quinta-feira, 3 de abril de 2025

Suplico-Vos, Senhor Jesus

                                                               

Suplico-Vos, Senhor Jesus

Livrai-me, Senhor,
De toda idolatria que de Vós me afaste;
De toda infidelidade ao Vosso Projeto;
De toda indiferença ao Vosso perdão;
De toda surdez à Vossa divina voz;
De todo fechamento à Vossa vontade.

Livrai-me, Senhor,
De toda cegueira que não Vos reconheça;
De toda petrificação e frieza do coração;
De toda falta de contrição;
De toda falta de humildade;
De toda preguiça que me instale;
De todo orgulho que me ensoberbeça.

Que eu me abra, Senhor:
À Vossa infinita e irrevogável misericórdia;
À Vossa imensurável compaixão por nós pecadores;
Ao Vosso indizível Amor que nos envolve;
À Vossa graça transbordante e renovadora;
À Vossa luz que situações obscuras ilumina;
Ao que melhor tendes a me conceder.

Que eu me abra, Senhor:
Ao novo horizonte que Vossa Palavra propicia;
À adoração a Deus em espírito e verdade;
À Boa Nova do Vosso Reino;
Ao Vosso Mandamento inseparável:
Amor a Deus e também ao meu próximo.
Amém!
  

PS: Fonte inspiradora: Liturgia da Palavra da quinta-feira da quarta semana da Quaresma – Ex 32,7-14; Sl 105, 19-23; Jo 5,31-47.

Santas amizades, valiosos tesouros divinos

 


Santas amizades, valiosos tesouros divinos

Vejamos o que nos diz o Comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem do Livro do Sirácida (Eclesiástico) (Eclo 6,5-17):

“Existe uma amizade humana que está entre os mais altos valores da vida. E existe uma amizade no Senhor, ainda mais constante e profunda que se torna ‘comunhão’ na Igreja.

Estamos longe ainda, no livro do Sirácida, da profundeza que terão essas amizades espirituais na era cristã.

Jesus chamará de amigos a seus discípulos até na hora da traição, e revela que não existe amizade quando não se é capaz de renunciar a si própria e à vida em favor dos amigos (Jo 15,13).” (1)

Oremos:

Ó Deus, agradecemos, pela amizade que Vosso Filho estabeleceu conosco, ainda que não merecedores, e a ela não saibamos corresponder.

Nós vos agradecemos pelas amizades que nos concedeis a cada dia, que nos aproximam ainda mais de Vós,  e por elas pedimos, bênçãos, graça e proteção.

Suplicamos-Vos, para que as amizades que fazemos em nossas comunidades, tenham semente de eternidade, porque nascidas e alimentadas no Altar do Banquete de Vida eterna.

Também pedimos por nossos amigos que partiram para junto de Vós, deixando em nossos corações cortante saudade, mas sempre presentes em santas e memoráveis lembranças. Amém.

 

 

(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 810

Em poucas palavras...

                                                    



Meditemos sobre as sete dores de Maria

1ª – A profecia de Simeão (Lc 2,35)

2ª – A fuga para o Egito (Mt 2,13s)

3ª – A perda de Jesus no templo (Lc 2,48)

4ª – O caminho de Jesus para o calvário (Lc 23,27)

5ª – A crucificação de Jesus (Lc 23,33)

6ª – Jesus deposto da cruz (Jo 19,38)

7ª – A sepultura de Jesus (Jo 19,40s)

 


Em poucas palavras...

                                            



“Ó Deus, amparo dos que em Vós esperam...”

“Ó Deus, amparo dos que em Vós esperam, abençoai, salvai, defendei e governai o Vosso povo, para que, livre do pecado e protegido contra o inimigo, sempre persevere em Vosso amor. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.” (1)

 

 

(1)                 Oração sobre o povo - Missa da quinta-feira da quarta semana da Quaresma


Quaresma: Deus é bondoso e paciente e espera nossa conversão

                                                   

Quaresma: Deus é bondoso e paciente e espera nossa conversão

Ouvimos na quinta-feira da 4ª semana do Tempo da Quaresma, a passagem do Livro do Êxodo (Ex 32,7-14), em que nos revela um Deus que é paciente e sempre adia o castigo ao Seu povo..

A Sagrada Escritura nos apresenta algumas passagens, de modo especial os Salmos, que oferecem uma concepção de um Deus impaciente, que queima as etapas, em que os apelos à vingança são bastante frequentes (1Rs 18,40; Sl 82 e 108).

