segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Em poucas palavras...

 


A Cultura do Encontro

“A cultura do encontro constrói pontes e abre janelas para os valores e princípios sagrados que inspiram os outros.

Derruba os muros que dividem as pessoas e as mantêm prisioneiras do preconceito, da exclusão ou da indiferença.” (1)



(1) Papa Francisco à delegação de monges budistas de Taiwan  (16/03/23)

 

“Orai sem cessar”

                              

“Orai sem cessar”

Uma reflexão a partir da “Carta a Proba” do Bispo Santo Agostinho (Séc. V) sobre o tema da Oração.

“Desejemos sempre a vida feliz que vem do Senhor Deus e assim oraremos sempre. Todavia por causa de cuidados e interesses outros, que de certo modo arrefecem o desejo, concentramos em horas determinadas o espírito para orar.

As palavras da Oração nos ajudam a manter a atenção naquilo que desejamos, para não acontecer que, tendo começado a arrefecer, não se esfrie completamente e se extinga de todo, se não for reacendido com mais frequência.  

Por isso as palavras do Apóstolo: Sejam vossos pedidos conhecidos junto de Deus (Fl 4,6) não devem ser entendidas no sentido de que Deus os conheça, Ele que na realidade já os conhece antes de existirem, mas em nosso favor sejam conhecidos junto de Deus por Sua tolerância, não junto dos homens por sua jactância.  

Sendo assim, se se tem o tempo de orar longamente, sem que sejam prejudicadas as outras ações boas e necessárias, isto não é mau nem inútil, embora, como disse, também nelas sempre se deva orar pelo desejo.

Também orar por muito tempo não é o mesmo que orar com muitas palavras, como pensam alguns. Uma coisa é a palavra em excesso, outra a constância do afeto.

Pois do próprio Senhor se escreveu que passava noites em Oração e que orava demoradamente; e nisto, o que fazia a não ser dar-nos o exemplo, Ele que no tempo é o intercessor oportuno e, com o Pai, Aquele que eternamente nos atende. 

Conta-se que os monges no Egito fazem frequentes Orações, mas brevíssimas, à maneira de tiros súbitos, para que a intenção, aplicada com toda a vigilância e tão necessária ao orante, não venha a dissipar-se e afrouxar pela excessiva demora.

Ensinam ao mesmo tempo com clareza que, se a atenção não consegue permanecer desperta, não deve ser enfraquecida, e se permanecer desperta, não deve ser logo cortada.  

Não haja, pois, na Oração muitas palavras, mas não falte muita súplica, se a intenção continuar ardente. Porque falar demais ao orar é tratar de coisa necessária com palavras supérfluas. Porém rogar muito é, com frequente e piedoso clamor do coração, bater à porta d’Aquele a quem imploramos.

Nesta questão, trata-se mais de gemidos do que de palavras, mais de chorar do que de falar. Porque Ele põe nossas lágrimas diante de Si (Sl 55,9), e nosso gemido não passa despercebido (cf. Sl 37,9 Vulg.) Àquele que tudo criou pela Palavra e não precisa das palavras humanas.”

Somos remetidos à passagem em que Jesus visita a casa de Marta e Maria (Lc 10,38-42), pois todos nós corremos o risco de um ativismo estéril e, portanto, devemos cuidar dos momentos oportunos e necessários de Oração, em que nos refazemos e nos recolocamos com alegria, entusiasmo para pequenos e grandes compromissos.

Cada pessoa tem seu ritmo de vida, compromissos adiáveis e inadiáveis, algo urgente a fazer (e não importante), mas nada justifica que sacrifiquemos momentos de recolhimento, de silêncio em Oração dialogal com o Senhor.

A Oração autêntica, com certeza, nos fará mais luminosos, nossas ações suscitarão louvores a Deus, que age incessantemente em nós:

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". (Mt 5, 16).

A necessária Sabedoria divina

 


A necessária Sabedoria divina

Ouçamos o que nos diz o apóstolo Paulo:

“Que a Palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria.

Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.” (1)

Oremos:

Senhor Deus, que Vossa Palavra esteja em nossos lábios, mas antes nas entranhas de nosso coração, para que saibamos ensinar e admoestar com misericórdia e sabedoria inseparáveis, promovendo a concórdia e comunhão.

Pelos presbíteros, para que sejam como pastores: “...discreto no silêncio, útil na fala, para não falar o que deve calar, nem calar o que deve dizer. Pois da mesma forma que uma palavra inconsiderada arrasta ao erro, o silêncio inoportuno deixa no erro aqueles a quem poderia instruir.” (2)

Em todo o tempo, com salmos, hinos e cânticos espirituais, saibamos render-Vos graças, por todas os bens e dons recebidos de Vossas mãos tão liberais e generosas, ainda que nada mereçamos. Amém.

 

 

(1) Cl 3,16)

(2) Papa São Gregório Magno (séc. VI)

Em poucas palavras...

                                                           


A Hora de Jesus

“Este desejo de fazer seu o plano do amor de redenção do seu Pai, anima toda a vida de Jesus (Lc 12,50; 22,15; Mt 16,21-23).

A Sua paixão redentora é a razão de ser da Encarnação: «Pai, salva-Me desta hora! Mas por causa disto, é que Eu cheguei a esta hora» (Jo 12, 27).

«O cálice que o Pai Me deu, não havia de bebê-lo?» (Jo 18, 11). E ainda na cruz, antes de «tudo estar consumado» (Jo 19, 30), diz: «Tenho sede» (Jo 19, 28).”  (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 607

Em poucas palavras...

 


Jesus Cristo: perfeito na divindade e humanidade

«Na sequência dos santos Padres, ensinamos unanimemente que se confesse um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, igualmente perfeito na divindade e perfeito na humanidade, sendo o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto duma alma racional e dum corpo, consubstancial ao Pai pela sua divindade, consubstancial a nós pela sua humanidade, «semelhante a nós em tudo, menos no pecado» (Hb 4,15): gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, e nestes últimos dias, por nós e pela nossa salvação, nascido da Virgem Mãe de Deus segundo a humanidade.

Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é abolida pela sua união; antes, as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas numa só pessoa e numa só hipóstase»”

(1)        Concílio Ecumênico de Calcedônia (451d.C.) – Catecismo da Igreja Católica – parágrafo 467

Em poucas palavras...

 


Quem é Jesus?

“Em toda a Sua vida, Jesus mostra-Se como nosso modelo (Rm 15,5; Fl 2,5): é «o homem perfeito» (GS 38), que nos convida a tornarmo-nos Seus discípulos e a segui-Lo; com a Sua humilhação, deu-nos um exemplo a imitar (Jo 13,15); com a Sua oração, convida-nos à oração (Lc 11,1); com a Sua pobreza, incita-nos a aceitar livremente o despojamento e as perseguições (Mt 5,11-12).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.520


Em poucas palavras...

                                              


Unidos ao Mistério de Jesus no deserto

A tentação de Jesus manifesta a maneira própria de o Filho de Deus ser Messias, ao contrário da que Lhe propõe Satanás e que os homens (Mt 16,21-23) desejam atribuir-Lhe. 

Foi por isso que Cristo venceu o Tentador, por nós: «Nós não temos um sumo-sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas; temos um, que possui a experiência de todas as provações, tal como nós, com excepção do pecado» (Hb 4, 15). Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto.” (1)

   

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 540

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG