioso que chama a todos para a participação ativa do Seu projeto de vida e paz para todos, com empenho concreto, marcado pela conversão permanente.
O Profeta tem que destruir as falsas esperanças, provocar atitudes de conversão e responsabilidade pela própria história de cada um diante de Deus. Ele deve ressuscitar a confiança e a esperança do povo em Deus.
De nada ajudará o povo ficar culpando os antepassados, ou atribuir a Deus a culpa de seus pecados e infidelidades. O presente está em nossas mãos para que correspondamos à vontade divina, assegurando um futuro novo e melhor.
De nada ajudará o povo ficar culpando os antepassados, ou atribuir a Deus a culpa de seus pecados e infidelidades. O presente está em nossas mãos para que correspondamos à vontade divina, assegurando um futuro novo e melhor.
O Profeta chama à responsabilidade a cada um, pois de nada adianta procurar culpados se antes não nos revermos diante de Deus e de Sua proposta.
Urge revermos como realizamos o que a nós é próprio; como, com que intensidade e fidelidade aos preceitos de Deus, a Sua adoração em Espírito e verdade se realizou.
Urge revermos como realizamos o que a nós é próprio; como, com que intensidade e fidelidade aos preceitos de Deus, a Sua adoração em Espírito e verdade se realizou.
O Profeta assegura-nos que Deus está sempre presente no meio de Seu povo, nunca o abandona, sendo que o contrário pode acontecer, e se isto ocorre as consequências são extremamente danosas. Toda infidelidade a Deus traz frutos amargos: sofrimentos, desolação, enfraquecimento. De outro lado, a fidelidade a Deus é fonte de bênçãos. Deus está sempre pronto a selar aliança de amor conosco, e não nos é permitido ficar com rodeios, desculpas evasivas e subterfúgios que nos afastam d’Ele e de nossa felicidade.
É preciso que o povo tenha consciência de seus limites e não acuse Deus como o responsável pelos erros que comete. Deste modo, novo horizonte de vida e liberdade se abrirá diante dele.
Deus, em Sua fidelidade, não Se alegra com nossa inconstância, infidelidade, incoerência e contradição.
Reflitamos:
- Diante d’Ele, qual é a nossa resposta?
- Diante d’Ele, qual é a nossa resposta?
- Quais são os nossos compromissos?
- Qual é a nossa parcela de culpa diante dos sinais de morte?
- Qual é a nossa participação na construção da cultura da vida, em total fidelidade ao Senhor?
- Qual é a nossa participação na construção da cultura da vida, em total fidelidade ao Senhor?
- O que precisamos fazer neste caminho de conversão?
Hoje, como discípulos missionários, há o perigo de nos acomodarmos diante deste convite, até mesmo nos isolarmos, omitindo-nos na participação e colaboração.
Portanto, não basta dizer sim, mas realizar este sim dado com todo ardor, como Jesus o fez no anúncio e realização de Sua missão redentora e concretização do Reino. Sua vida foi marcada pelo amor, serviço, doação até a entrega total na Cruz.
Vivendo um amor que ama até o fim, esvaziando-Se, empobrecendo-Se, despojando-Se para nos enriquecer, nos cumular de todas as bênçãos, graças e riquezas. Fazendo-Se pobre, enriqueceu-nos copiosamente (cf. Fl 2,1-11).
Procuremos a mais perfeita coerência entre o que cremos e o que vivemos, para que o mundo veja Cristo em nós, e como o Apóstolo Paulo, digamos:
“E já não sou eu que vivo: é Cristo que vive em mim. E a vida que vivo agora na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim.” (Gl 2,20)
Acolhamos a Palavra do Profeta Ezequiel, que nos chama à conversão, confiança, responsabilidade, esperança encarnada, em total fidelidade a Deus.
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