Os Profetas falam da cólera de Deus, que não é o último e definitivo momento da manifestação divina: o perdão sempre vence.

A Bíblia nos apresenta Javé, rico em graça e fidelidade, e sempre pronto a retirar Suas ameaças, quando Israel volta novamente ao caminho da conversão (Sb 12,12.16-19).

O Profeta Elias, cheio de zelo, em experiência pessoal, compreende que Deus não está no furacão ou no terremoto; Ele Se apresenta na brisa leve, no sopro do vento mais delicado (1Rs 19,9-13).
No Novo Testamento, os Apóstolos Tiago e João são censurados por causa do desejo de fazer cair raios sobre os samaritanos que não acolhem Jesus (Lc 9,51-55; Mt 26,51).

Esta foi a Boa-Nova do Reino inaugurada por Jesus, anunciada a todos e, de modo especial, aos pecadores, sem exclusão de ninguém no Seu Reino: todos são a ele chamados, todos podem aí entrar.

Em todos os momentos, Jesus encarnou e viveu a paciência divina, e nisto consiste a missão da Igreja, Corpo de Cristo, encarnar entre os homens a paciência de Jesus.

Como Igreja, temos que revelar no mundo a verdadeira face do amor, sem jamais destruir as pontes de comunicação com a força misericordiosa de Deus, como vemos no Evangelho (Mt 13,24-43).

“Na terra, o trigo está sempre misturado com o joio, e a linha de demarcação entre um e outro não passa pelas páginas dos registros paroquiais ou pelas fronteiras dos países; está no coração e na consciência de cada homem. Deve-se sempre recordar que a separação entre os bons e os maus só será feita depois da morte”.

Urge aprender com Deus a viver a divina paciência diante das dificuldades do mundo, com os que pensam e agem diferente de nós.

A divina paciência é alcançada quando nos reconhecemos diante de Deus como frágeis criaturas modeladas por Sua Mão, e nos configuramos a Jesus Cristo, que Se apresentou a nós manso e humilde de coração.

Cabe a Deus o julgamento final, não nos cabe catalogar as pessoas entre trigo e joio. Ao contrário, é preciso que nosso coração seja entranhado pela misericórdia e paciência divina, para que sejamos puro trigo de Deus em Sua seara.

Somente a abertura e acolhida do Espírito e a vivência da Palavra que Jesus nos comunicou, é que nos farão verdadeiramente puros trigos de Deus.


PS: Fonte inspiradora -  Missal Dominical – Editora Paulus - pág. 749. 

Quaresma: acolhidos e envolvidos pela misericórdia divina

                                                                

Quaresma: acolhidos e envolvidos pela misericórdia divina

Na quinta-feira da 4ª semana do Tempo da quaresma, ouvimos a passagem do Livro do Êxodo (Ex 32,7-14), e contemplamos a face misericordiosa de Deus, que Se revela num Amor infinito e incondicional pela humanidade.

A passagem retrata um momento fundamental na História do Povo de Deus: Moisés está no Monte Sinai, e lá Deus Se manifesta com Ele dialoga, mais ainda, ora e intercede pelo povo que, infringindo os termos da Aliança, faz um bezerro de ouro para ser adorado.

Retrata, portanto, o necessário compromisso de amor e comunhão de Israel com Deus, sem o que cairá em nova escravidão, da qual Javé os libertou, de modo que, sem fidelidade e adoração a Javé não há vida, liberdade e felicidade.

Ressalta-se a intercessão de Moisés e a ação misericordiosa de Deus, que se expressa em ternura e bondade.

O Amor infinito de Deus pelo Seu Povo sempre fala mais alto que Sua vontade de castigar, por causa dos desvios e infidelidades cometidas.

A atitude de Moisés é questionadora: face à indignação de Deus, intercede pelo Povo e não deixa que a ambição pessoal se sobreponha ao interesse do Povo – “deixa que a minha indignação se inflame contra eles e os destrua; de ti farei uma grande nação”. Moisés não aceitou a proposta, mas intercede em favor do povo. Moisés nada pede para si e questiona a tantos que sacrificam tudo pelo status, poder e acúmulo de bens...

Reflitamos:

- Quais são as infidelidades que cometemos contra Deus?
- Como corresponder melhor ao infinito e incondicional Amor de Deus por nós?
- Quais lições temos a aprender com Moisés nesta passagem bíblica?

Concluindo, vivendo a Quaresma, como seguidores de Jesus, que se põem a caminho com Ele, façamos uma caminhada de penitência e conversão, sentindo-nos acolhidos pelo Amor de Deus, que espera nossa resposta de amor.

Entremos na alegria de Deus, revelada a nós por Jesus, acolhendo e nos deixando conduzir pela ação do Espírito Santo.

Redimidos pelo Amor Trinitário, preenchidos deste amor, seremos dele comunicadores, transbordando o mesmo amor para com o outro, na alegria do perdão dado e recebido.

Renovemos nossa fé e fidelidade em Jesus Cristo, que nos revelou a face de um Deus que é amor e misericórdia

Cremos na Vitória da Cruz

                                                        

Cremos na Vitória da Cruz

No Tempo Quaresmal, de modo muito especial, pela Igreja, somos exortados a contemplar a Paixão do Senhor, imitando Seu exemplo de amor e fidelidade a Deus, à luz do Sermão do Papa São Leão Magno (séc. V).

Quem venera realmente a Paixão do Senhor deve contemplar de tal modo, com os olhos do coração, Jesus crucificado, que reconheça na Carne do Senhor a sua própria carne.

Trema a criatura perante o suplício do seu Redentor, quebrem-se as pedras dos corações infiéis e saiam para fora, vencendo todos os obstáculos, aqueles que jaziam debaixo de seus túmulos.

Apareçam também agora na Cidade Santa, isto é, na Igreja de Deus, como sinais da Ressurreição futura e realize-se nos corações o que um dia se realizará nos corpos.

A nenhum pecador é negada a vitória da Cruz e não há homem a quem a Oração de Cristo não ajude. Se ela foi útil para muitos dos que O perseguiam, quanto mais não ajudará os que a Ele se convertem?

Foi eliminada a ignorância da incredulidade, foi suavizada a aspereza do caminho, e o Sangue sagrado de Cristo extinguiu o fogo daquela espada que impedia o acesso ao Reino da vida.

A escuridão da antiga noite cedeu lugar à verdadeira luz. O povo cristão é convidado a gozar as riquezas do paraíso, e para todos os batizados está aberto o caminho de volta à pátria perdida, desde que ninguém queira fechar para si próprio aquele caminho que se abriu também à fé do ladrão arrependido.

Evitemos que as preocupações desta vida nos envolvam na ansiedade e no orgulho, de tal modo que não procuremos, com todo o afeto do coração, conformar-nos a nosso Redentor na perfeita imitação de Seus exemplos.

Tudo o que Ele fez ou sofreu foi para a nossa salvação, a fim de que todo o Corpo pudesse participar da virtude da Cabeça. Aquela sublime união da nossa natureza com a Sua divindade, pela qual o Verbo Se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14), não exclui ninguém da Sua misericórdia senão aquele que recusa acreditar.

Como poderá ficar fora da comunhão com Cristo quem recebe Aquele que assumiu a sua própria natureza e é regenerado pelo mesmo Espírito por obra do qual nasceu Jesus?

Quem não reconhece n’Ele as fraquezas próprias da condição humana? Quem não vê que alimentar-se, buscar o repouso do sono, sofrer angústia e tristeza, derramar lágrimas de compaixão, eram próprios da condição de servo?

Foi precisamente para curar a nossa natureza das antigas feridas e purificá-la das manchas do pecado, que o Filho Unigênito de Deus Se fez também Filho do Homem, de modo que não lhe faltasse nem a humanidade em toda a sua realidade, nem a divindade em sua plenitude.

É nosso, portanto, o que esteve Morto no sepulcro, o que Ressuscitou ao terceiro dia e o que subiu para a glória do Pai, no mais alto dos céus.

Se andarmos pelos caminhos de Seus Mandamentos e não nos envergonharmos de proclamar tudo o que Ele fez pela nossa salvação na humildade do Seu Corpo, também nós teremos parte na Sua glória.

Então se cumprirá claramente o que prometeu: Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também Eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus (Mt 10,32)”.

Este Sermão muito nos ajuda a dar mais um passo neste tão rico Itinerário Quaresmal que nos conduzirá às Alegrias Pascais.

Silenciemo-nos e nos coloquemos diante da Cruz de Nosso Senhor e lembremos as palavras do Apóstolo Paulo aos Gálatas: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6,14).

Nesta caminhada de conversão, contemplemos o Amor Divino, com atitudes e compromissos que nos levem a maior correspondência a este imensurável Amor.

É tempo de contemplar, orar, e muito mais ainda a viver.

Nisto consiste a caminhada quaresmal: conversão, para que melhores sejamos, configurados ao Cristo Morto e Crucificado para com Ele também Ressuscitarmos. Amém! 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG